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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/09/2010 | Geral
Paulistano gasta 2 horas e 40 minutos por dia para se deslocar na cidade, diz Ibope
Insatisfeito com o transporte público, o paulistano declarou gastar, em média, mais de duas horas e quarenta minutos por dia para se locomover na cidade neste ano, segundo pesquisa Ibope, a pedido da ONG Movimento Nossa São Paulo, sobre mobilidade na capital divulgada nesta quinta-feira (16).

A quarta edição do levantamento, realizada entre 25 e 30 de agosto, ouviu 805 paulistanos com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Para 68% dos entrevistados, a situação do trânsito na cidade está ruim ou péssima, percentual parecido com o apontado em pesquisa do ano passado.

Em apenas um dia, o paulistano declarou gastar, em média, duas horas e quarenta e dois minutos para se locomover na capital, levando em conta todos os tipos de transporte. Para o deslocamento principal (ir estudar ou trabalhar, por exemplo), os entrevistados afirmaram demorar, em média, uma hora e quarenta e nove minutos para ir e voltar.

A pesquisa mostra que os paulistanos continuam desaprovando o transporte público. A avaliação do serviço de ônibus foi negativa. As notas de todos os quesitos ficaram abaixo da média: lotação de ônibus (3,4), acessibilidade para pessoas com deficiência (3,8), preço da passagem (4,0), tempo de duração da viagem (4,1) e tempo de espera nos pontos ou terminais (4,3).

Para 67% dos entrevistados, o transporte público deveria ter mais atenção dos governantes. Um número ainda maior deles (76%) afirmou que deixaria de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte.

Contra restrições

Os paulistanos também mostraram ser contrários a medidas restritivas ao tráfego. A ampliação do rodízio de veículos para dois dias na semana é aprovada por 41% dos entrevistados - número 11 pontos percentuais menor do que em 2009. Quando o assunto é pedágio urbano no centro expandido da capital - tema que chegou a ser debatido, sem previsão de execução -, apenas 20% se mostraram a favor, enquanto 78% disseram ser contrários.

Majoritariamente formado por veículos de quatro rodas ou mais, o trânsito paulistano desrespeita, segundo os entrevistados, quem utiliza outros meios de transporte. Para 79%, os motociclistas são um pouco ou muito desrespeitados. A maior parte dos entrevistados também pensa assim em relação aos ciclistas (75%) e pedestres (72%).

Os paulistanos mostraram o caminho para diminuir o impacto do trânsito no dia a dia. A medida mais importante para 68% dos entrevistados é a construção de novas linhas de metrô. Mais linhas de ônibus e ampliação das já existentes são apontadas como prioridade para 42%, enquanto 27% dizem acreditar que o investimento deveria ser direcionado à criação de mais viadutos, túneis ou ampliação de ruas.

Quem endossa a ampliação das linhas de metrô como forma mais eficaz para desafogar as vias da capital é o perito em acidentes de trânsito Sergio Ejzenberg.

- A solução é parar de investir em obras viárias. Há 40 anos, estamos nessa construção. A única solução é investir em transporte de massa, utilizando a área subterrânea. Uma cidade como São Paulo precisa de 400 km de trilhos para o metrô, e não dos atuais 70 km.

Segundo ele, só com o aumento da extensão dos trilhos é que o sistema integrado entre ônibus, trem de subúrbio e metrô começará a ser eficaz. Para Ejzenberg, a capital está extremamente atrasada em relação a outras metrópoles, como Nova York, que tem 479 km de trilhos, e Londres, com 443 km.

Outro lado

A Secretaria Municipal dos Transportes afirmou ao R7 na manhã desta quinta-feira que ainda não tomou conhecimento da pesquisa, mas que vem fazendo melhoras no transporte público. De acordo com SMT, a prefeitura desenvolve projetos que beneficiam a mobilidade e o sistema de transporte da cidade, em cumprimento à agenda do Plano de Metas de 2012. A secretaria afirma que os “projetos vão desde a implantação de motofaixas, corredores de ônibus, terminais urbanos e rodoviários, renovação da frota do transporte público e investimento no sistema viário”.

Eles ressaltam que, desde 2005, 9.043 veículos foram incluídos na frota de ônibus. Entre junho de 2009 e junho de 2010, foram incluídos 1.082 dos 3.095 previstos.

Colaborou Rodrigo Pedroso, estagiário do R7.

Por R7
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