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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/06/2009 | Cultura
Parada Gay espera ter atraído 3,5 milhões
Considerado um dos maiores eventos populares do ano, a 13ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo parou ontem mais uma vez a Avenida Paulista. A via foi interditada durante quase todo o dia para que 3,5 milhões de participantes - na expectativa dos organizadores - pudessem levantar a bandeira Sem Homofobia, Mais Cidadania - Pela Isonomia dos Direitos. A escolha remete à tramitação no Senado do PLC (Projeto de Lei Complementar) 122/06, que torna a homofobia crime no Brasil.

Desde cedo, as vias de acesso já mostravam lentidão, com trânsito complicado. Estacionar o carro era praticamente impossível. Havia locais cobrando em média R$ 20 por vaga.

A parada estava programada para começar às 10h, horário que deu início à interdição da avenida, mas a festa de abertura ocorreu somente por volta das 12h.

Hino nacional - Uma apresentação musical, incluindo versão para o hino nacional, da transexual Mariana Munhoz, mestre-de-cerimônias do evento, abriu as festividades.

O mar de gente foi formado pelos mais diversos tipos de personagenss. Era possível encontrar figuras bem extravagantes, fantasiadas de super-heróis, plumas, máscaras, cabelos pintados e roupas mais do que incomuns. Foi o caso do publicitário Caio Souza, 30, que driblou o frio paulistano para ficar somente de calça e um par de asas. "Adoro me produzir e aproveito o dia da parada para extravasar todos os demônios", explica.

Mas os mais discretos também marcaram presença. Foi o caso do casal Douglas Ferraro, 27, e Thiago Cardoso, 22, que participam pela segunda vez e veem a festa de forma mais abrangente. "A parada significa um momento em que o homossexual pode se expressar sem problemas, nem que seja apenas por um dia", diz Cardoso. Segundo Ferraro, "eventos como este crescem cada vez mais. Espero que isso signifique também que o preconceito diminua".

Em família - Diferente do que a maioria da população imagina, nem só de gays vive a festa. Muitas famílias passavam pela rua aproveitando toda a agitação. "Não é perigoso, pelo contrário. É um pouco de Carnaval que podemos aproveitar no meio do ano, inclusive com os pequenos", relata a dona de casa Nanci Júlio, 40, referindo-se à companhia dos filhos Ana, 14, Any, 9, e Paulo, 5. "Achava meio esquisito, mas a alegria deles acabou me trazendo nesses últimos 5 anos."

Pela primeira vez, a aposentada Maria Conde Oliveira, 77, trouxe a irmã Florides Conde, 80, para conferir de perto a transformação da Avenida Paulista em pista de dança. Para ela, "a festa é supermovimentada e a turma é bem comportada. Via sempre pela TV e quis ver de perto este ano. Mas não volto outra vez não."

A multidão dividiu espaço com um total de 20 trios elétricos, incluindo o carro da ONG ABCD''S (Associação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), que trazia, entre outros convidados, a modelo Júlia Paes e o performático Léo Áquila. Todos os carros traziam possante equipamento de som com repertório dançante e cheio de energia.

Por volta das 14h, em questão de minutos a multidão pareceu ter duplicado de tamanho. O espaço ficou pequeno para que as pessoas pudessem transitar (desnecessariamente, já bastava se deixar empurrar pelo fluxo que seguia os trios). Um empurra-empurra ocorreu em frente ao Masp, causado pela chegada de uma ambulância ao local.

A parada teve seu fim por volta das 18h, quando os últimos carros chegaram à Praça Franklin Roosevelt.

Com o término da agitação, foi hora de os garis mostrarem serviço. Muito papel, latinhas e copos plásticos precisavam "desaparecer" até as 21h, quando terminaria a interdição do local.

Por Luís Felipe Soares - Diário do Grande ABC
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