DATA DA PUBLICAÇÃO 27/10/2011 | Informática
Pacotão de segurança: hora do computador e filtros de internet
>>> Hora do computador
Gostaria de saber se existe algum software malicioso que mude a hora do computador. Aqui em casa uso Windows 7 Starter original e toda vez que ligo o computador a hora está errada. Já passei o antivírus, mas não encontro nada. O computador é novo, não tem nem dois meses de uso, então não tem como ser a bateria. Desde já agradeço.
Jhonatan Soares
A primeira coisa a ser verificada é se a configuração de fuso horário do computador está certa. Se não está, o computador pode estar sincronizando o relógio, depois de consertado, e recolocando a configuração (hora) errada.
Nas configurações de hora, verifique se o fuso horário está correto (na maior parte do país, é “UTC-3 Brasília”, embora UTC-2 e UTC-4 também sejam usados). Se não estiver no valor certo, altere-o e ajuste para a configuração adequada. Não é preciso compensar o horário de verão nessa configuração, pois o Windows faz isso automaticamente.
A segunda observação é que a bateria da placa-mãe pode estar com defeito, mesmo que o computador seja novo. Nesse caso, a hora também apresentará problemas.
Embora possam existir vírus que realizem alterações na hora do computador por qualquer motivo, é muito improvável que esse seja o caso – a maioria das pragas digitais já não quer ser notada pelo usuário, então qualquer mudança visível no sistema é evitada.
>>> Filtros de internet em empresas
Gostaria de uma explicação sobre como funciona aqueles filtros que existem em faculdades e empresas que bloqueiam acesso a alguns sites.
Leandro Ribeiro
Existem diversas maneiras. Uma delas é usando um “firewall de borda”. Nesse cenário, todas as conexões passam por um computador que realiza uma filtragem, deixando passar apenas o que é permitido.
Esse procedimento é geralmente complexo e pode não ser muito eficiente, ou seja, um grande número de computadores acessando a internet ao mesmo tempo pode sobrecarregá-lo. Porém, se o número de sites a ser permitido ou bloqueado for pequeno, pode ser viável.
Uma forma que dá mais opções de configuração é o proxy. Nesse caso, os computadores da rede (da empresa, da escola, da faculdade) precisam ter uma configuração especial para que todas as conexões sejam redirecionadas, pelo próprio computador, a outro sistema – o proxy. O proxy então faz uma “ponte” entre o computador e a internet e fica como guarda de trânsito, obtendo várias informações sobre o que está passando por ali para decidir se algo é ou não permitido.
Como o proxy está vendo tudo que está sendo transmitido e ele é feito especificamente para essa tarefa, ele é capaz não apenas de bloquear e filtrar o tráfego, mas também de melhorar o desempenho da conexão. Ele faz isso armazenando alguns arquivos dos sites acessados e distribuindo esses arquivos diretamente de si mesmo para outros usuários que entrarem no mesmo site, aumentando a velocidade do carregamento da página, já que o arquivo não precisará ser novamente baixado da internet.
Um cuidado que se precisa ter nesse caso é o de se retirar a capacidade dos computadores de acessar a internet sem o proxy. Caso isso não seja feito, um usuário pode executar um navegador web sem o proxy configurado e obter o acesso irrestrito à internet.
Exemplos de produtos que fazem esse tipo de tarefa são o Squid (gratuito e código aberto) e o Threat Management Gateway da Microsoft, antigamente chamado de Internet Security and Acceleration (ISA).
Claro que também é possível instalar softwares que realizam o bloqueio nos próprios computadores. Tudo depende do que melhor atender as necessidades da empresa, faculdade ou rede que for.
Chegamos ao final do pacotão da coluna Segurança Digital, mas toda quarta-feira a coluna está de volta só para responder dúvidas dos leitores. Não deixe de escrever suas dúvidas na área de comentários, logo abaixo. Até a próxima!
*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.
Gostaria de saber se existe algum software malicioso que mude a hora do computador. Aqui em casa uso Windows 7 Starter original e toda vez que ligo o computador a hora está errada. Já passei o antivírus, mas não encontro nada. O computador é novo, não tem nem dois meses de uso, então não tem como ser a bateria. Desde já agradeço.
Jhonatan Soares
A primeira coisa a ser verificada é se a configuração de fuso horário do computador está certa. Se não está, o computador pode estar sincronizando o relógio, depois de consertado, e recolocando a configuração (hora) errada.
Nas configurações de hora, verifique se o fuso horário está correto (na maior parte do país, é “UTC-3 Brasília”, embora UTC-2 e UTC-4 também sejam usados). Se não estiver no valor certo, altere-o e ajuste para a configuração adequada. Não é preciso compensar o horário de verão nessa configuração, pois o Windows faz isso automaticamente.
A segunda observação é que a bateria da placa-mãe pode estar com defeito, mesmo que o computador seja novo. Nesse caso, a hora também apresentará problemas.
Embora possam existir vírus que realizem alterações na hora do computador por qualquer motivo, é muito improvável que esse seja o caso – a maioria das pragas digitais já não quer ser notada pelo usuário, então qualquer mudança visível no sistema é evitada.
>>> Filtros de internet em empresas
Gostaria de uma explicação sobre como funciona aqueles filtros que existem em faculdades e empresas que bloqueiam acesso a alguns sites.
Leandro Ribeiro
Existem diversas maneiras. Uma delas é usando um “firewall de borda”. Nesse cenário, todas as conexões passam por um computador que realiza uma filtragem, deixando passar apenas o que é permitido.
Esse procedimento é geralmente complexo e pode não ser muito eficiente, ou seja, um grande número de computadores acessando a internet ao mesmo tempo pode sobrecarregá-lo. Porém, se o número de sites a ser permitido ou bloqueado for pequeno, pode ser viável.
Uma forma que dá mais opções de configuração é o proxy. Nesse caso, os computadores da rede (da empresa, da escola, da faculdade) precisam ter uma configuração especial para que todas as conexões sejam redirecionadas, pelo próprio computador, a outro sistema – o proxy. O proxy então faz uma “ponte” entre o computador e a internet e fica como guarda de trânsito, obtendo várias informações sobre o que está passando por ali para decidir se algo é ou não permitido.
Como o proxy está vendo tudo que está sendo transmitido e ele é feito especificamente para essa tarefa, ele é capaz não apenas de bloquear e filtrar o tráfego, mas também de melhorar o desempenho da conexão. Ele faz isso armazenando alguns arquivos dos sites acessados e distribuindo esses arquivos diretamente de si mesmo para outros usuários que entrarem no mesmo site, aumentando a velocidade do carregamento da página, já que o arquivo não precisará ser novamente baixado da internet.
Um cuidado que se precisa ter nesse caso é o de se retirar a capacidade dos computadores de acessar a internet sem o proxy. Caso isso não seja feito, um usuário pode executar um navegador web sem o proxy configurado e obter o acesso irrestrito à internet.
Exemplos de produtos que fazem esse tipo de tarefa são o Squid (gratuito e código aberto) e o Threat Management Gateway da Microsoft, antigamente chamado de Internet Security and Acceleration (ISA).
Claro que também é possível instalar softwares que realizam o bloqueio nos próprios computadores. Tudo depende do que melhor atender as necessidades da empresa, faculdade ou rede que for.
Chegamos ao final do pacotão da coluna Segurança Digital, mas toda quarta-feira a coluna está de volta só para responder dúvidas dos leitores. Não deixe de escrever suas dúvidas na área de comentários, logo abaixo. Até a próxima!
*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.
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