DATA DA PUBLICAÇÃO 06/11/2007 | Economia
Padarias e bares aderem a nota paulista
Após um mês de implantação, o Programa Nota Fiscal Paulista passa a vigorar também em padarias e confeitarias, bares, lanchonetes e estabelecimentos similares, neste mês.
A iniciativa parece surtir efeito. Se comparado com a segunda quinzena do mês de outubro, onde o sistema registrava 13 mil estabelecimentos cadastrados, hoje esse número saltou para 30.288.
Segundo a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, já foram registradas 37.903 notas ou cupons fiscais no primeiro mês de implantação da nota em restaurantes.
Mesmo com a ampliação do programa, algumas entidades ainda fazem ressalvas.
Para Antônio Carlos Henriques, presidente do Sipan-ABC (Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria da região do ABC), o projeto não favorece nem ao estabelecimento, nem ao consumidor.
“Não vejo os reais benefícios para ambas as partes”, explica.
De acordo com Henriques, foi pedido uma prorrogação à secretaria para que os estabelecimentos de pequeno porte tivessem tempo suficiente para se adequarem, mas o pedido foi negado.
Percival Maricatto, diretor jurídico da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), acredita que os estabelecimentos resistem ao programa, uma vez que é burocrático. “O que vai acontecer é o aumento de estabelecimentos clandestinos, já que muitos não têm informatização”, conta. Segundo ele, se um consumidor gastar R$ 10 em um estabelecimento de porte médio, todos os dias, no final do ano vai receber cerca de R$ 30, ou seja, menos de R$ 0,10 por compra. “Não vejo muitas vantagem comparado ao trabalho que dá.”
Projeto - Ao pedir a nota fiscal, o consumidor recebe de volta 30% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incluso nas compras. Essa ação gera créditos que podem ser utilizados pelo consumidor de diversas maneiras, como no desconto do IPVA.
Cafeterias e docerias estão preparadas para emitir a nota fiscal
Mesmo não estando cadastrada no sistema, a cafeteria Fran’s Café, de Santo André, já disponibiliza a nova nota fiscal para os seus clientes.
Segundo a proprietária, Grazielle Abrikian Telles, da unidade da Avenida Portugal, no último domingo foram emitidas cinco notas. “Por enquanto estamos fazendo manualmente, mas mais para a frente já estaremos fazendo isso via internet”, acrescentou.
Segundo Grazielle, o objetivo é agilizar o atendimento para que não haja demora. “Essa é nossa única preocupação.”
A Doçaria Padoveze, da região, também já disponibiliza a nota. “Até o momento, foram poucas as pessoas que a solicitaram. Sinto que os clientes ainda estão receosos em pedir”, conta o proprietário do estabelecimento, Ageu Padoveze.
Para ele, o programa não traz grandes novidades. “Já estamos acostumados a emitir nota fiscal a quem nos pede”, disse.
Padarias se preocupam com a qualidade
A demora no atendimento é o que mais preocupa José Íris, gerente da Padaria Vitória Régia, de Santo André. Segundo ele, o número de consumidores que pediu a nota fiscal até o momento foi mínimo. “No primeiro momento, essa prática pode acarretar na demora do atendimento, o que prejudica a nossa qualidade”, disse.
Mesmo assim, José Íris já treinou os funcionários para que os clientes não sejam prejudicados.
Outro ponto questionado por ele é o benefício que o programa trará aos clientes. “Fizemos algumas simulações e notamos que o retorno é mínimo. Por exemplo, se o cliente gasta R$ 50 em uma compra, o retorno é de R$ 0,04”, afirmou. Vale destacar que esse é o valor por apenas uma compra de R$ 50. Na somatória de todos os gastos, os valores são superiores e valem a pena.
Henrique Afonso Junior, sócio-proprietário da Padaria Brasileira, de Santo André, acredita que a emissão das notas não atrapalhará o atendimento. “Mesmo sendo um procedimento a mais, foi preciso apenas um pequeno ajuste para não acumular filas. É como passar um cartão de crédito”, disse.
A iniciativa parece surtir efeito. Se comparado com a segunda quinzena do mês de outubro, onde o sistema registrava 13 mil estabelecimentos cadastrados, hoje esse número saltou para 30.288.
Segundo a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, já foram registradas 37.903 notas ou cupons fiscais no primeiro mês de implantação da nota em restaurantes.
Mesmo com a ampliação do programa, algumas entidades ainda fazem ressalvas.
Para Antônio Carlos Henriques, presidente do Sipan-ABC (Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria da região do ABC), o projeto não favorece nem ao estabelecimento, nem ao consumidor.
“Não vejo os reais benefícios para ambas as partes”, explica.
De acordo com Henriques, foi pedido uma prorrogação à secretaria para que os estabelecimentos de pequeno porte tivessem tempo suficiente para se adequarem, mas o pedido foi negado.
Percival Maricatto, diretor jurídico da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), acredita que os estabelecimentos resistem ao programa, uma vez que é burocrático. “O que vai acontecer é o aumento de estabelecimentos clandestinos, já que muitos não têm informatização”, conta. Segundo ele, se um consumidor gastar R$ 10 em um estabelecimento de porte médio, todos os dias, no final do ano vai receber cerca de R$ 30, ou seja, menos de R$ 0,10 por compra. “Não vejo muitas vantagem comparado ao trabalho que dá.”
Projeto - Ao pedir a nota fiscal, o consumidor recebe de volta 30% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incluso nas compras. Essa ação gera créditos que podem ser utilizados pelo consumidor de diversas maneiras, como no desconto do IPVA.
Cafeterias e docerias estão preparadas para emitir a nota fiscal
Mesmo não estando cadastrada no sistema, a cafeteria Fran’s Café, de Santo André, já disponibiliza a nova nota fiscal para os seus clientes.
Segundo a proprietária, Grazielle Abrikian Telles, da unidade da Avenida Portugal, no último domingo foram emitidas cinco notas. “Por enquanto estamos fazendo manualmente, mas mais para a frente já estaremos fazendo isso via internet”, acrescentou.
Segundo Grazielle, o objetivo é agilizar o atendimento para que não haja demora. “Essa é nossa única preocupação.”
A Doçaria Padoveze, da região, também já disponibiliza a nota. “Até o momento, foram poucas as pessoas que a solicitaram. Sinto que os clientes ainda estão receosos em pedir”, conta o proprietário do estabelecimento, Ageu Padoveze.
Para ele, o programa não traz grandes novidades. “Já estamos acostumados a emitir nota fiscal a quem nos pede”, disse.
Padarias se preocupam com a qualidade
A demora no atendimento é o que mais preocupa José Íris, gerente da Padaria Vitória Régia, de Santo André. Segundo ele, o número de consumidores que pediu a nota fiscal até o momento foi mínimo. “No primeiro momento, essa prática pode acarretar na demora do atendimento, o que prejudica a nossa qualidade”, disse.
Mesmo assim, José Íris já treinou os funcionários para que os clientes não sejam prejudicados.
Outro ponto questionado por ele é o benefício que o programa trará aos clientes. “Fizemos algumas simulações e notamos que o retorno é mínimo. Por exemplo, se o cliente gasta R$ 50 em uma compra, o retorno é de R$ 0,04”, afirmou. Vale destacar que esse é o valor por apenas uma compra de R$ 50. Na somatória de todos os gastos, os valores são superiores e valem a pena.
Henrique Afonso Junior, sócio-proprietário da Padaria Brasileira, de Santo André, acredita que a emissão das notas não atrapalhará o atendimento. “Mesmo sendo um procedimento a mais, foi preciso apenas um pequeno ajuste para não acumular filas. É como passar um cartão de crédito”, disse.
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