NOTÍCIA ANTERIOR
Investimento em iluminação pública sobe 45,4% na região
PRÓXIMA NOTÍCIA
Jovem de 17 anos morre afogada na prainha do Riacho Grande
DATA DA PUBLICAÇÃO 12/01/2015 | Setecidades
Passageiros reclamam de demora e lotação dos ônibus
Passageiros reclamam de demora e lotação dos ônibus Foto: Andréa Iseki/DGABC
Foto: Andréa Iseki/DGABC
Longa espera nos pontos e superlotação. Essas são as principais reclamações dos usuários de ônibus de São Bernardo. O Diário inicia hoje série de reportagens sobre os sistemas municipais de Transporte das sete cidades (leia mais ao lado). Amanhã, o aumento das tarifas de R$ 3 para R$ 3,50 completa uma semana.

Primeiro município a ser avaliado, São Bernardo tem população de aproximadamente 806 mil habitantes, sendo que cerca de 30% dos moradores fazem uso dos coletivos para se deslocar diariamente. Na sexta-feira, a equipe do Diário percorreu, durante duas horas, diversos pontos de ônibus da cidade, além dos terminais do Centro e do bairro Riacho Grande. O fluxo de passageiros foi intenso durante esse período.

Mesmo fora do horário de pico, os usuários do terminal do Riacho Grande precisavam se apertar para conseguir embarcar nos ônibus em direção ao Centro. O espaço foi reinaugurado em setembro, após passar por longo período de reforma, que custou R$ 2 milhões. Um dos problemas observados e também relatados pela população está relacionado ao novo modelo de gestão das linhas. Depois da mudança, feita após a entrega da estação, o passageiro passou a ter de seguir até o equipamento para fazer conexão para chegar ao Centro, sendo que antes, sete itinerários passavam por bairros do entorno e permitiam deslocamento direto à região central.

No Centro, os abrigos já estavam lotados por volta das 16h. Por lá, passageiros aguardavam em pé e já impacientes pelas linhas que partiam em direção aos bairros. Nem todos os coletivos entram no Terminal João Setti, no início da Rua Jurubatuba. Com isso, usuários são obrigados a desembarcar nas vias do entorno e caminhar a pé até o interior do espaço para embarcar em outra linha. Outro detalhe é a inexistência de painéis informativos que indicam os horários de partida dos próximos veículos.

Vale destacar que a cidade também não conta com aplicativos capazes de informar a localização do coletivos em tempo real por meio de GPS, para que passageiros possam se programar, a exemplo do que já ocorre em Santo André, São Caetano e Diadema. A Prefeitura não sinalizou interesse em aderir à novidade.

Quem depende do serviço para chegar ao trabalho, como a auxiliar de compras Maria de Fátima Silva, 52 anos, reclama. Isso porque, segundo ela, é preciso chegar cedo ao ponto para garantir um lugar e se espremer entre os demais usuários para conseguir embarcar na linha 32A, no bairro Areião, por volta das 5h15, com destino ao Centro. “Se eu perder esse, o próximo só vai passar 5h40 e aí vou chegar atrasada”, observa.

O retorno dela para casa, por volta das 16h, deveria ser mais tranquilo, tendo em vista que não se trata de horário de pico. No entanto, a auxiliar de compras garante que chega a aguardar por até uma hora no ponto de ônibus da Avenida Brigadeiro Faria Lima pela única linha que atende seu bairro. “A única coisa boa é que aqui ele ainda está vazio, mas vai enchendo ao longo do caminho e, quando chega no Areião, já está lotado”, diz.

Para a vendedora Daniela Rodrigues, 20, a solução para aliviar o desconforto é o aumento da frota. “É absurdo pagar R$ 3,50 para esperar meia hora e ainda entrar no ônibus lotado. O preço não condiz com a realidade nem qualidade do serviço”, considera a moradora da Vila Esperança.

Aqueles que moram na região do pós-balsa enfrentam situação ainda pior, garante a auxiliar de limpeza Maria Selma da Silva, 42. A munícipe diz aguardar por até uma hora e meia à espera do coletivo. A estimativa é de que aproximadamente 80 mil usuários daquela região viajem pelos ônibus municipais mensalmente. “Saio de casa todos os dias às 6h para conseguir chegar no trabalho às 8h, no Estoril”, revela.

O município conta com frota de aproximadamente 430 ônibus. A autarquia ETCSBC (Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo do Campo) é responsável pelo gerenciamento do sistema. A operação fica a cargo da concessionária SBCTrans.

A SBCTrans assumiu o controle do transporte público de São Bernardo em setembro de 1998, após assinar contrato de 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. A gestão do prefeito Luiz Marinho (PT) repassa cerca de R$ 28 milhões por ano à empresa, referentes à gratuidade nas linhas municipais de transporte público.

A Prefeitura e a SBCTrans não retornaram aos pedidos de entrevista nem responderam aos questionamentos feitos pela reportagem. Entre outras perguntas, foram solicitadas informações a respeito da idade média da frota, número total de passageiros do sistema, qual o prazo para que estudantes do município passem a ter gratuidade e quais melhorias estão previstas para o futuro. Nada disso foi atendido.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Setecidades
25/09/2018 | Acidente na Tibiriçá termina com vítima fatal
25/09/2018 | Santo André quer tombar 150 jazigos de cemitérios municipais
21/09/2018 | Região ganha 13 mil árvores em um ano
As mais lidas de Setecidades
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7723 dias no ar.