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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2013 | Política
Padres da Região defendem modernização da Igreja
Padres da Região defendem modernização da Igreja Um novo Papa deve ser eleito em março, de acordo com o Vaticano Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Um novo Papa deve ser eleito em março, de acordo com o Vaticano Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Renúncia do Papa Bento 16 reabre debate em torno da necessidade de mudanças no Vaticano

A notícia sobre a renúncia do Papa Bento 16, anunciada nesta segunda-feira (11/02), surpreendeu a toda comunidade católica e provocou a reabertura de um debate urgente dentro dos muros do Vaticano: a necessidade de modernização da Igreja. Aos 86 anos, o pontífice alemão nascido Joseph Alois Ratzinger comunicou em carta que deixará o posto mais alto do catolicismo no próximo dia 28. Para representantes da Igreja consultados pelo ABCD MAIOR, o evento marca o início de uma transformação nos padrões da instituição.

“No mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado”, declarou em comunicado o Papa Bento 16.

“Essa modernidade foi o grande drama do Papa Bento, observar as mudanças do mundo e ficar impossibilitado de lidar com essas transformações justamente por ter uma mentalidade mais conservadora”, avalia o Padre Frei Luiz Favaron, da Paróquia Santa Gema, de Santo André.

Ao quebrar um regime de 600 anos sem renúncias ao papado, o cardeal Joseph Ratzinger, porém, foi elogiado pela postura e responsabilidade ao deixar o cargo. “Foi uma surpresa, mas também um ato sublime. Ele enxergou não ter condições de seguir em frente, em um ato de grandeza”, destacou Frei Luiz.

Para o Padre Angelo Bellozzo, pároco da Igreja São Geraldo de Magela, de São Bernardo, lidar com a modernização da humanidade deve ser o grande desafio para o próximo pontífice. “A Igreja precisa atender as angústias do homem do século 21. Fica difícil dar a resposta a tantos problemas”, ressaltou. Na avaliação do Padre Angelo, a escolha de um Papa mais jovem poderia facilitar essa renovação.

Outro ponto destacado pelos religiosos como distanciador entre a Igreja e seus fiéis, é a visão nobre do Vaticano. “Precisamos quebrar esse conceito de ser uma igreja prepotente. Nos aproximarmos do povo com mais simplicidade”, analisou o pároco Angelo Bellozzo. Opinião corroborada por Frei Luiz Favaron. “É preciso nos aproximarmos mais da pessoa que era Jesus, ligada aos pobres. E resistir à tentação do poder”, pontuou.

Até o momento, três cardeais são cotados para assumir o posto: um italiano, um africano e um canadense. Um conclave deve eleger o novo pontífice, que assumirá o posto em março, antes da Pascoá, de acordo com o Vaticano. Ao escolhido, será encubida a missão de lidar com polêmicos debates como o aborto, a união homoafetiva e métodos contraceptivos.

De acordo com o Vaticano, o novo papa deverá participar do Encontro Mundial da Juventude, que ocorre no Rio de Janeiro, em julho.

Leia a íntegra da carta de renúncia do Papa Bento 16:

"Queridísimos irmãos, Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando. No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado. Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração"

Por Nicole Briones - ABCD Maior
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