DATA DA PUBLICAÇÃO 08/08/2016 | Setecidades
Pancadão expõe falta de segurança em Santo André
Foto: Reprodução de vídeo
Avenida Procópio Ferreira, no Jardim Ipanema, em Santo André. Em todos os domingos do mês de junho, a partir das 14h, o cenário, que durante a semana é marcado pela tranquilidade típica de bairro residencial, transformou-se em território sem lei. Na tarde de ontem, por causa do tempo encoberto, a aglomeração não aconteceu.
O Diário acompanhou e teve acesso a vídeos, onde jovens ocupam a via, durante o dia, em torno de carros com som alto e realizam pancadão, acompanhado por racha de motos e consumo de drogas. Amedrontada e sem respaldo das forças policiais, a vizinhança evita até sair de casa.
O encontro, que chega a reunir 300 pessoas, dura em torno de cinco horas. O aglomerado de jovens é tão grande que as vias no entorno do Parque da Juventude, localizado no início da avenida, ficam totalmente obstruídas. Aproveitando a oportunidade, vendedores ambulantes oferecem bebidas alcoólicas, inclusive a menores.
“Os moradores estão cansados e se sentindo prisioneiros dentro de suas próprias casas. Na maioria das vezes, não conseguimos nem mesmo conversar dentro dos cômodos devido ao barulho dos motores, ‘tiros’ dos escapamentos das motos e música alta”, relata morador do bairro. Com medo de represálias das pessoas que usam os pancadões como pano de fundo, os entrevistados pela equipe do Diário pedem para não ser identificados.
Alguns vizinhos da área revelam que pesquisas feitas por meio do aplicativo Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) mostra que grande parte dos veículos em que jovens desfilam pela avenida consta no banco de dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) como produto de roubo ou furto. A ferramenta permite ao cidadão consultar a situação de roubo ou furto de qualquer veículo do Brasil a partir do fornecimento da placa.
“Minha família e eu evitamos sair de casa, pois os motoqueiros, em sua maioria sem capacetes, nos intimam olhando feio e bloqueando nossa passagem”, relata moradora do local.
Os moradores alegam já terem realizado inúmeras denúncias do problema junto à PM (Polícia Militar) por meio do telefone, no entanto, o problema continua. “Eles (polícia) só mandam uma viatura para atender toda essa multidão. Quando a polícia chega, todos saem correndo. É preciso colocar uma base aqui para evitar que a aglomeração comece”, considera dona de casa.
O Diário já denunciou, neste ano, a existência de base da GCM (Guarda Civil Municipal) desativada localizada no Parque da Juventude, ponto onde grupo de jovens se reúne para soltar pipa, o que vem causando transtornos à comunidade. A principal preocupação neste caso é em relação ao uso de linha cortante. De lá para cá, moradores relatam que a situação só se agravou. Na época, a Prefeitura informou que o parque é coberto por rondas da GCM e que os funcionários do equipamento público são orientados a acionar os guardas sempre que notarem algo relacionado à segurança que lhes chame a atenção.
Segundo o coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, responsável por comandar a PM no Grande ABC, as ações da corporação diante dessas situações são constantes e permanentes, nas sete cidades. “Cada um dos seis batalhões que integram o comando da região monitora, por meio nos telefonemas, por exemplo, relatos como esses.”
No entanto, Cortez reforça que o trabalho precisa ser em conjunto com as prefeituras. “Não podemos chegar no local com duas viaturas. É muito arriscado. Precisa ser uma atuação consciente e pensada, além de ser segura à população. As prefeituras precisam fiscalizar os eventos de barulhos nos bairros, venda de bebidas a menores. Essas ações não cabem apenas aos policiais e ao Estado.” (Colaborou Tauana Marin)
O Diário acompanhou e teve acesso a vídeos, onde jovens ocupam a via, durante o dia, em torno de carros com som alto e realizam pancadão, acompanhado por racha de motos e consumo de drogas. Amedrontada e sem respaldo das forças policiais, a vizinhança evita até sair de casa.
O encontro, que chega a reunir 300 pessoas, dura em torno de cinco horas. O aglomerado de jovens é tão grande que as vias no entorno do Parque da Juventude, localizado no início da avenida, ficam totalmente obstruídas. Aproveitando a oportunidade, vendedores ambulantes oferecem bebidas alcoólicas, inclusive a menores.
“Os moradores estão cansados e se sentindo prisioneiros dentro de suas próprias casas. Na maioria das vezes, não conseguimos nem mesmo conversar dentro dos cômodos devido ao barulho dos motores, ‘tiros’ dos escapamentos das motos e música alta”, relata morador do bairro. Com medo de represálias das pessoas que usam os pancadões como pano de fundo, os entrevistados pela equipe do Diário pedem para não ser identificados.
Alguns vizinhos da área revelam que pesquisas feitas por meio do aplicativo Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) mostra que grande parte dos veículos em que jovens desfilam pela avenida consta no banco de dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) como produto de roubo ou furto. A ferramenta permite ao cidadão consultar a situação de roubo ou furto de qualquer veículo do Brasil a partir do fornecimento da placa.
“Minha família e eu evitamos sair de casa, pois os motoqueiros, em sua maioria sem capacetes, nos intimam olhando feio e bloqueando nossa passagem”, relata moradora do local.
Os moradores alegam já terem realizado inúmeras denúncias do problema junto à PM (Polícia Militar) por meio do telefone, no entanto, o problema continua. “Eles (polícia) só mandam uma viatura para atender toda essa multidão. Quando a polícia chega, todos saem correndo. É preciso colocar uma base aqui para evitar que a aglomeração comece”, considera dona de casa.
O Diário já denunciou, neste ano, a existência de base da GCM (Guarda Civil Municipal) desativada localizada no Parque da Juventude, ponto onde grupo de jovens se reúne para soltar pipa, o que vem causando transtornos à comunidade. A principal preocupação neste caso é em relação ao uso de linha cortante. De lá para cá, moradores relatam que a situação só se agravou. Na época, a Prefeitura informou que o parque é coberto por rondas da GCM e que os funcionários do equipamento público são orientados a acionar os guardas sempre que notarem algo relacionado à segurança que lhes chame a atenção.
Segundo o coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, responsável por comandar a PM no Grande ABC, as ações da corporação diante dessas situações são constantes e permanentes, nas sete cidades. “Cada um dos seis batalhões que integram o comando da região monitora, por meio nos telefonemas, por exemplo, relatos como esses.”
No entanto, Cortez reforça que o trabalho precisa ser em conjunto com as prefeituras. “Não podemos chegar no local com duas viaturas. É muito arriscado. Precisa ser uma atuação consciente e pensada, além de ser segura à população. As prefeituras precisam fiscalizar os eventos de barulhos nos bairros, venda de bebidas a menores. Essas ações não cabem apenas aos policiais e ao Estado.” (Colaborou Tauana Marin)
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