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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/05/2008 | Geral
Parada Gay leva alegria à Avenida Paulista
A 12ª edição da Parada do Orgulho GLBT, que começou oficialmente às 12h54 deste domingo, na Avenida Paulista, Centro de São Paulo, terminou por volta das 20h. O público oficial do evento não foi divulgado, mas a estimativa inicial era de que 3,5 milhões de pessoas participassem da Parada. Cerca de 300 mil turistas vieram a São Paulo para participar da festa.

No evento, 22 trios elétricos atravessaram a Avenida Paulista. Os moradores da região tembém aproveitaram a festa, pois bandeiras com as cores do arco-íris - símbolo da causa homossexual - podiam ser vistas nas janelas de alguns apartamentos. Na Rua da Consolação, moradores aproveitavam as marquises sobre algumas lojas para improvisar um camarote e curtir a festa de um local privilegiado.

Também não faltaram as tradicionais fantasias. Desde luxuosos vestidos de princesa até singelas sungas de super-homem, todos tentavam de alguma forma se manifestar e pedir tolerância sexual

Nos postes ao longo das vias por onde passou a Parada Gay, banners davam o tom político da festa: "Se a expressão de qualquer amor é um direito, o Estado garante, as religiões respeitam", dizia um dos cartazes.

Declarações - O início da Parada do Orgulho Gay foi feito pela drag queen Silveste Montilla. Depois dela, subiu ao trio elétrico o presidente da associação organizadora da parada, Alexandre Santos. O depoimento mais forte, na abertura, foi feito pelo presidente da ABLGT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transexuais) Toni Reis, ao citar que nos últimos 20 anos mais de 2,8 mil homossexuais foram mortos no Brasil. Reis pediu que todos sejam tratados como cidadãos. "Nós queremos que todos sejam tratados de forma igual perante a lei", disse.

Também participaram da abertura do evento a senadora Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto de Lei 122, do Senado, que prega a criminalização da homofobia; a deputada Cida Diogo (PT-RJ); e a ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT).

No evento, a petista cobrou a aprovação de uma lei que considera a homofobia um crime. "Nós ainda temos casos homofóbicos no país sem punição. Nós não temos ainda uma lei que considera homofobia um crime. E isso é muito importante. Está no Congresso e precisa ser aprovado", assinalou.

De acordo com Fátima Cleide, há resistência de setores religiosos para que a lei seja aprovada.

Expectativas - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) afirmou que a Parada é uma oportunidade para exteriorizar "o perfil de boa convivência de todas as comunidades, raças e religiões". "Vamos mostrar nossa vocação paulistana de receber todos de maneira hospitaleira". Kassab destacou que a Prefeitura de São Paulo, desde o início da gestão, com o governador José Serra (PSDB), sempre apoiou a Parada, e declarou: "A cidade nunca abraçou a discriminação."

O secretário municipal de Participação e Parceria, José Ricardo Franco Montoro (PSDB), também presente no evento, aproveitou seu discurso para lembrar que foram destinados investimentos da ordem de R$ 1 bilhão na edição de 2008. O prefeito, que recebeu as chaves da cidade de Miami pelo apoio à Parada, comemorou a informação de que a ocupação da rede hoteleira na região da Avenida Paulista está estimada em 85%.

Ferido - O funcionário de um trio elétrico atropelado neste domingo durante a Parada Gay teve a perna esquerda amputada. Odimar Rubens Martins, 57 anos, sofreu o acidente quando o trio descia a Rua da Consolação, na altura da Rua Matias Aires. Ele permanece internado na Santa Casa. Como pesar pelo acontecimento, o trio elétrico desfilou o restante do trajeto em silêncio.

Por Diário Online - AE
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