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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/04/2013 | Cidade
Palavras indígenas
Aprendemos que o idioma falado no Brasil é a Língua Portuguesa porque foram os portugueses que colonizaram o País. Mas muitas palavras do nosso vocabulário têm influência de outras línguas, como inglês, francês e, principalmente, o tupi, falado por grande parte dos índios que viviam aqui antes de os europeus chegarem.

Ao desembarcarem no Brasil, em 1500, calcula-se que havia entre 1 milhão e 10 milhões de índios e cerca de 1.300 línguas. Na época, várias tribos do grupo Tupi-Guarani (que falavam tupi) habitavam o litoral. Entre elas estavam os Tupiniquim, primeiros a fazerem contato com os portugueses.

Para se comunicar com os indígenas, os estrangeiros aprendiam algumas palavras. No fim do século 16, o padre jesuíta espanhol José de Anchieta escreveu livro sobre o uso do tupi. Ele e outros padres utilizavam a língua para se aproximar dos índios e catequizá-los (ensinar a religião católica).

A relação entre europeus e índios, porém, não era amigável. Os estrangeiros queriam dominar as terras e explorar as riquezas naturais. "Não foram só os africanos, os índios também viraram escravos", diz Fernanda Nascimento Nunes, 10 anos, de Diadema. Segundo o amigo Iago da Silva Wefer, 10, os europeus transmitiram doenças, como gripe e sarampo, aos nativos. A maioria dos infectados morria, pois o organismo não tinha defesa contra os vírus.

Muitos povos desapareceram. Hoje, no Brasil, existem cerca de 800 mil índios, que falam 180 línguas. Algumas tribos também aprendem a Língua Portuguesa por estarem sempre em contato com a população das cidades. Mas ainda há grupos isolados na floresta que desconhecem o idioma.

Várias palavras em tupi sobreviveram ao longo dos anos, contribuindo com a formação do idioma oficial do Brasil. É o caso de bambu, maracujá, cupuaçu, cipó e tamanduá (saiba mais nas páginas 4 e 5). Em geral, são nomes de plantas, frutas e animais que os europeus nunca tinham visto. Saber que o tupi está no nosso dia a dia faz com que a gente não esqueça a importância dos índios.

Aldeias modernas

Ao pensar nos índios, em geral, vem à mente pessoas com corpo pintado, usando colares e cocares feitos de sementes e penas. Por isso, quando conheceu integrantes de uma tribo, Letícia Lima, 7 anos, imaginou que não fossem de verdade. "Usavam roupas como as nossas", diz a garota, que os viu no passeio com o Colégio Singular, de Santo André, à Estância Santa Luzia, em Mauá. Na ocasião, um grupo indígena mostrou seus costumes aos alunos.

A turma aprendeu que, ao longo do tempo, as tribos mudaram. Hoje, parte dos índios no Brasil veste-se como quem vive na cidade. Muitos vão à faculdade e usam tecnologias (celular, internet e tablet). Ainda assim, preservam costumes e tradições. "Quando estão felizes se pintam e dançam. Queria aprender", diz Mariana Joy, 8. Já Danilo Almeida, 8, gostou das lanças e flechas. "Existem armas para cada tipo de caça."

Segundo Luiza Pires, 8, ela e os amigos aprenderam a fazer pulseiras com sementes, além de mexer com argila. "É legal ser índio", acredita a menina. "É bom saber que são amigos dos animais", afirma Danilo.

Em 19 de abril comemora-se o Dia do Índio. A homenagem foi criada no Brasil em 1943. A data faz referência ao 1º Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu em 1940 no México. Ainda hoje as tribos no País lutam por direitos e pela preservação de tradições e territórios.

Por Caroline Ropero - Diário do Grande ABC
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