DATA DA PUBLICAÇÃO 02/02/2016 | Cidade
Passageiros fazem até fila para usar ''Uber meia boca'' em Mauá
Fila de passageiros para pegar o ‘Uber meia boca’ na rua Rio Branco, no Centro de Mauá, onde até a parada de veículo é proibida. Foto: Rodrigo Pinto
Prática acontece principalmente na região do Terminal Mauá de ônibus; taxistas regularizados reclamam de concorrência
A corrida por bandeira dois, em Mauá, pode ser mais cara ou barata. Tudo vai depender do bom humor do motorista. E não se trata de Uber ou táxi comum. Condutores usam os próprios carros como lotações para transporte de passageiros, uma espécie de “Uber meia boca”. Operam sem licença específica, identificação dos veículos, alvará de taxista ou mesmo taxímetro. O ABCD MAIOR flagrou mais de 20 veículos estacionados na rua Rio Branco que atuam como taxistas irregulares. O esquema é simples e sem qualquer fiscalização. Além disso, o “terminal” do tal Uber meia boca não permite o estacionamento na via.
Em menos de meia hora, a reportagem presenciou mais de 10 viagens feitas pelos transportadores. Tudo acontece nas redondezas do Terminal Mauá de ônibus. Próximo dali existe um ponto regular de táxis. Em uma tarde, um dos taxistas que operam no ponto afirmou perder mais de 20 corridas para os condutores sem regulamentação. Mais que isso. O medo de represálias e atrito com os concorrentes é tamanho que o profissional preferiu não se identificar. “Aqui é cada um na sua. O melhor é não mexer com essa gente”, comentou o taxista.
Passageiros também não gostam de se expor, apesar de usarem o serviço. Os carros ficam estacionados ao longo da rua Rio Branco. Vias paralelas também são tomadas pelo Uber meia boca. Dentro dos veículos, parentes dos condutores aguardam no banco dos passageiros. De acordo com um dos motoristas, isso dificulta a multa. “Se a gente deixar alguém dentro do carro enquanto os passageiros não chegam, a fiscalização pode pensar que estamos esperando alguém específico, que logo o carro pode sair”, explicou um condutor.
Em uma simulação de viagem, do ponto tomado pelos taxistas irregulares até o Terminal de Integração Zaíra, na avenida Castelo Branco, o valor pré-definido é de R$ 25. Pode chegar a mais de R$ 30 depois das 22h. Em táxi comum, a estimativa é de que a corrida sairia por R$ 18. “A gente não recebeu nenhuma denúncia como essa. Já tivemos problemas em outros pontos do ABCD. Com a placa do veículo, podemos denunciar”, explicou o presidente do Sindicato dos Taxistas do ABCD, Odemar Ferreira.
Conforme o sindicalista, na Região operam 1.470 taxistas autônomos com regulamentação em dia. Para conseguir licença, é preciso ter a concessão das prefeituras. Os veículos devem ter placa vermelha e ser envelopados de forma que o passageiro o identifique como táxi. “A categoria se esforça e mantém todos os documentos em ordem. Esse tipo de atitude (lotações irregulares) só atrapalha a vida de quem anda de forma correta”, criticou Ferreira.
Outros pontos em que os motoristas também atuam é o entorno da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Magini e em vias de grande movimentação comercial do Centro. Procurada, a Prefeitura informou que vai trocar as placas de proibido estacionar da rua Rio Branco. “A Secretaria de Mobilidade Urbana informa que mudou a sinalização de ‘proibido estacionar’ e colocou a sinalização de permitido somente para táxis. A Secretaria também já está fiscalizando e irá recolher para o pátio todos os veículos que se encontrarem em situação irregular”. Porém, até o momento, ainda conforme a Pasta, nenhum veículo foi recolhido.
A corrida por bandeira dois, em Mauá, pode ser mais cara ou barata. Tudo vai depender do bom humor do motorista. E não se trata de Uber ou táxi comum. Condutores usam os próprios carros como lotações para transporte de passageiros, uma espécie de “Uber meia boca”. Operam sem licença específica, identificação dos veículos, alvará de taxista ou mesmo taxímetro. O ABCD MAIOR flagrou mais de 20 veículos estacionados na rua Rio Branco que atuam como taxistas irregulares. O esquema é simples e sem qualquer fiscalização. Além disso, o “terminal” do tal Uber meia boca não permite o estacionamento na via.
Em menos de meia hora, a reportagem presenciou mais de 10 viagens feitas pelos transportadores. Tudo acontece nas redondezas do Terminal Mauá de ônibus. Próximo dali existe um ponto regular de táxis. Em uma tarde, um dos taxistas que operam no ponto afirmou perder mais de 20 corridas para os condutores sem regulamentação. Mais que isso. O medo de represálias e atrito com os concorrentes é tamanho que o profissional preferiu não se identificar. “Aqui é cada um na sua. O melhor é não mexer com essa gente”, comentou o taxista.
Passageiros também não gostam de se expor, apesar de usarem o serviço. Os carros ficam estacionados ao longo da rua Rio Branco. Vias paralelas também são tomadas pelo Uber meia boca. Dentro dos veículos, parentes dos condutores aguardam no banco dos passageiros. De acordo com um dos motoristas, isso dificulta a multa. “Se a gente deixar alguém dentro do carro enquanto os passageiros não chegam, a fiscalização pode pensar que estamos esperando alguém específico, que logo o carro pode sair”, explicou um condutor.
Em uma simulação de viagem, do ponto tomado pelos taxistas irregulares até o Terminal de Integração Zaíra, na avenida Castelo Branco, o valor pré-definido é de R$ 25. Pode chegar a mais de R$ 30 depois das 22h. Em táxi comum, a estimativa é de que a corrida sairia por R$ 18. “A gente não recebeu nenhuma denúncia como essa. Já tivemos problemas em outros pontos do ABCD. Com a placa do veículo, podemos denunciar”, explicou o presidente do Sindicato dos Taxistas do ABCD, Odemar Ferreira.
Conforme o sindicalista, na Região operam 1.470 taxistas autônomos com regulamentação em dia. Para conseguir licença, é preciso ter a concessão das prefeituras. Os veículos devem ter placa vermelha e ser envelopados de forma que o passageiro o identifique como táxi. “A categoria se esforça e mantém todos os documentos em ordem. Esse tipo de atitude (lotações irregulares) só atrapalha a vida de quem anda de forma correta”, criticou Ferreira.
Outros pontos em que os motoristas também atuam é o entorno da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Magini e em vias de grande movimentação comercial do Centro. Procurada, a Prefeitura informou que vai trocar as placas de proibido estacionar da rua Rio Branco. “A Secretaria de Mobilidade Urbana informa que mudou a sinalização de ‘proibido estacionar’ e colocou a sinalização de permitido somente para táxis. A Secretaria também já está fiscalizando e irá recolher para o pátio todos os veículos que se encontrarem em situação irregular”. Porém, até o momento, ainda conforme a Pasta, nenhum veículo foi recolhido.
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