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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/06/2011 | Internacional
Pai é acusado de assassinar mãe após filha revelar pesadelo de infância
Um francês está sendo julgado pelo assassinato da mulher após sua filha - que na época do suposto crime tinha apenas 2 anos - ter revelado anos depois que tinha regularmente pesadelos em que via seu pai esfaquear sua mãe.

Foram os pesadelos da criança, relatados sete anos após o desaparecimento de Djamella Iftene, ocorrido em 1998, que permitiram o avanço nas investigações policiais.

O corpo de Djamella, de 22 anos, nunca foi encontrado. Durante anos, seu marido, Christian Carrié, alegou aos parentes da vítima que sua esposa havia fugido com um amante.

A família acreditou na história, já que a avó de Djamella afirmou ter recebido cartas que relatavam suas aventuras amorosas.

Guarda
A mulher desapareceu misteriosamente, no entanto, apenas seis meses após ter iniciado um processo para obter a guarda da filha, Laura.

Mas em 2005, as investigações sobre o suposto desaparecimento, que estavam paradas, sofreram uma reviravolta em razão de outro evento ligado à filha do casal.

A Justiça, após um alerta feito por educadores, decidiu retirar a criança de seu domicílio por suspeitar que ela fosse vítima de incesto.

Laura, que já tinha 9 anos na época, ficou sob a tutela de assistentes sociais. Ela contou às autoridades que havia anos tinha sempre o mesmo pesadelo.

Ela declarou que sempre via no pesadelo seu pai pegar uma faca e cravá-la no pescoço de sua mãe. Ela via sua mãe caindo e o sangue se espalhando pelo chão.

A partir disso, as investigações foram retomadas. A polícia descobriu que o marido, segundo testemunhas, seria ciumento, violento e alcoólatra.

Condenação
Em 2007, Carrié foi condenado a quatro anos de prisão por ter abusado sexualmente de sua filha. A partir disso, ele passou a ser interrogado regularmente sobre o desaparecimento da esposa.

Carrié acabou confessando ter esfaqueado Djamella, mas minimizou a gravidade do crime afirmando que teria sido um acidente, ocorrido durante uma briga.

Segundo ele, sua esposa o teria ameaçado primeiro com uma faca. Ele afirmou ter cortado o corpo em pedaços e jogado alguns restos mortais em latas de lixo públicas. A outra parte foi dada como comida aos seus cachorros.

Carrié disse ter inclusive 'cozido' o corpo para alimentar os cachorros. Mas após essa confissão, em 2008, ele voltou atrás, alegando pressões dos investigadores, e passou a negar o crime.

'Visão'
'A polícia não encontrou o corpo e nem vestígios de sangue na casa. Só sobram os sonhos de uma criança', afirma Antoine Garcia, advogado de Carrié.

'Minha filha guardou uma visão. Não sei como explicar isso', diz o réu, que pode ser condenado à prisão perpétua.

As investigações também provaram que Carrié escreveu nos últimos anos as supostas cartas enviadas por Djamella aos seus parentes para dar notícias sobre sua nova vida.

Carrié está sendo julgado atualmente no tribunal penal de Gard, na região de Nîmes, no sul da França. A sentença será anunciada na sexta-feira.

Por G1 - BBC Brasil
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