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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/02/2016 | Veículos
Paixão que rompe fronteiras
Dizem que brasileiro é apaixonado por carro. Mas será, mesmo, que só nós temos tanto apreço pelas máquinas sobre quatro rodas? Que só os brazukas têm tara, ciúmes e cuidado excessivo com seus veículos? De fato, aqui tem gente que lava a caranga semanalmente (e jamais a deixa na chuva após o procedimento), que não permite o apoio de pés no painel e que compara um risco na lataria a um ferimento na pele. E mundo afora? Existe esse tipo de comportamento?

Atrás dessa resposta conversamos com pessoas ao redor do mundo (Estados Unidos, Itália, Alemanha, China e Austrália) a fim de saber qual a relação com seus carros... Afinal, tal obsessão é comum? Não dá para generalizar, mas para o norte-americano John Fuller, 31 anos, sim. O engenheiro aeroespacial confessa que, ao contrário de tantos outros conterrâneos, vê seus carros como mais que meros meios de transporte. Ele possui um Chevy Camaro (2010) e um Jeep Cherokee (1996) – que foi seu primeiro veículo. Desfazer deste? “Nem pensar!”, diz ele.

Pela afirmação é possível notar o tamanho do apreço de Fuller por essa dupla. Ele conta que costuma, sim, lavar seus carros com frequência. E nada de lava-rápido, afinal, a falta de cuidado dos profissionais pode acabar danificando a carroceria. Falando nisso, “para proteger a pintura, procuro encerá-los a cada quatro meses, quando necessário, e sempre estaciono em locais onde não corra risco de ser atingido por outros (carros), ou por suas portas. Se há necessidade de funilaria ou surja ruído interno ou no motor, logo recorro ao mecânico. Aliás, se for coisa simples, eu mesmo corrijo na garagem de casa”, diz.

Lá do outro lado do mundo, a designer Lisa Miller, 21 anos, vê o automóvel apenas como meio de transporte. Para ela, carro é apenas questão de necessidade, “pois em Sidney (capital do país) tudo é muito distante, obrigando as pessoas a depender de veículo para se locomover”. Ainda assim ela prefere usar seu Mazda MX-5 apenas para trajetos curtos. “Quando vou para longe prefiro pegar o trem, que, além de mais relaxante, é mais barato!”

Lendo isso, há quem conclua, então, que paixão por carro é coisa de homem... Nada disso! Tanto que para os italianos Massimo Grilli (38 anos, médico veterinário) e Vincenzo D’Innocenzo (47, técnico de laboratório), o carro não passa de uma simples condução. Quando questionados se dão aquele talento aos fins de semana, com limpeza interna e externa, são enfáticos: “Apenas quando temos tempo.”

Grilli ainda é mais cuidadoso, pois comprou, recentemente, seu Renault Clio (2015). Já D’Innocenzo – que tem um Ford Fiesta 2011 – se acostumou a deixar o carro na rua, afinal, ter garagem na Itália é luxo. Mas ele confessa não ter medo de roubo ou mesmo que batam ou arranhem seu carro. Neste caso, o conserto também sempre fica para depois. O desapego é tanto que o italiano afirma ficar com um mesmo carro por cerca de dez anos.

Pois é, dá para notar que esse lance de trocar de carro anualmente (ou quando surgir a primeira promoção com juros baixos) é, mesmo, coisa de brasileiro. O chinês Kwak Hong Soo, 38 anos, também confessa demorar uma década para efetuar troca de veículo. Porém, seu Hyundai Sonata (2012) logo deve ser passado para frente. “Penso em, daqui a dois anos, comprar um carro maior, pois tenho três filhos”, salienta.

STATUS? LÁ FORA, TAMBÉM!
Ter carrão no Brasil é status. Aqui, poucos têm veículo apenas para se locomover de um ponto A a um ponto B. Na maioria dos casos, é objeto de desejo, que serve para ser exibido, ostentado para os vizinhos e amigos. E, na Alemanha, não é diferente. De acordo com Michael Fischer, 27 anos, engenheiro industrial, para os alemães, ter carro é muito mais que apenas dirigir de um lado para o outro. “Em geral, as pessoas pensam assim. E eu sigo o pensamento dessa maioria.”

Ele tem um Audi TT (2015) e troca de carro a cada seis meses. Mas, convenhamos, lá – além de seguro – não é difícil desfilar a bordo de sedãs de luxo, esportivos e até superesportivos, afinal, o preço é (bem) mais acessível.

Por Vagner Aquino - Diário Online
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