DATA DA PUBLICAÇÃO 05/12/2011 | Informática
Pacotão de segurança: invasão do PC e máquina virtual para banco
>>> Invasão
Qualquer internauta pode ter o seu computador invadido? Como posso identificar de forma segura se o meu computador foi invadido? Existe algum meio do próprio internauta perceber rapidamente que seu computador foi invadido? Quais os meios mais seguros de se evitar uma invasão?
Gilberto
“Invasão” é um termo um pouco complicado. Normalmente, essa palavra está associada com aquela ideia de um indivíduo mal intencionado que consegue se infiltrar secretamente, pela internet, no computador de alguém ou de alguma empresa.
Na realidade, isso acontece, mas de uma forma um pouco diferente. Em muitos casos, a invasão é resultado de um vírus que infectou o computador da vítima. O vírus informa o invasor sobre a máquina infectada e dá a possibilidade de controle remoto do PC.
Os vírus, é claro, normalmente dependem de alguma ação do próprio internauta para infectarem o PC (como no caso de um arquivo baixado de um link em um e-mail) ou então de uma falha de segurança para a qual já existe uma solução, normalmente na forma de uma atualização para o software vulnerável.
Outro detalhe é que essas invasões ocorrem de forma cotidiana e os envolvidos não buscam infectar uma pessoa específica. As pragas atacam qualquer pessoa que estiver vulnerável e acessar um site malicioso ou abrir um link em um e-mail.
Nesse sentido, sim, qualquer internauta pode ter o computador invadido. Identificar a invasão é mais complicado: antivírus são a principal ferramenta para isso. Embora alguns “sinais” podem ajudar (como, por exemplo, um sinal de atividade de rede muito alta no modem quando não há nenhum uso da internet), eles também podem enganar (porque pode ser um software realizando uma atualização automática). Então é bastante complicado para alguém que não é um especialista obter a certeza de que uma máquina está comprometida.
As dicas são as mesmas de sempre e que já foram muitas vezes mencionadas aqui na coluna: manter atualizados os softwares, especialmente o sistema operacional, o navegador de internet e os plugins (como Flash, leitor de PDF, Java, etc) e não executar nenhum tipo de programa que veio de uma fonte não confiável (incluindo qualquer mensagem de e-mail, Facebook, MSN, etc).
Softwares só devem ser baixados manualmente no site do desenvolvedor. Avisos de site alertando para a necessidade de instalação de um plugin devem ser ignorados. Se realmente falta um plugin, ele deve ser instalado manualmente, não a partir do site – porque o site pode direcionar você para um download falso.
>>> Acesso ao banco em máquina virtual
Eu uso o Windows 7 sempre atualizado. Tenho o Linux instalado numa máquina virtual (Virtual Box) somente para fazer transações bancárias. É uma boa medida de segurança usar a máquina virtual para isso?
Jucielo
Alguns vírus não têm capacidade de realizar o monitoramento do sistema dentro da máquina virtual, seja ele Linux ou Windows. Esses vírus não poderão roubar as informações bancárias como poderiam fazer no sistema “host”.
Outras pragas que alteram alguns componentes e configurações da rede no Windows também terão seus ataques anulados pelo uso da máquina virtual, desde que a máquina virtual esteja configurada para usar um servidor DNS próprio.
No entanto, dependendo da frequência com que você realiza transações bancárias, pode ser mais interessante iniciar o computador diretamente com o Linux (por meio de um LiveCD) e realizar a operação por lá. Essa é uma medida que irá garantir o isolamento do sistema operacional. Porém, a medida que você toma tem, sim, alguns benefícios. Se ela não lhe traz inconveniências, continue a usá-la. Se preferir, use o LiveCD.
A coluna Segurança Digital de hoje vai ficando por aqui. Toda quarta-feira tem mais respostas para dúvidas deixadas por leitores. Se você tem uma pergunta sobre segurança do seu computador, do seu celular, crime virtual, privacidade, redes sociais ou compras na rede, deixe-a na área de comentários. Até a próxima!
*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.
Qualquer internauta pode ter o seu computador invadido? Como posso identificar de forma segura se o meu computador foi invadido? Existe algum meio do próprio internauta perceber rapidamente que seu computador foi invadido? Quais os meios mais seguros de se evitar uma invasão?
Gilberto
“Invasão” é um termo um pouco complicado. Normalmente, essa palavra está associada com aquela ideia de um indivíduo mal intencionado que consegue se infiltrar secretamente, pela internet, no computador de alguém ou de alguma empresa.
Na realidade, isso acontece, mas de uma forma um pouco diferente. Em muitos casos, a invasão é resultado de um vírus que infectou o computador da vítima. O vírus informa o invasor sobre a máquina infectada e dá a possibilidade de controle remoto do PC.
Os vírus, é claro, normalmente dependem de alguma ação do próprio internauta para infectarem o PC (como no caso de um arquivo baixado de um link em um e-mail) ou então de uma falha de segurança para a qual já existe uma solução, normalmente na forma de uma atualização para o software vulnerável.
Outro detalhe é que essas invasões ocorrem de forma cotidiana e os envolvidos não buscam infectar uma pessoa específica. As pragas atacam qualquer pessoa que estiver vulnerável e acessar um site malicioso ou abrir um link em um e-mail.
Nesse sentido, sim, qualquer internauta pode ter o computador invadido. Identificar a invasão é mais complicado: antivírus são a principal ferramenta para isso. Embora alguns “sinais” podem ajudar (como, por exemplo, um sinal de atividade de rede muito alta no modem quando não há nenhum uso da internet), eles também podem enganar (porque pode ser um software realizando uma atualização automática). Então é bastante complicado para alguém que não é um especialista obter a certeza de que uma máquina está comprometida.
As dicas são as mesmas de sempre e que já foram muitas vezes mencionadas aqui na coluna: manter atualizados os softwares, especialmente o sistema operacional, o navegador de internet e os plugins (como Flash, leitor de PDF, Java, etc) e não executar nenhum tipo de programa que veio de uma fonte não confiável (incluindo qualquer mensagem de e-mail, Facebook, MSN, etc).
Softwares só devem ser baixados manualmente no site do desenvolvedor. Avisos de site alertando para a necessidade de instalação de um plugin devem ser ignorados. Se realmente falta um plugin, ele deve ser instalado manualmente, não a partir do site – porque o site pode direcionar você para um download falso.
>>> Acesso ao banco em máquina virtual
Eu uso o Windows 7 sempre atualizado. Tenho o Linux instalado numa máquina virtual (Virtual Box) somente para fazer transações bancárias. É uma boa medida de segurança usar a máquina virtual para isso?
Jucielo
Alguns vírus não têm capacidade de realizar o monitoramento do sistema dentro da máquina virtual, seja ele Linux ou Windows. Esses vírus não poderão roubar as informações bancárias como poderiam fazer no sistema “host”.
Outras pragas que alteram alguns componentes e configurações da rede no Windows também terão seus ataques anulados pelo uso da máquina virtual, desde que a máquina virtual esteja configurada para usar um servidor DNS próprio.
No entanto, dependendo da frequência com que você realiza transações bancárias, pode ser mais interessante iniciar o computador diretamente com o Linux (por meio de um LiveCD) e realizar a operação por lá. Essa é uma medida que irá garantir o isolamento do sistema operacional. Porém, a medida que você toma tem, sim, alguns benefícios. Se ela não lhe traz inconveniências, continue a usá-la. Se preferir, use o LiveCD.
A coluna Segurança Digital de hoje vai ficando por aqui. Toda quarta-feira tem mais respostas para dúvidas deixadas por leitores. Se você tem uma pergunta sobre segurança do seu computador, do seu celular, crime virtual, privacidade, redes sociais ou compras na rede, deixe-a na área de comentários. Até a próxima!
*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.
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