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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/04/2008 | Geral
Pai e madrasta de Isabella não chamaram os Bombeiros
O resultado da quebra de sigilo telefônico do apartamento do casal Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, revela que em nenhum momento o pai e a madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, 5 anos, chamaram o Corpo de Bombeiros para socorrer a menina, que caíra do sexto andar do Edifício Residencial London, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo.

Diante de novos indícios e do depoimento de duas testemunhas, a Polícia Civil acredita ter esclarecido 99% do caso, restando apenas a conclusão dos laudos do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico-Legal) e a coleta de mais provas materiais.

Nesta quinta-feira, investigadores do 9º Distrito Policial (Carandiru) passaram o dia confrontando os registros das chamadas feitas a partir do telefone fixo da residência do casal com as ligações recebidas pelo Cobom (Centro de Operações do Corpo de Bombeiros) na noite do dia 29 de março. As gravações do Cobom também não registram ligações de celular de nenhum dos dois.

Ligações - O primeiro pedido de socorro foi feito às 23h49m59. O professor Antonio Lúcio Teixeira, 61 anos, morador do apartamento 12, dizia que uma criança havia caído do prédio. Cerca de 30 segundos depois, às 23h50m32, alguém de dentro do apartamento dos Nardoni telefonou para o celular de Alexandre José Peixoto Jatobá, pai de Anna Carolina. O diálogo durou 32 segundos.

A ligação seguinte, feita às 23h51m09, foi para a casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni. A chamada levou 29 segundos. “É no mínimo estranho que o casal tenha visto a criança caída lá embaixo e não tenha sequer tentado ligar para o serviço de resgate”, disse um policial que investiga o caso.

“No momento em que eles falavam com seus pais, o morador do apartamento 12 estava falando com os bombeiros, ou seja: o casal não tinha como saber que alguém já tinha feito o pedido de socorro e também não se preocupou em fazê-lo.”, acrescentou.

Madrasta trocou de blusa após morte de Isabella, dizem peritos

Os peritos do IC (Instituto de Criminalística) já sabem que Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá trocou de blusa na noite da morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, no último dia 29. Quando chegou ao prédio, ela usava uma blusa preta. Depois do crime, ela estava com uma blusa verde-água.

Os policiais encontraram manchas semelhantes a sangue tanto na calça jeans que a madrasta usava como na blusa. Todas as testemunhas são unânimes em dizer que Anna Carolina não se aproximou de Isabella depois da queda do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.

Os peritos suspeitam que a blusa foi lavada depois do crime. Uma análise química dos fios do tecido será feita para averiguar essa suspeita. As manchas achadas, ainda segundo os peritos, são compatíveis com o cenário de alguém que carregasse a menina no colo. Sabe-se que o sangue no chão do apartamento é resultado de pingos que caíram de uma altura de pouco mais de um metro.

Os peritos buscam, por meio do exame de DNA, verificar se o suposto sangue encontrado na blusa e na calça é mesmo da madrasta. Eles estão seqüenciando o material genético de Isabella a fim de estabelecer o padrão e poder compará-lo com o padrão das amostras de substâncias semelhantes a sangue recolhidas no apartamento e nas roupas apreendidas.

Nesta quinta-feira, os policiais do 9º DP ouviram novamente o depoimento de Anna Carolina na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi), onde ela está detida. Os investigadores do caso estão atrás de um sapato de Anna Carolina ou do consultor jurídico Alexandre Nardoni, pai de Isabella, para comparar com a pegada encontrada no lençol da cama do quarto de onde a menina foi jogada.

Testemunhas

Duas testemunhas disseram ter escutado de Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, na noite de 29 de março, uma frase que compromete o irmão como se ele tivesse feito algo errado. Pouco antes, a menina Isabella havia sido atirada pela janela do apartamento do pai. Ouvidas em sigilo no 8º DP (Distrito Policial), as testemunhas são um caixa e um gerente de um bar na zona norte de São Paulo.

Os dois contaram que viram Cristiane ansiosa para deixar a casa. Ela estava acompanhada pelo noivo, que pediu ao caixa que se apressasse. A irmã de Alexandre estava chorando. Foi quando ela teria deixado escapar a frase. Em entrevista, Cristiane negou que seu irmão tenha dito algo que o comprometesse na ligação.

Por Diário Online - AE
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