DATA DA PUBLICAÇÃO 13/06/2013 | Geral
Passageiros são pegos de surpresa com greve em linhas da CPTM em SP
Paralisação que começou nesta quinta-feira afeta três linhas de trem.
Ônibus da operação Paese tentam atender trechos afetados pela greve.
A greve dos ferroviários, que teve início às 0h desta quinta-feira (13) e afetava a circulação de três linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), pegou muitos paulistanos de surpresa. Passageiros só ficaram sabendo da paralisação ao encontrarem os portões das estações fechados com cartazes alertando sobre a greve.
De acordo com a assessoria da CPTM, a Linha 9-Esmeralda tinha todas as estações fechadas nesta manhã. Trechos das linhas 11-Coral (entre Guaianazes e Estudantes) e 12-Safira (entre Engenheiro Manoel Feio e Calmon Viana) também não funcionavam.
saiba mais
O Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado às 2h30. Com isso, um maior número de ônibus operava entre as estações Pinheiros e Grajaú (Linha 9), Guaianazes e Estudantes (Linha 11), Itaquaquecetuba e Poá (Expresso Leste da Linha 11) e Itaquaquecetuba e Itaim Paulista (Linha 12).
Os ônibus da operação Paese, porém, não dão conta do número de pessoas que utilizam o transporte público, como o G1 constatou na estação Grajaú da Linha 9, a mais afetada, e que atende 495 mil passageiros diariamente. Como consequência, as filas dobravam quarteirões em alguns pontos de ônibus da cidade.
O manobrista Ricardo da Silva Ferreira, de 32 anos, foi um dos pegos de surpresa pela greve. "Cheguei atrasado e já encontrei esta fila. Imagina em Santo Amaro? Eu entro às 7h, mas hoje só devo chegar às 10h", disse enquanto esperava o ônibus em fila de pelo menos 800 metros no Terminal Grajaú.
No mesmo local, a ajudante de serviços gerais Aliete Alves Dias Ferreira, de 51 anos, também aguardava pela chegada dos ônibus. Ela mora no Grajaú, no extremo Sul da capital, e precisar ir até o bairro de Higienópolis, na região central, onde trabalha. “Ninguém sabia da greve. Não vai dar tempo de chegar às 8h. Tenho sorte porque meu patrão é muito educado. Ele vai entender."
Com a demora, muitas pessoas recorriam às caronas de amigos. É o caso do também manobrista Wagner Sousa, de 36 anos. “Se não tivesse esta carona, eu nem ia trabalhar. Vou tentar chegar até a hora do almoço”, contou.
A CPTM informa os usuários sobre a paralisação por meio da distribuição de cartazes e pelo sistema de som das estações paradas. Porém, queixas sobre a falta de informação são frequentes nos corredores lotados do Terminal Grajaú.
O autônomo Carlos Luiz Silva, de 43 anos, reclamou da falta de informações sobre as opções de ônibus neste dia de greve. Morador do Jardim São Rafael, na Zona Sul, ele tentava chegar à Estação Barra Funda, na Zona Norte. "Não dá para entender nada pelo sistema de áudio", afimou. Ele desistiu de pegar o ônibus quando viu o tamanho da fila.
Outra opção, o taxi, também surge como alternativa para atender os passageiros. O preço, no entanto, afasta alguns paulistanos, como a doméstica Lucineide Ferreira, de 18 anos. "Até fui ver um taxi, mas me cobraram 100 reais pra me levar até a Lapa. Pagar pra trabalhar não dá. Pra ir de ônibus também não compensa. Eu teria que pegar quatro ônibus pra conseguir chegar lá". Por fim, ela foi mais uma a desistir de ir ao trabalho nesta quinta.
Situação em Osasco
Em Osasco, na Grande São Paulo, passam duas linhas da CPTM, a 9-Esmeralda e a 8-Diamante. Por volta das 6h20 desta quinta, os passageiros que chegavam à estação eram informados sobre a paralisação total da Linha 9, mas tinham como alternativa a outra linha.
Como é feriado no município, os passageiros que desejam sair da cidade enfrentam ainda mais dificuldade, já que há menos ônibus em circulação. Segundo funcionários de um terminal de ônibus, as linhas municipais funcionam com 50% da frota e as intermunicipais, com 80%. A Prefeitura diz que cada empresa pode determinar quantos ônibus irão circular nos dias de feriado.
Ônibus da operação Paese tentam atender trechos afetados pela greve.
A greve dos ferroviários, que teve início às 0h desta quinta-feira (13) e afetava a circulação de três linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), pegou muitos paulistanos de surpresa. Passageiros só ficaram sabendo da paralisação ao encontrarem os portões das estações fechados com cartazes alertando sobre a greve.
De acordo com a assessoria da CPTM, a Linha 9-Esmeralda tinha todas as estações fechadas nesta manhã. Trechos das linhas 11-Coral (entre Guaianazes e Estudantes) e 12-Safira (entre Engenheiro Manoel Feio e Calmon Viana) também não funcionavam.
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O Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado às 2h30. Com isso, um maior número de ônibus operava entre as estações Pinheiros e Grajaú (Linha 9), Guaianazes e Estudantes (Linha 11), Itaquaquecetuba e Poá (Expresso Leste da Linha 11) e Itaquaquecetuba e Itaim Paulista (Linha 12).
Os ônibus da operação Paese, porém, não dão conta do número de pessoas que utilizam o transporte público, como o G1 constatou na estação Grajaú da Linha 9, a mais afetada, e que atende 495 mil passageiros diariamente. Como consequência, as filas dobravam quarteirões em alguns pontos de ônibus da cidade.
O manobrista Ricardo da Silva Ferreira, de 32 anos, foi um dos pegos de surpresa pela greve. "Cheguei atrasado e já encontrei esta fila. Imagina em Santo Amaro? Eu entro às 7h, mas hoje só devo chegar às 10h", disse enquanto esperava o ônibus em fila de pelo menos 800 metros no Terminal Grajaú.
No mesmo local, a ajudante de serviços gerais Aliete Alves Dias Ferreira, de 51 anos, também aguardava pela chegada dos ônibus. Ela mora no Grajaú, no extremo Sul da capital, e precisar ir até o bairro de Higienópolis, na região central, onde trabalha. “Ninguém sabia da greve. Não vai dar tempo de chegar às 8h. Tenho sorte porque meu patrão é muito educado. Ele vai entender."
Com a demora, muitas pessoas recorriam às caronas de amigos. É o caso do também manobrista Wagner Sousa, de 36 anos. “Se não tivesse esta carona, eu nem ia trabalhar. Vou tentar chegar até a hora do almoço”, contou.
A CPTM informa os usuários sobre a paralisação por meio da distribuição de cartazes e pelo sistema de som das estações paradas. Porém, queixas sobre a falta de informação são frequentes nos corredores lotados do Terminal Grajaú.
O autônomo Carlos Luiz Silva, de 43 anos, reclamou da falta de informações sobre as opções de ônibus neste dia de greve. Morador do Jardim São Rafael, na Zona Sul, ele tentava chegar à Estação Barra Funda, na Zona Norte. "Não dá para entender nada pelo sistema de áudio", afimou. Ele desistiu de pegar o ônibus quando viu o tamanho da fila.
Outra opção, o taxi, também surge como alternativa para atender os passageiros. O preço, no entanto, afasta alguns paulistanos, como a doméstica Lucineide Ferreira, de 18 anos. "Até fui ver um taxi, mas me cobraram 100 reais pra me levar até a Lapa. Pagar pra trabalhar não dá. Pra ir de ônibus também não compensa. Eu teria que pegar quatro ônibus pra conseguir chegar lá". Por fim, ela foi mais uma a desistir de ir ao trabalho nesta quinta.
Situação em Osasco
Em Osasco, na Grande São Paulo, passam duas linhas da CPTM, a 9-Esmeralda e a 8-Diamante. Por volta das 6h20 desta quinta, os passageiros que chegavam à estação eram informados sobre a paralisação total da Linha 9, mas tinham como alternativa a outra linha.
Como é feriado no município, os passageiros que desejam sair da cidade enfrentam ainda mais dificuldade, já que há menos ônibus em circulação. Segundo funcionários de um terminal de ônibus, as linhas municipais funcionam com 50% da frota e as intermunicipais, com 80%. A Prefeitura diz que cada empresa pode determinar quantos ônibus irão circular nos dias de feriado.
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