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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/01/2013 | Economia
Páscoa é o Natal dos chocolateiros
Páscoa é o Natal dos chocolateiros Foto: Divulgação - Diário Online
Foto: Divulgação - Diário Online
Nos próximos 15 dias, lojas de varejo de todo o País estarão recheadas com os tradicionais ovos de chocolate. A indústria garante que está com tudo pronto para que na Quarta-Feira de Cinzas os produtos estejam nas parreiras dos supermercados. A Páscoa é a melhor data para o setor e representa o equivalente a um mês de faturamento. A boa notícia é que os itens sairão das fábricas com alta nos preços de 5% - reajuste menor que a inflação oficial, que fechou 2012 em 5,84%.

A maioria das associadas da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), que participaram ontem do Salão de Páscoa - evento anual promovido pela entidade -, estima elevação de cerca de 5% nos preços, como é o caso da Nestlé, Harold, Top Cau, Lacta e Garoto. A Arcor prevê reajuste entre 7% e 10% e a Munik de 12% a 15%. Pandurata (que engloba as marcas Hershey's, Bauducco e Visconti), Cacau Show, Village e CRM (Koppenhagen e Brasil Cacau) prometem segurar os valores do ano passado.

DATA ANTECIPADA - Uma preocupação do setor é que neste ano a Páscoa será comemorada mais cedo, no dia 31 de março. No ano passado, a data caiu no dia 8 de abril. Essa antecipação é ruim porque o consumidor ainda está pagando as compras de Natal, impostos de início de ano (IPTU e IPVA) e material escolar. Além disso, é no fim do mês, longe da data do pagamento, que costuma ocorrer no quinto dia útil. "Tem impacto econômico e também do clima, porque ainda está muito quente e nem todos os estabelecimentos têm ar-condicionado", diz o vice-presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca.

Apesar dos percalços deste ano, as indústrias do setor estão otimistas com a data e falam em crescimento de até 30%. A Abicab, porém, é mais cautelosa e espera estabilidade, assim como ocorreu no ano passado, quando foram produzidas 18 mil toneladas na Páscoa, com 80 milhões de ovos vendidos. Apesar deste cenário de estabilidade, Fonseca considera que o setor vive um bom momento. "Estávamos crescendo a dois dígitos nos últimos anos, isso é normal já que tínhamos uma base de produção muito alta", declarou o dirigente, descartando estagnação do setor.

A Brasil Cacau, do Grupo CRM, é a mais otimista entre as fabricantes. A companhia prevê expansão de 140% neste ano. Já a Arcor trabalha com aumento de 30%. Em 2012, a companhia produziu 1.200 toneladas, ou 6 milhões de ovos de chocolate. A Cacau Show projeta elevação de 29,2%, com 9,4 milhões de itens produzidos em 2013.

Fabricantes trazem 100 lançamentos neste ano

Os lançamentos são a aposta dos fabricantes de chocolate para abocanhar consumidores na mais importante data para o setor. Não é para menos, de acordo com o gerente de marketing da Nestlé, Ricardo Bassani, o mercado se divide entre pessoas que são fiéis a uma marca ou produto e os que buscam algo diferente. "Por isso, na Páscoa renovamos cerca de 30% dos nossos produtos. A novidade é importante", diz.

A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) estima que esta Páscoa contará com 100 lançamentos - cerca de 10% a mais do que na mesma data do ano passado, quando foram colocados no mercado 90 novos itens.

A Cacau Show, por exemplo, tem mix de 51 produtos, sendo que 11 são lançamentos. A Arcor do Brasil, por sua vez, possui linha de 29 artigos, com sete novidades. Já a Garoto traz dez novos itens. E a Lacta, da Mondelez, vem com 15 lançamentos.

Além dos já consagrados licenciamentos de personagens infantis, como Carrossel, Patati Patata e Monstros S.A, por exemplo, há ainda a opção de comprar só a casca do ovo (a camada de chocolate já embalada) para decorar e rechear com o que quiser. Para os que gostam de colocar a mão na massa, o dica é levar para casa kit - que vem com barras de chocolate, fôrma e rolo de papel para embalar - para montar o seu próprio coelho de Páscoa.

E os compradores que buscam algo mais sofisticado têm à disposição até ovo de Páscoa que vem embalado em veludo preto cravejado com os cobiçados cristais Swarovski.

Indústria começa a se preparar 6 meses antes

Os deliciosos e tradicionais ovos de chocolate que enchem os olhos, e a boca, dos consumidores na Páscoa começam a ser preparados pelo menos seis meses antes da grande data para garantir o abastecimento das parreiras.

A indústria inicia já no começo do segundo semestre a seleção de trabalhadores temporários para atender à demanda do período. Neste ano, serão contratados, entre fábricas e pontos de vendas (que ainda estão com processo seletivo aberto), cerca de 20 mil trabalhadores temporários - contingente semelhante ao do ano passado.

"Trata-se do nosso 13º mês de vendas. A Páscoa equivale a mais de um mês de produção, vendas e faturamento", revela o vice-presidente da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), Ubiracy Fonseca.

Por Gilmara Santos - Diário do Grande ABC
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