DATA DA PUBLICAÇÃO 31/03/2010 | Internacional
Países tentam juntar R$ 6,8 bi para reconstruir Haiti
Mulheres esperam em fila para receber comida em Porto Príncipe, capital do Haiti; países doadores se reúnem hoje em NY para discutir reconstrução.
.Altos representantes de mais de cem países, entre eles o Brasil, reúnem-se nesta quarta-feira (31) na sede da ONU, em Nova York, para retomar as discussões sobre o processo de reconstrução do Haiti, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro. A missão da conferência é arrecadar R$ 6,8 bilhões (US$ 3,8 bilhões) de governos e entidades privadas.
Ao contrário do primeiro encontro desse tipo - ocorrido menos de duas semanas após a tragédia e marcado por muitas boas intenções, mas por pouca ação - a nova reunião deve representar a partilha de responsabilidades entre os países que se comprometeram a ajudar a nação mais pobre do hemisfério Ocidental a se reerguer.
Prova do foco prático que deve marcar o encontro é que a ONU, em comunicado, disse que "somente os países que fizerem novas doações para recuperação de longo prazo poderão se pronunciar" durante a conferência. Os protagonistas da reunião deverão ser os Estados Unidos, que têm interesse estratégico em manter a estabilidade da região, o Brasil, que lidera as tropas de paz na área, e a União Europeia, que anunciou doações de quase R$ 1 bilhão.
As ações dos países doadores vão se basear nas prioridades estabelecidas pelo Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti, documento aprovado em reunião preparatória e que contém as principais necessidades em áreas como infraestrutura, educação e saúde.
Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a comunidade internacional não deve limitar a ajuda ao momento emergencial:
- No momento em que passamos da ajuda de emergência à reconstrução a longo prazo, devemos reconhecer que não podemos nos contentar com o normal.
Segundo Ban, a missão dos países é distribuir os recursos entre vários projetos e programas específicos durante os próximos 18 meses:
- O que imaginamos hoje não é outra coisa que uma reconstrução nacional total.
Diante de um cenário multinacional, o desafio será aprovar ações práticas e, ao mesmo tempo, manter a autonomia do governo haitiano para tomar decisões. Esse, aliás, foi um pedido que o primeiro-ministro do país, Jean-Max Bellerive, já fez na reunião preparatória:
- O Haiti tem que ter a liderança, que é uma tarefa muito importante. Não se trata de um discurso nacionalista de soberania, mas de um discurso sobre eficácia e eficiência, que é a única forma de podermos ter sucesso. E repito sem ironia: o Haiti é a instituição para preparar o Haiti de amanhã.
Brasil ajuda com R$ 340 milhões
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que será um dos co-Presidentes da Conferência, o país já aprovou R$ 340 milhões em recursos suplementares para o Haiti.
O principal representante brasileiro no encontro será o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que deverá anunciar novas ofertas de ajuda ao Haiti nos campos social e econômico.
Embora ainda não esteja claro o valor ou o destino dessas novas doações brasileiras, é provável que investimentos sejam destinados a escolas e hospitais e à recuperação da infraestrura haitiana.
O Brasil também lidera as tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), para a qual o governo mobilizou 900 novos militares, dobrando o efetivo presente na região antes do terremoto.
.Altos representantes de mais de cem países, entre eles o Brasil, reúnem-se nesta quarta-feira (31) na sede da ONU, em Nova York, para retomar as discussões sobre o processo de reconstrução do Haiti, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro. A missão da conferência é arrecadar R$ 6,8 bilhões (US$ 3,8 bilhões) de governos e entidades privadas.
Ao contrário do primeiro encontro desse tipo - ocorrido menos de duas semanas após a tragédia e marcado por muitas boas intenções, mas por pouca ação - a nova reunião deve representar a partilha de responsabilidades entre os países que se comprometeram a ajudar a nação mais pobre do hemisfério Ocidental a se reerguer.
Prova do foco prático que deve marcar o encontro é que a ONU, em comunicado, disse que "somente os países que fizerem novas doações para recuperação de longo prazo poderão se pronunciar" durante a conferência. Os protagonistas da reunião deverão ser os Estados Unidos, que têm interesse estratégico em manter a estabilidade da região, o Brasil, que lidera as tropas de paz na área, e a União Europeia, que anunciou doações de quase R$ 1 bilhão.
As ações dos países doadores vão se basear nas prioridades estabelecidas pelo Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti, documento aprovado em reunião preparatória e que contém as principais necessidades em áreas como infraestrutura, educação e saúde.
Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a comunidade internacional não deve limitar a ajuda ao momento emergencial:
- No momento em que passamos da ajuda de emergência à reconstrução a longo prazo, devemos reconhecer que não podemos nos contentar com o normal.
Segundo Ban, a missão dos países é distribuir os recursos entre vários projetos e programas específicos durante os próximos 18 meses:
- O que imaginamos hoje não é outra coisa que uma reconstrução nacional total.
Diante de um cenário multinacional, o desafio será aprovar ações práticas e, ao mesmo tempo, manter a autonomia do governo haitiano para tomar decisões. Esse, aliás, foi um pedido que o primeiro-ministro do país, Jean-Max Bellerive, já fez na reunião preparatória:
- O Haiti tem que ter a liderança, que é uma tarefa muito importante. Não se trata de um discurso nacionalista de soberania, mas de um discurso sobre eficácia e eficiência, que é a única forma de podermos ter sucesso. E repito sem ironia: o Haiti é a instituição para preparar o Haiti de amanhã.
Brasil ajuda com R$ 340 milhões
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que será um dos co-Presidentes da Conferência, o país já aprovou R$ 340 milhões em recursos suplementares para o Haiti.
O principal representante brasileiro no encontro será o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que deverá anunciar novas ofertas de ajuda ao Haiti nos campos social e econômico.
Embora ainda não esteja claro o valor ou o destino dessas novas doações brasileiras, é provável que investimentos sejam destinados a escolas e hospitais e à recuperação da infraestrura haitiana.
O Brasil também lidera as tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), para a qual o governo mobilizou 900 novos militares, dobrando o efetivo presente na região antes do terremoto.
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