NOTÍCIA ANTERIOR
Ribeirão Pires realiza 34ª Festa de Nossa Senhora Aparecida
PRÓXIMA NOTÍCIA
Pré-venda de ingressos para shows de Foo Fighters e Queens of the Stone Age começa nesta quarta-feira
DATA DA PUBLICAÇÃO 16/10/2017 | Cultura
Paul McCartney, aos 75 anos, faz com que show de 3 horas pareça fácil em São Paulo
 Paul McCartney, aos 75 anos, faz com que show de 3 horas pareça fácil em São Paulo  Paul McCartney em São Paulo (Foto: Marcelo Brandt / G1)
Paul McCartney em São Paulo (Foto: Marcelo Brandt / G1)
Ex-beatle mostrou domínio sobre público e sobre própria carreira com sucessos de todas as suas fases no Allianz Parque neste domingo (15).

Shows de grandes artistas internacionais com três horas de duração não são a norma no Brasil, um país mais acostumado aos festivais gigantescos que comprimem o maior número de nomes em um único dia. Quando alguém resolve estender o espetáculo, como fez o Guns N’ Roses, é digno de nota. Mais incrível ainda é ver sir Paul McCartney, do alto de seus 75 anos, realizar tal proeza neste domingo (15) no Allianz Parque, em São Paulo, como se fosse fácil.

As 45,5 mil pessoas que esgotaram em cerca de um dia os ingressos para a apresentação da turnê “One on One” tiveram de aguardar pouco além do esperado para assistir ao retorno do ex-baixista dos Beatles a São Paulo, após quase três anos.

Às 21h02 o público já gritava ao ouvir o acorde que anunciava a primeira canção, “A hard day’s night”, responsável por abrir também o show de Porto Alegre (RS) na sexta-feira (13). Os gaúchos, aliás, ganharam uma música a mais em sua apresentação, mas não puderam ver “Drive my car”. Em seu lugar, ouviram “Got to get you into my life”.

O resto da noite seguiu com o previsto desfile de sucessos para agradar fãs de todas as fases do cavaleiro inglês. Os beatlemaníacos tiveram direito de ouvir até mesmo “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, ausente durante sua última passagem por São Paulo, em 2014.

Fãs de Wings, a banda de Paul com sua ex-mulher Linda [1941-1998], vibraram com os gritos de “Jet” e com as explosões (literais) de “Live and let die”, momento apoteótico em que o palco é tomado por chamas e fogos de artifícios.

E até a carreira solo recente teve seu brilho. O cantor mostrou que ainda tem a potência necessária para substituir os vocais de Rihanna na bela versão de “FourFiveSeconds”, lançada em parceria com a cantora e com Kanye West, além de mandar “Queenie Eye” e “New”.

A sequência com as duas canções do álbum de 2013 mostra bem como o planejamento é feito com a experiência de alguém com décadas de estrada. Quando o público ameaçava perder o interesse pelas músicas novas, Paul emendou “Lady Madonna”. Com sua energia dançante, fez com que todos no estádio voltassem a gritar e pular.

Houve também, é claro, os momentos clássicos. Desde a reboladinha em “And I love her”, às luzes dos celulares do público em “Let it be”, os “na na na na” de “Hey Jude” e a finalização com a mistura de “Golden slumbers”, “Carry that weight” e “The end”.

Tudo isso entrecortado por declarações de amor, provocações e gírias em inglês e no idioma local. “Como está meu português? Bom?”, perguntou Macca, com a inocência de quem não tem feito inúmeros shows no Brasil nos últimos anos.

Tamanha interação com os fãs está longe de ser inesperada. Até a brincadeira com um assistente que impede que o cantor vá embora e “ordena” que ele toque mais uma é repeteco exato do que aconteceu em 2014. Mas Paul tem carisma de sobra para convencer que até as “colas” em português espalhadas pelo palco apenas estão ali por acaso.

Sem a chuva que ameaçou cair durante todo o dia – e que esteve presente em suas duas últimas passagens pela cidade, em 2010 e 2014 – a noite ainda teve homenagens. “My valentine” foi dedicada à atual esposa, Nancy Shevell. “Ela está aqui hoje”, disse. O antigo produtor dos Beatles, George Martin [1926-2016], foi lembrado com “Love me do”.

Até Jimi Hendrix [1942-1970] esteve presente, durante rápida passagem instrumental de “Foxy lady”, momento em que Paul parece querer mostrar que ainda tem as manhas com os instrumentos – como se precisasse. Ele toca baixo, guitarra, ukulele e dois tipos de piano na apresentação.

Mas é George Harrison [1943-2001], antigo colega de banda, quem recebe a mais clássica e bela lembrança em “Something”. Iniciada com o cantor em uma plataforma elevada e com um ukulele em mãos, ela parece perder um pouco de sua força original enquanto dá uma certa continuidade à psicodelia de “Being for the benefit of mr. Kite!”. Impressão que dura até a virada com as guitarras da canção, que a devolve ao lugar de onde nunca deveria ter saído.

Paul McCartney ainda toca em Belo Horizonte (MG), na terça-feira (17), e em Salvador (BA), na sexta-feira (20).

Por Cesar Soto, G1
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Cultura
25/09/2018 | Encontro com o passado
21/09/2018 | ''Sou muito feminino, isso é uma grande qualidade'', diz Chay Suede a Pedro Bial
20/09/2018 | Avril Lavigne lança Head Above Water, música sobre a doença a qual sofre
As mais lidas de Cultura
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7680 dias no ar.