DATA DA PUBLICAÇÃO 28/01/2013 | Cidade
Para descobrir a cara de Mauá
Descobrir a cara de Mauá. Esse é o objetivo do secretário de Cultura, Esporte e Lazer da cidade, Waldir Luiz da Silva. O sociólogo acredita que somente após um mapeamento, feito pela Prefeitura por meio de espécie de censo, a pasta poderá desenvolver ações que irão estimular a produção cultural por toda a cidade.
"Esse censo cultural será o primeiro passo dessa nova gestão. Queremos fazer um grande raio-x da cidade para sabermos onde estão não somente os produtores culturais já organizados, que é a clientela que a Prefeitura sempre atendeu, mas descobrir o anônimo", afirma o gestor. "Há quem fale que Mauá ainda tem muitos nordestinos ou que possui muitos cantores de rap e artistas de hip hop. Mas será que é isso mesmo? Temos de definir nossa cara e saber qual a demanda da população. Será essencial para o nosso planejamento", pensa Silva.
A ideia é que as informações comecem a ser coletadas por meio de uma página especial no site da Prefeitura (www.maua.sp.gov.br), na qual a sociedade civil poderá se revelar e especificar sua área de atuação, seja na música, teatro, dança ou artesanato, entre outras modalidades. O questionário para a coleta de informações também estará disponível para preenchimento em pontos espalhados pela cidade, casos de hospitais ou centrais de atendimento. O objetivo é que a ação seja iniciada em março.
O levantamento será benéfico para toda a comunidade. "Temos de tirar alguns grandes vícios do passado. Um grupo pode dizer que é o mais antigo na cidade e que terá prioridade de atenção. Não! As ações serão para o todo, com prioridade para quem produz. A preferência será daquele que, principalmente, necessitar de capacitação. Não queremos ficar naquela roda onde ninguém estimula ninguém".
PROBLEMAS ESTRUTURAIS
Essa é a primeira vez que Silva assume o controle da pasta. Na bagagem, traz anos trabalhando ao lado de outros secretários ligados aos mandatos de Oswaldo Dias (PT). O sociólogo conversou com o Diário em sua sala no escondido andar que a secretaria ocupa em uma galeria localizada no calçadão da região central, na Rua Rio Branco. O prédio também abriga o Espaço Cultural Heleny Guariba, a Biblioteca Municipal Cecília Meireles, um ateliê e uma sala audiovisual. "Nosso problema já começa sendo estrutural. O acesso é difícil e ineficiente. Quem sabe não possamos nos mudar para o Celso Daniel (ginásio poliesportivo)? Também podemos levar a biblioteca (Cecília Meireles) para lá."
Este ano, o orçamento da secretaria é de R$ 12 milhões, sendo que metade do valor é destinado ao pagamento dos mais de 260 funcionários que atuam a serviço da pasta. Segundo Silva, a verba está longe do ideal para uma cidade do tamanho de Mauá, que conta com pouco mais de 50 equipamentos disponíveis para práticas culturais.
Um desses espaços é o Teatro Municipal, alvo frequente de deterioração por causa das enchentes na época de chuvas fortes. No início do ano, o acúmulo de água nas instalações subiu até a segunda fileira. "Isso corta o coração. Quando ocorre, temos de lavar as poltronas, esfregar o piso e tirar o mau cheiro que fica. Sempre foi um problema crônico para a cidade. Já conversei com o Donisete (Braga, prefeito, PT) e com o pessoal de Obras e nossa intenção é fazer ali um muro de contenção das águas ou algum tipo de barragem, tanto na saída quanto na entrada do espaço. Tirar o teatro dali não é viável", explica.
PONTOS DE CULTURA
Mauá possui hoje dois Pontos de Cultura: a Companhia Quartum Crescente, voltada ao teatro, e a Corporação Musical Lyra de Mauá (a Banda Lyra), conhecida por seu trabalho de fanfarra. Está nos planos da secretaria a expansão de novos projetos do gênero. "Há um campo grande para avançar nessa questão. Vamos incentivar muito a criação de outros pontos", promete o sociólogo. Ele não descartou, por exemplo, conversar com as duas orquestras de violeiros do município para que possam ganhar futuramente esse tipo de subsídio. "São projetos consistentes, mas que precisam de musculatura", avalia.
O Executivo irá rediscutir o programa 'Todo Canto da Cidade', ampliando seus objetivos. "Em cima das informações desse futuro censo cultural, vamos estudar as reais necessidades das diferentes regiões do município. Os projetos têm de demonstrar um real motivo de existir." Outras mudanças são vislumbradas para a Festa dos Povos, que promete ficar mais robusta e com uma cara mais local, servindo de espaço para que nomes desconhecidos possam mostrar seu talento.
Outros sonhos de Silva para Mauá passam pelas revitalizações da tradicional Praça 22 de Novembro e a Praça da Paineira, sendo que na última há o intuito de construir a Casa da Juventude, direcionada principalmente às artes. A cereja do bolo da administração seria a inauguração da Praça da Juventude, no Paço Municipal. O espaço seria semelhante ao complexo Parque Cidade-Escola da Juventude Città Di Marostica, de São Bernardo.
"Esse censo cultural será o primeiro passo dessa nova gestão. Queremos fazer um grande raio-x da cidade para sabermos onde estão não somente os produtores culturais já organizados, que é a clientela que a Prefeitura sempre atendeu, mas descobrir o anônimo", afirma o gestor. "Há quem fale que Mauá ainda tem muitos nordestinos ou que possui muitos cantores de rap e artistas de hip hop. Mas será que é isso mesmo? Temos de definir nossa cara e saber qual a demanda da população. Será essencial para o nosso planejamento", pensa Silva.
A ideia é que as informações comecem a ser coletadas por meio de uma página especial no site da Prefeitura (www.maua.sp.gov.br), na qual a sociedade civil poderá se revelar e especificar sua área de atuação, seja na música, teatro, dança ou artesanato, entre outras modalidades. O questionário para a coleta de informações também estará disponível para preenchimento em pontos espalhados pela cidade, casos de hospitais ou centrais de atendimento. O objetivo é que a ação seja iniciada em março.
O levantamento será benéfico para toda a comunidade. "Temos de tirar alguns grandes vícios do passado. Um grupo pode dizer que é o mais antigo na cidade e que terá prioridade de atenção. Não! As ações serão para o todo, com prioridade para quem produz. A preferência será daquele que, principalmente, necessitar de capacitação. Não queremos ficar naquela roda onde ninguém estimula ninguém".
PROBLEMAS ESTRUTURAIS
Essa é a primeira vez que Silva assume o controle da pasta. Na bagagem, traz anos trabalhando ao lado de outros secretários ligados aos mandatos de Oswaldo Dias (PT). O sociólogo conversou com o Diário em sua sala no escondido andar que a secretaria ocupa em uma galeria localizada no calçadão da região central, na Rua Rio Branco. O prédio também abriga o Espaço Cultural Heleny Guariba, a Biblioteca Municipal Cecília Meireles, um ateliê e uma sala audiovisual. "Nosso problema já começa sendo estrutural. O acesso é difícil e ineficiente. Quem sabe não possamos nos mudar para o Celso Daniel (ginásio poliesportivo)? Também podemos levar a biblioteca (Cecília Meireles) para lá."
Este ano, o orçamento da secretaria é de R$ 12 milhões, sendo que metade do valor é destinado ao pagamento dos mais de 260 funcionários que atuam a serviço da pasta. Segundo Silva, a verba está longe do ideal para uma cidade do tamanho de Mauá, que conta com pouco mais de 50 equipamentos disponíveis para práticas culturais.
Um desses espaços é o Teatro Municipal, alvo frequente de deterioração por causa das enchentes na época de chuvas fortes. No início do ano, o acúmulo de água nas instalações subiu até a segunda fileira. "Isso corta o coração. Quando ocorre, temos de lavar as poltronas, esfregar o piso e tirar o mau cheiro que fica. Sempre foi um problema crônico para a cidade. Já conversei com o Donisete (Braga, prefeito, PT) e com o pessoal de Obras e nossa intenção é fazer ali um muro de contenção das águas ou algum tipo de barragem, tanto na saída quanto na entrada do espaço. Tirar o teatro dali não é viável", explica.
PONTOS DE CULTURA
Mauá possui hoje dois Pontos de Cultura: a Companhia Quartum Crescente, voltada ao teatro, e a Corporação Musical Lyra de Mauá (a Banda Lyra), conhecida por seu trabalho de fanfarra. Está nos planos da secretaria a expansão de novos projetos do gênero. "Há um campo grande para avançar nessa questão. Vamos incentivar muito a criação de outros pontos", promete o sociólogo. Ele não descartou, por exemplo, conversar com as duas orquestras de violeiros do município para que possam ganhar futuramente esse tipo de subsídio. "São projetos consistentes, mas que precisam de musculatura", avalia.
O Executivo irá rediscutir o programa 'Todo Canto da Cidade', ampliando seus objetivos. "Em cima das informações desse futuro censo cultural, vamos estudar as reais necessidades das diferentes regiões do município. Os projetos têm de demonstrar um real motivo de existir." Outras mudanças são vislumbradas para a Festa dos Povos, que promete ficar mais robusta e com uma cara mais local, servindo de espaço para que nomes desconhecidos possam mostrar seu talento.
Outros sonhos de Silva para Mauá passam pelas revitalizações da tradicional Praça 22 de Novembro e a Praça da Paineira, sendo que na última há o intuito de construir a Casa da Juventude, direcionada principalmente às artes. A cereja do bolo da administração seria a inauguração da Praça da Juventude, no Paço Municipal. O espaço seria semelhante ao complexo Parque Cidade-Escola da Juventude Città Di Marostica, de São Bernardo.
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