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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/12/2009 | Informática
Pacotão de segurança: ataques contra hardware e antivírus para MSN
Chegamos ao primeiro pacotão de segurança de dezembro, que traz respostas para mais dúvidas deixadas pelos leitores da coluna Segurança para o PC. São elas: pode um vírus causar explosão de um monitor ou outro componente do PC? Como funciona a identificação de origem no caso de IPs dinâmicos? Existe um antivírus específico para MSN? Como criar um ponto de recuperação do sistema? Veja abaixo.

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

>>> Dano a hardware
É possível, ainda que teoricamente, um vírus (ou qualquer tipo de ataque) causar a explosão do monitor ou de outro componente do PC? Não seria possível, através da alteração remota da distribuição de energia causar uma coisa dessas?
Marcelo

O hardware precisa ter mecanismos de segurança para protegê-lo contra possíveis erros de software. No caso, uma placa-mãe não deve permitir, por exemplo, que a distribuição de energia seja alterada. Não é algo que precisa ser ajustado e, portanto, não faz sentido permitir tal configuração. Mesmo quando for necessário permitir tal alteração, ela deve sempre permanecer em níveis seguros ou o computador precisa ter mecanismos que impeçam danos.

Por exemplo, muitos computadores se desligam quando o processador fica muito quente, porque isso pode danificá-lo. Um vírus poderia, em tese, ficar consumindo o processador o tempo todo com o intuito de aquecê-lo. Com a proteção de desligamento, não há maneira de estragar o processador em si, já que o computador irá se desligar antes que isso aconteça.

No entanto, o hardware pode, sim, conter falhas que permitem a um software realizar operações que venham a causar estragos de verdade. Porém, o funcionamento do hardware varia bastante de um componente para o outro, e um vírus provavelmente ficaria limitada a uma linha de componentes ou talvez um fabricante, no máximo.

Um ataque teria de ser muito engenhoso e persistente para conseguir danificar qualquer equipamento.

De qualquer forma, um vírus com essa funcionalidade teria dificuldades para se espalhar – um computador quebrado não passa infecção adiante – e também seria muito fácil de ser notado. Os criminosos atualmente não têm interesse nesse tipo de ataque, porque precisam ganhar dinheiro. Exceto no caso de um possível golpe de extorsão, não seria possível ganhar dinheiro dessa forma e há outras maneiras muito mais simples.

>>> Investigação de crimes
Como é possível punir alguém por um crime cometido via internet se a maioria das conexões brasileiras usam IP dinâmico?
Leonardo Antonioli

Os investigadores geralmente não seguem o IP e sim o endereço MAC e mesmo assim se alguém conseguir mascarar o MAC tem como ser descoberto.
Thiago

O leitor Thiago respondeu ao Leonardo com uma afirmação interessante. Antes de responder à dúvida do Leonardo, é preciso definir conceitos.

O endereço IP é um endereço lógico (de software) dado a uma conexão. O endereço de Media Access Control (MAC) é um endereço físico dado a qualquer dispositivo de rede.

O endereço IP pode ser dinâmico, ou seja, um novo endereço pode ser dado a cada nova conexão. O endereço MAC, no entanto, raramente muda, ou não precisa mudar. Ele também precisa ser único em toda a internet, como o endereço IP precisa ser.

Isso porque o MAC é usado apenas na rede imediata, ou seja, da conexão do seu computador com o modem (e do modem com o roteador do provedor e assim por diante). O endereço MAC não chega até a outra ponta de uma conexão na internet. O endereço IP, por sua vez, chega.

Portanto, não há utilidade do endereço MAC em investigações na internet.

Sobre os IPs dinâmicos, os provedores registram qual IP foi usado por um determinado usuário num dia e hora. Assim, tendo o endereço IP e o horário, é possível saber qual usuário estava com ele alocado naquele momento. No entanto, essa informação só pode ser obtida com ordem judicial e não há no Brasil, ainda, uma lei que obrigue os provedores a armazenar essa informação, embora alguns já o façam, pois se trata de uma boa prática de rede.

>>> Antivírus para MSN
Existe algum antivírus específico para MSN?
Mirelle

Qualquer antivírus examina automaticamente os arquivos recebidos via MSN, pois a proteção em tempo real dos programas cumpre a tarefa de verificar todos os arquivos criados ou lidos antes de serem abertos.

Porém, há também ferramentas específicas para remover vírus que se espalham por MSN. O BankerFix faz isso e o MSN Cleaner também. Essas ferramentas removem vírus que usam o MSN para se espalhar. Use-as se, por exemplo, seu MSN está enviando mensagens infectadas automaticamente.

>>> Restauração do sistema
Qual o caminho para eu criar uma ponte de restauração (como segurança)?
Eclair

Para criar um ponto de restauração para o qual você pode voltar no caso de problemas, clique com o botão direito em “Meu computador” e então em “Propriedades”. Na aba “Restauração do sistema”, certifique-se que “Desativar restauração do sistema” não está marcado.

Então, vá para Iniciar > (Todos os) Programas > Acessórios > Ferramentas de Sistema > Restauração do sistema. Marque a segunda opção para criar um ponto de restauração e então avance. Depois, você pode usar essa mesma tela, porém a primeira opção, para restaurar um ponto.

Outra alternativa, caso o sistema nem inicie depois de algum problema, é pressionar F8 durante a inicialização e selecionar a opção “Última configuração válida”.

* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança para o PC”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.

Por Altieres Rohr* - Especial para o G1
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