DATA DA PUBLICAÇÃO 04/11/2016 | Economia
Pagamento do 13º salário injeta R$ 3,1 bi na economia da região
Foto de divulgação
O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 3,1 bilhões na economia do Grande ABC, de acordo com estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Embora o montante represente alta de 3,3% (R$ 100 milhões) ante 2015, quando a gratificação natalina nas sete cidades somou R$ 3 bilhões, ao descontar a inflação se tem uma queda de 6,62% nos valores pagos.
Desse total, R$ 2,4 bilhões são destinados aos trabalhadores com registro em carteira (que inclui tanto da iniciativa privada como funcionários públicos) e, outros R$ 767,9 milhões, aos beneficiários da Previdência Social.
É válido lembrar que a primeira parcela do abono, correspondente à metade do rendimento mensal, deve ser paga até o dia 30. Os aposentados e pensionistas já receberam entre o fim de agosto e o início de setembro e muitos trabalhadores recebem junto com as férias. A segunda parcela, que tem os descontos do Imposto de Renda e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), deve ser depositada até 20 de dezembro.
O levantamento foi realizado pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos dos ABC, e tem como base dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Isso é muito positivo para os trabalhadores da região. Estamos esperançosos, porque se trata de expressivo recurso extra em circulação e, portanto, de possibilidade de alavancar a economia local e abrir novas linhas de crédito”, avalia o diretor do sindicato e responsável pela subseção do Dieese, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.
Considerando apenas a base da entidade, que engloba 75.445 metalúrgicos em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o 13º salário vai injetar R$ 427,1 milhões, ou 13,7% do total. No ano passado, o volume era de R$ 423,9 milhões (15%). Apesar do aumento de R$ 3,2 milhões (0,75%), quando é descontada a inflação nota-se retração de 9,64%.
“Possivelmente, a queda é maior para os metalúrgicos por conta do desemprego, que atinge mais fortemente a categoria. Sem contar os PDVs (Programas de Demissão Voluntária) abertos pelas montadoras neste ano. Se há menos empregados ocupados, o valor do abono será menor”, explica o economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero.
Apesar do cenário de crise, Morcegão defende que a economia da região continua muito forte. “Neste ano, mesmo com as demissões, o montante (nominal) do 13º salário cresceu. Pode ser uma retomada, e vemos essa injeção de recursos com bons olhos.” O sindicalista lembra que os metalúrgicos têm salário médio de R$ 5.660,64. O rendimento médio do trabalhador, de acordo com a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), do Seade/Dieese, é de R$ 2.138.
RECOMENDAÇÕES
Com o dinheiro no bolso, apesar do alto endividamento da população, o consumidor ainda se anima com as festas de Natal e Ano-Novo, por isso Balistiero faz algumas recomendações. Dentre elas, orienta priorizar o pagamento das dívidas, além de não gastar todo o dinheiro e se lembrar que janeiro é um mês em que muitas contas vem à tona, como IPTU, IPVA e material escolar. O economista recomenda que o que sobrar do dinheiro seja aplicado, já que o cenário ainda é de crise.
“É necessário tomar essa precaução, mesmo com a vontade de gastar, porque estamos em momento muito ruim e vamos ter melhoras pontuais somente na metade do ano que vem. Essa melhora, porém, será apenas estatística, pois a retomada de fato deve acontecer apenas em 2018.”
Desse total, R$ 2,4 bilhões são destinados aos trabalhadores com registro em carteira (que inclui tanto da iniciativa privada como funcionários públicos) e, outros R$ 767,9 milhões, aos beneficiários da Previdência Social.
É válido lembrar que a primeira parcela do abono, correspondente à metade do rendimento mensal, deve ser paga até o dia 30. Os aposentados e pensionistas já receberam entre o fim de agosto e o início de setembro e muitos trabalhadores recebem junto com as férias. A segunda parcela, que tem os descontos do Imposto de Renda e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), deve ser depositada até 20 de dezembro.
O levantamento foi realizado pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos dos ABC, e tem como base dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Isso é muito positivo para os trabalhadores da região. Estamos esperançosos, porque se trata de expressivo recurso extra em circulação e, portanto, de possibilidade de alavancar a economia local e abrir novas linhas de crédito”, avalia o diretor do sindicato e responsável pela subseção do Dieese, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.
Considerando apenas a base da entidade, que engloba 75.445 metalúrgicos em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o 13º salário vai injetar R$ 427,1 milhões, ou 13,7% do total. No ano passado, o volume era de R$ 423,9 milhões (15%). Apesar do aumento de R$ 3,2 milhões (0,75%), quando é descontada a inflação nota-se retração de 9,64%.
“Possivelmente, a queda é maior para os metalúrgicos por conta do desemprego, que atinge mais fortemente a categoria. Sem contar os PDVs (Programas de Demissão Voluntária) abertos pelas montadoras neste ano. Se há menos empregados ocupados, o valor do abono será menor”, explica o economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero.
Apesar do cenário de crise, Morcegão defende que a economia da região continua muito forte. “Neste ano, mesmo com as demissões, o montante (nominal) do 13º salário cresceu. Pode ser uma retomada, e vemos essa injeção de recursos com bons olhos.” O sindicalista lembra que os metalúrgicos têm salário médio de R$ 5.660,64. O rendimento médio do trabalhador, de acordo com a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), do Seade/Dieese, é de R$ 2.138.
RECOMENDAÇÕES
Com o dinheiro no bolso, apesar do alto endividamento da população, o consumidor ainda se anima com as festas de Natal e Ano-Novo, por isso Balistiero faz algumas recomendações. Dentre elas, orienta priorizar o pagamento das dívidas, além de não gastar todo o dinheiro e se lembrar que janeiro é um mês em que muitas contas vem à tona, como IPTU, IPVA e material escolar. O economista recomenda que o que sobrar do dinheiro seja aplicado, já que o cenário ainda é de crise.
“É necessário tomar essa precaução, mesmo com a vontade de gastar, porque estamos em momento muito ruim e vamos ter melhoras pontuais somente na metade do ano que vem. Essa melhora, porém, será apenas estatística, pois a retomada de fato deve acontecer apenas em 2018.”
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