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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/03/2015 | Setecidades
Padaria Canôa é lacrada pela Vigilância Sanitária
 Padaria Canôa é lacrada pela Vigilância Sanitária Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
A padaria Canôa, situada na esquina das ruas Oriente e Flórida, no bairro Barcelona, em São Caetano, foi interditada pela Vigilância Sanitária, na tarde de ontem, após ter ao menos 26 casos confirmados de pessoas que passaram mal ao comer lanches do estabelecimento, conforme o Diário noticiou no domingo. A informação foi confirmada pelo coordenador do plantão do Hospital Albert Sabin Roberto Rodrigues Júnior.

Além da Vigilância Sanitária, foi mobilizada equipe do 2º DP (Santa Maria), que prendeu em flagrante o gerente do estabelecimento, identificado apenas como Marcelo, por crime contra a Saúde pública.

No local foram apreendidos maionese, molho, água e carne. A quantidade ainda será contabilizada pela Polícia Civil. Conforme informações do delegado titular do 2º DP, José Ribamar de Freitas Raposo, foram encontrados ainda três exames de fezes dentro da geladeira de carnes para consumo dos clientes.

O diretor da Vigilância Sanitária de São Caetano, Caio Willians Castro Júnior, foi cauteloso e informou que ainda não pode confirmar que a causa da internação tem relação com os alimentos produzidos pelo estabelecimento. “Tudo depende da avaliação que será realizada pelo laboratório.”

Segundo Raposo, porém, os alimentos estavam armazenados em locais irregulares. “Foram encontradas várias peças de salame, maionese, temperos vencidos e carnes acondicionados em locais proibidos.” O delegado afirmou ainda que o gerente da padaria pode não receber o direito à fiança devido à gravidade dos problemas encontrados. O advogado de Marcelo foi abordado pela equipe de reportagem, mas não quis se pronunciar.

INTOXICAÇÃO

Uma das vítimas de intoxicação foi o encarregado de loja José Antônio da Silva, 25 anos, que disse ter ingerido um x-salada no fim de semana. “Desde que comi o lanche, precisei ir ao hospital três vezes. Gastei mais de R$ 100 em medicamentos.”

Outro que passou mal foi o gerente de produção Eduardo Alvares, 41. Ele, a mulher e os dois filhos também tiveram indisposição. “Meu filho está internado no Beneficência Portuguesa. Ele tem 7 anos e tem paralisia cerebral.” Alvares se sente revoltado. “Não é possível que uma pessoa sabe que vai fazer mal para o outro e mesmo assim faz, só para ganhar dinheiro. É lamentável.”

Uma família de oito pessoas também teve problemas. “Meu pai, minha mãe, meus dois irmãos, meu marido, eu e meus três filhos de 10, 8 e 1 ano passamos o fim de semana ruins.”

Os sintomas mencionados pelas vítimas são: diarreia, vômitos e dores de cabeça e no corpo.

Ex-funcionário defende estabelecimento comercial

Mesmo com a Vigilância Sanitária no local, ontem havia quem defendesse a Padaria Canôa, tradicional na cidade e frequentada por moradores de toda a região. O padeiro Ailton Lima, 48 anos, afirmou que comeu o mesmo lanche que fez mal para as vítimas e não teve sintomas. “Eu e o meu filho de 14 anos comemos x-salada no sábado e não passamos mal.”
Ailton contou que o estabelecimento sofre perseguição no município. “A padaria é grande, poderosa. Tudo o que acontece aqui tem grande repercussão.”

O padeiro trabalhou no local por um ano. “São 40 famílias sustentadas por este negócio. As qualidades dos donos são inegáveis”, relatou.

Por Yago Delbuoni - Especial para o Diário
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