DATA DA PUBLICAÇÃO 05/12/2007 | Política
Padre muda depoimento no caso Cressoni
O padre Geraldo Vicente Voltolini, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, em São Caetano, mudou seu depoimento e agora afirma conhecer a família do empresário Antônio José Cressoni, que denunciou suposto esquema de fraude em licitações durante as gestões do ex-prefeito Luiz Tortorello (1997-2004).
O religioso revelou ao Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional de Repressão ao Crime Organizado) do MP de Santo André que “mantém ótimo relacionamento com seus paroquianos”.
Para o Ministério Público, padre Geraldo havia negado o relacionamento, praticando, com isso, os crimes de perjúrio (quebra de juramento) e falso testemunho.
O religioso voltou a depor depois que Rita Cressoni, mulher do empresário, gravou uma conversa com ele falando sobre o laço de amizade com sua família.
Segundo o relatório do depoimento, a relação do pároco com os fiéis é tão afetiva que ele afirmou ter indicado cerca de 200 pessoas para serem contratadas pela administração de São Caetano, tendo sucesso em 80 casos. Também no novo depoimento, padre Geraldo afirmou ter ouvido do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) que Antônio Cressoni recebeu da Prefeitura R$ 500 mil por três obras que não foram realizadas.
Em nota, a Prefeitura ressaltou que as três obras executadas na presente administração estão dentro dos padrões. E que a soma dos empreendimentos resulta no valor de R$ 284.689,80.
“Este foi o montante recebido pelo senhor Antonio José Cressoni, por meio de suas empresas – vencedoras de processos licitatórios absolutamente regulares – nesta gestão”, informou a administração.
A Prefeitura negou que tenha contratado qualquer funcionário por indicação do padre. O sacerdote não foi encontrado pelo Diário.
O promotor Wider Filho disse que os documentos e o processo com as novas declarações do padre Geraldo serão encaminhados Procuradoria Geral do Ministério Público do Estado que averigua crimes de prefeitos.
Vavá refuta novamente envolvimento no esquema
Em depoimento ao Gaerco terça-feira, Evandro Luiz Alvez de Moraes, o Vavá, fiscal da Prefeitura na gestão do ex-prefeito Luiz Tortorello, negou mais uma vez seu envolvimento no suposto esquema de repasse de verba de obras públicas em São Caetano.
De acordo com o promotor criminal responsável pelo caso, Roberto Wider Filho, Vavá participou terça-feira da averiguação de sete processos, cujas assinaturas que deveriam ser dos empresários responsáveis pelas obras eram parecidas com as do fiscal. “Ele (Vavá) reconheceu todas as suas próprias assinaturas e não reconheceu nenhuma das outras que estavam nos espaços detinados aos empresários, que supostamente teriam sido falsificadas”, explicou Wider Filho.
Agora, será feito exame pericial das assinaturas. Vavá irá colher material para análise e comparação a partir do dia 16 de janeiro.
No depoimento, que durou cerca de duas horas, o fiscal da Prefeitura, à época responsável pela montagem das licitações, não soube explicar as divergências em sua declaração de IR (Imposto de Renda) e sua evolução patrimonial.
“Somente com a reforma de sua casa, que tinha 72 m² e passou a ter 492 m², o Vavá diz ter gasto pouco mais de R$ 26 mil. Isso é quase o valor que ele ganha no ano, com salário de funcionário público de R$ 2.300”, enfatizou o promotor. “A explicação foi de que sua mulher (advogada), sua mãe e seu sogro o ajudam. Mas também há incompatibilidades na declaração de IR de sua esposa”, completou.
Segundo Wider Filho, o depoimento de Vavá serviu para dar prosseguimento ao caso, mas “na elucidação das dúvidas não ajudou muito”.
Nesta quarta-feira, o promotor ouvirá novamente Antônio José Cressoni, empreiteiro que participou das supostas licitações irregulares e denunciou o caso. Cressoni também continuará a analisar os mais de 100 processos que envolvem o esquema.
O religioso revelou ao Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional de Repressão ao Crime Organizado) do MP de Santo André que “mantém ótimo relacionamento com seus paroquianos”.
Para o Ministério Público, padre Geraldo havia negado o relacionamento, praticando, com isso, os crimes de perjúrio (quebra de juramento) e falso testemunho.
O religioso voltou a depor depois que Rita Cressoni, mulher do empresário, gravou uma conversa com ele falando sobre o laço de amizade com sua família.
Segundo o relatório do depoimento, a relação do pároco com os fiéis é tão afetiva que ele afirmou ter indicado cerca de 200 pessoas para serem contratadas pela administração de São Caetano, tendo sucesso em 80 casos. Também no novo depoimento, padre Geraldo afirmou ter ouvido do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) que Antônio Cressoni recebeu da Prefeitura R$ 500 mil por três obras que não foram realizadas.
Em nota, a Prefeitura ressaltou que as três obras executadas na presente administração estão dentro dos padrões. E que a soma dos empreendimentos resulta no valor de R$ 284.689,80.
“Este foi o montante recebido pelo senhor Antonio José Cressoni, por meio de suas empresas – vencedoras de processos licitatórios absolutamente regulares – nesta gestão”, informou a administração.
A Prefeitura negou que tenha contratado qualquer funcionário por indicação do padre. O sacerdote não foi encontrado pelo Diário.
O promotor Wider Filho disse que os documentos e o processo com as novas declarações do padre Geraldo serão encaminhados Procuradoria Geral do Ministério Público do Estado que averigua crimes de prefeitos.
Vavá refuta novamente envolvimento no esquema
Em depoimento ao Gaerco terça-feira, Evandro Luiz Alvez de Moraes, o Vavá, fiscal da Prefeitura na gestão do ex-prefeito Luiz Tortorello, negou mais uma vez seu envolvimento no suposto esquema de repasse de verba de obras públicas em São Caetano.
De acordo com o promotor criminal responsável pelo caso, Roberto Wider Filho, Vavá participou terça-feira da averiguação de sete processos, cujas assinaturas que deveriam ser dos empresários responsáveis pelas obras eram parecidas com as do fiscal. “Ele (Vavá) reconheceu todas as suas próprias assinaturas e não reconheceu nenhuma das outras que estavam nos espaços detinados aos empresários, que supostamente teriam sido falsificadas”, explicou Wider Filho.
Agora, será feito exame pericial das assinaturas. Vavá irá colher material para análise e comparação a partir do dia 16 de janeiro.
No depoimento, que durou cerca de duas horas, o fiscal da Prefeitura, à época responsável pela montagem das licitações, não soube explicar as divergências em sua declaração de IR (Imposto de Renda) e sua evolução patrimonial.
“Somente com a reforma de sua casa, que tinha 72 m² e passou a ter 492 m², o Vavá diz ter gasto pouco mais de R$ 26 mil. Isso é quase o valor que ele ganha no ano, com salário de funcionário público de R$ 2.300”, enfatizou o promotor. “A explicação foi de que sua mulher (advogada), sua mãe e seu sogro o ajudam. Mas também há incompatibilidades na declaração de IR de sua esposa”, completou.
Segundo Wider Filho, o depoimento de Vavá serviu para dar prosseguimento ao caso, mas “na elucidação das dúvidas não ajudou muito”.
Nesta quarta-feira, o promotor ouvirá novamente Antônio José Cressoni, empreiteiro que participou das supostas licitações irregulares e denunciou o caso. Cressoni também continuará a analisar os mais de 100 processos que envolvem o esquema.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Política
25/09/2018 | Bolsonaro inicia dieta branda e faz caminhada fora do quarto, diz boletim
21/09/2018 | Bolsonaro diz nunca ter cogitado volta da CPMF e fixa postagem no seu Twitter
20/09/2018 | Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto
As mais lidas de Política
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda