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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/04/2014 | Setecidades
Paixão de Cristo emociona público em Santo André
Paixão de Cristo emociona público em Santo André Imagem Ilustrativa. Foto: coisasdecajazeiras.com.br
Imagem Ilustrativa. Foto: coisasdecajazeiras.com.br
Cerca de 6.000 pessoas lotaram ontem o estacionamento da Paróquia Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, em Santo André, para assistir à 14ª edição da tradicional Paixão de Cristo. Elenco de 115 atores emocionou a plateia na encenação dos últimos momentos de Jesus Cristo e de sua ressurreição.

Os próprios integrantes da comunidade católica são responsáveis pela produção dos figurinos e cenários, com investimento de quase R$ 29 mil.

A Paixão de Cristo andreense tem um diferencial. A cada ano, essa passagem bíblica é abordada sobre diferentes aspectos. Desta vez, o foco da narrativa foi dado à Lázaro, personagem ressuscitado por Jesus.

“Quisemos trazer à tona a questão do milagre, que está presente em nosso cotidiano. Acordar todas as manhãs e abrir os olhos é um milagre. Na correria rotineira, passamos tão despercebidos pelas coisas que não nos atentamos a isso. Então, a escolha do ponto de vista de Lázaro foi para transmitir às pessoas a mensagem para que tenham um outro olhar sobre o que acontece ao seu redor”, explicou a diretora da peça, Lilian Aparecida Godoi, 44 anos.

Alexander Mendes, 41, que interpretou Lázaro, participa da encenação desde a primeira edição. Ele destaca o árduo trabalho para dar vida ao personagem, mas faz questão de frisar que tudo vale a pena. “Deixamos a família por um momento e alguns compromissos ficam de lado, mas se de todo esse público, conseguirmos tocar uma pessoa que seja e evangelizá-la, todo o esforço será válido.”

Pela terceira vez consecutiva, o papel de Jesus foi desempenhado por Antonio César, 46. Não são só as cenas que se repetem, mas também a emoção. “Choro todas as vezes. Na cena em que sou pregado à cruz, meu grito é verdadeiro, eu sinto aquela dor.”

Emoção também para a mãe do ator, dona Elza Moreira, 78, que veio de Campina do Monte Alegre, interior de São Paulo, para assistir ao filho. “É impossível não chorar. Como mãe, imagino o que Maria passou ao ver o filho sofrendo tanto.”

O realismo da interpretação impacta. A cena na qual Jesus caminha entre o público carregando a cruz e sendo chicoteado provoca reações diversas. Alguns olham atentos, outros preferem não ver, mas o sentimento de comoção é unânime. A secretária Ariadne Francisco, 31, precisou confortar o filho, o pequeno Enzo, 7. “É o primeiro ano que ele vem comigo. Expliquei antes sobre a história, que Jesus sofreu por nós e precisamos fazer valer esse ato, mas ele ficou extremamente emocionado”, garante.

Indagado se estava gostando da peça, Enzo foi enfático. “Não, porque é muito sofrimento”, falou, aos prantos. Prova de que a emoção e a fé não têm idade.

Crianças são destaque da encenação andreense

Na 14ª edição da Paixão de Cristo, realizada pela Paróquia Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, em Santo André, as crianças tiveram destaque. O elenco infantil, formado por 20 pequenos com idades entre 4 e 12 anos, trouxe brilho ainda mais especial à peça.

Giulia Armelin, 10 anos, participou pela primeira vez da encenação. “Estou muito feliz, mas também muito ansiosa”, contou.

A ansiedade também era vista nas crianças veteranas de apresentação. Turminha que participa pela terceira vez falou da expectativa, minutos antes de entrar em cena “Fico feliz em participar da história de Jesus Cristo, mas fico nervosa ao subir no palco”, disse Letícia Godoi Evangelista, 10.

“Às vezes, fico até pálida. É muita emoção”, disse Maisa Godoi Baboni, 9.

“Sempre dá um frio na barriga, mas depois de alguns minutos no palco, a gente consegue relaxar”, falou Rafael Cristofali, 11, que destacou o objetivo da peça. “Queremos fazer com que as pessoas conheçam mais sobre o que Jesus fez por nós.”

Os adultos também desejam que o ensinamento de Cristo transforme as pessoas. “A Paixão de Cristo passa uma mensagem de amor. Se utilizássemos esse conceito em nossas vidas, todos viveriam bem e não aconteceriam tantas coisas ruins no mundo”, garantiu Leonilda Vendrasco, 69.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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