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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/09/2012 | Esportes
Paulo André dá vitória ao Timão sobre Galo e embola luta pelo título
Zagueiro faz gol da vitória em bom segundo tempo do Corinthians. Atlético chega a três jogos sem ganhar, perde a cabeça, mas não a liderança

"Aqui tem um bando de loucos!". "Aqui" no Pacaembu, no Engenhão, no Olímpico, em São Januário, no Beira-Rio... Até no Morumbi! O Corinthians entrou em campo com todas as cores na camisa para enfrentar o líder Atlético-MG e acabou dando cor ao Campeonato Brasileiro. Nada mais justo que um pintor para desenhar a aquarela brasileira corintiana. A cabeça de Paulo André fez todas as torcidas vibrarem, menos a do Galo, que, apesar de chegar a três jogos sem vitória, continua na ponta, agora empatado com o Fluminense em 44 pontos, mas com um triunfo a mais e ainda um jogo a menos.

O clima era fantástico para uma grande partida: sol, estádio cheio, o líder do Brasileirão, o campeão da Libertadores... Até o público era seleto. Ronaldo estava nas tribunas para ver seu Timão e Ronaldinho, ex-companheiro de seleção brasileira. Mas a beleza foi a entrega, disciplina, vontade e seriedade dos 22 jogadores. Talento, mesmo, só em lampejos de uns dois ou três. Por isso, natural que a bola parada resolvesse. A zaga do Atlético-MG, que havia sofrido seis gols nas últimas três rodadas, só assistiu ao cabeceio certeiro de Paulo André, no primeiro pau, após cruzamento de Douglas.

Como Fluminense e Grêmio (41 pontos), perseguidores mais próximos, apenas empataram, a rodada não foi desastrosa para os mineiros - que não perdiam desde a quinta rodada. Mas a chance de abrir vantagem se transformou em pressão ainda maior de quem vem atrás. Já o Corinthians segue em sua missão de não correr nenhum risco, cumprir um papel decente na competição e se preparar adequadamente para o Mundial de Clubes, em dezembro. Tite quer bom futebol até o fim do ano para não pegar Chelsea e companhia sem ritmo.

Na quarta-feira, o Galo - sem Ronaldinho Gaúcho, Réver e Junior Cesar, punidos com cartões - tentará manter a liderança em Salvador, contra o Bahia, às 19h30m. O Corinthians também jogará fora de casa, diante do Figueirense, às 22h. O técnico Tite já avisou que vai começar a preservar alguns jogadores do grupo quando houver duas partidas por semana, já que não há mais perspectiva de título brasileiro.

Ronaldinho de um lado, Sheik do outro...

Cuca já pediu a volta de Ronaldinho à seleção brasileira, a torcida do Atlético-MG o adora, mas ainda há os que duvidam de sua redenção. O fato é que os únicos lances do primeiro tempo no Pacaembu que merecem destaque por alguma beleza plástica surgiram graças ao talento de R49. Com saúde de menino, passou duas vezes por Douglas no campo de defesa, arrancou e colocou a bola nos pés de Bernard, que rolou para Jô. Marcado, o atacante não conseguiu o chute.

Foi assim, no talento de Ronaldinho e Bernard, que o Galo sobressaiu. A velocidade de Emerson, que teve de voltar ao campo de defesa para buscar jogo, fez com que Leandro Donizete e Leonardo Silva levassem cartões amarelos em faltas sobre o atacante.

O Sheik também jogou bola, e bem. Em contra-ataque puxado por ele, com participação de Danilo, Douglas e Paulinho, o Corinthians teve sua melhor chance na etapa inicial. O desvio de Marcos Rocha contra seu próprio gol foi fraco e facilitou a defesa de Victor.

Mas os destaques foram mesmo os marcadores. Principalmente Ralf e Pierre travaram as tentativas de ataque. Volantes, destruidores de ofício, suaram demais para fazer com que a vontade anulasse o talento. E tiveram ainda a ajuda dos companheiros. Danilinho, por exemplo, joga do meio para frente, mas estava deitado no gramado, se esticando para conseguir desarmar Fábio Santos.

Com tanta raça e inspiração em poucos pés, o placar só poderia estar zerado no intervalo.

Inverteu o lado e também a postura dos times em campo. Quem pressionava a saída de bola, agora, era o Corinthians. Emerson e Romarinho infernizaram os zagueiros e volantes do Atlético, que simplesmente parou de criar. Os lançamentos de Ronaldinho não surtiram efeito. Ele foi recordista de passes errados: sete. Justiça seja feita, foi quem mais tentou (42).

Já o lançamento de Cássio surtiu efeito. Cássio? Isso mesmo: a reposição de bola do goleiro, forte e rápida, encontrou Sheik. Ele ganhou de Réver e rolou para Romarinho finalizar para fora.

Insatisfeito com o rendimento ofensivo, Cuca trocou Jô por Guilherme, mas a marcação corintiana não deixou nem mesmo o substituto pegar ritmo de jogo. Muito mais parecido com o time aplicado que conquistou o último Brasileiro e a Libertadores, o Corinthians sufocou, não conseguiu criar muitas chances, mas resolveu o problema com a precisão de Douglas na cobrança do escanteio. Paulo André, zagueiro, escritor, pintor nas horas vagas, decolou para o delírio dos 36 mil corintianos presentes, e dos gremistas, vascaínos, tricolores cariocas e paulistas, e por aí vai...

Preocupante para a apaixonada torcida atleticana foi a falta de poder de reação da equipe. Só após as entradas de Neto Berola e Escudero nos lugares de Marcos Rocha e Leandro Donizete, o primeiro colocado pressionou. Ajudou também o fato de ter um homem a mais. Emerson, que havia recebido cartão amarelo por reclamação, levou a bola com o braço em contra-ataque e foi expulso. No mesmo lance, o inconformado Tite também foi tirado do banco de reservas pelo árbitro.

Nos últimos minutos, o Galo conseguiu chegar à área corintiana. Guilherme até fez um gol, em posição legal, mas o árbitro Péricles Bassols marcou falta de Leonardo Silva, que havia escorado de cabeça. Depois, o atacante recebeu livre, mas bateu nos pés de Cássio, que saiu bem.

Mais preocupante ainda foi o desequilíbrio de alguns jogadores. Junior Cesar reclamou tanto, que foi expulso e saiu de campo empurrado pelo companheiro Pierre. Réver também exagerou na força e recebeu o terceiro cartão amarelo. O Corinthians, alheio à luta pela liderança, aderiu ao nervosismo e também viu Chicão e Alessandro serem advertidos. Foram nove cartões amarelos e dois vermelhos na partida. E um sinal amarelo para o líder da competição.

Por Alexandre Lozetti - G1
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