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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/08/2017 | Economia
Para 73%, polo petroquímico gira economia da região
Para 73%, polo petroquímico gira economia da região Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Aos olhos do morador da região, o Polo Petroquímico do Grande ABC possui importância econômica, por movimentar a economia e gerar empregos, no entanto, a função exercida pelo complexo não é clara para todos, assim como seus riscos, de fato, e seus mitos.

Segundo resultados da pesquisa Datafolha encomendada pela Braskem, realizada em janeiro e divulgada ontem, 73% dos 853 entrevistados (422 de Santo André e 431 de Mauá) citaram que há pontos positivos que colocaram o polo como determinante para a região. Desses, 67% acreditam que o principal aspecto é a contribuição para a movimentação da economia local. De fato, 60% das receitas de Mauá provêm do complexo, assim como 40% em Santo André. E são gerados 10 mil postos no local, sendo 2.500 diretos e 7.500 indiretos.

Conforme a Braskem, o material tem o objetivo de entender a percepção da população local sobre a operação das petroquímicas na região. E, conforme o resultado, é preciso ter relação mais transparente com o entorno. Por exemplo, muita gente não sabe que o polo opera ininterruptamente, e que a fumaça branca nem o flare fazem mal à saúde. Apesar de haver impacto nocivo por conta da poluição do ar e do solo. Neste aspecto, os moradores estão atentos, tanto que 73% dos entrevistados citam que há pontos negativos, sendo que 60% apontam a poluição como um deles.

“Precisamos melhorar a comunicação com as pessoas, explicar que nem tudo o que se produz faz mal. O nosso grande objetivo é ajudar as pessoas e o polo”, avaliou o gerente executivo do Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), Francisco Sérgio Ruiz.

SOBREVIDA - De acordo com a consultoria MaxiQuim, o faturamento líquido da indústria química no Brasil é de R$ 418,2 bilhões por ano, no qual o Grande ABC é responsável por 11,8% desse montante, o equivalente a R$ 49,5 bilhões por ano.

Apesar da quantia que movimenta, o gerente de relações institucionais da Braskem Flávio Chantre afirma que a área do polo deve ser reestruturada para a extensão de sua utilização. “Estamos nos reunindo frequentemente com os prefeitos de Santo André e Mauá (Paulo Serra e Atila Jacomussi, respectivamente) para aumentar o tempo de vida do local. Queremos garantir o polo por mais 20, 30 ou 40 anos”. Hoje, como está, o tempo de vida útil estimado é de apenas 25 anos.

Chantre elencou três pontos que devem ser mudados daqui em diante, sendo o principal a flexibilização na lei de zoneamento urbano. “Se você deixa a população morar perto de um local como este (polo), a atividade industrial começa a incomodar por causa de cheiros e a causa de problemas de saúde, isso não pode acontecer de modo algum”. Ele citou como exemplo o Polo do Rio Grande do Sul, situado em Triunfo. “A área desse polo é tão grande que permite o crescimento físico das operações, o que não temos por aqui (espaço). Em contrapartida, o problema deles é a falta de mercado”, complementou.

Outros pontos elencados pelo gerente da Braskem foram a modernização das instalações, além da criação de mecanismos visando a diminuição de impactos para pessoas que habitam no entorno do local.

O secretário da Agência de Desenvolvimento Econômico Giovanni Rocco Neto também reforçou a importância do complexo e reforçou o apoio à sobrevida do local. “A Agência é a grande responsável pela articulação do desenvolvimento do polo petroquímico.”

Por Gabriel Russini - Especial para o Diário
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