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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/04/2010 | Informática
Pacotão de segurança: arquivo oculto e segurança em pesquisas na web
Chegamos ao primeiro “Pacotão de segurança” publicado no novo visual do G1. Hoje, as respostas da coluna explicam o que pode fazer com que um arquivo oculto “suma” e como recuperá-lo, além de como fazer pesquisas mais seguras na web. Confira!

Arquivo oculto
Marquei uma pasta como “arquivo oculto”, e agora quando mando o PC “mostrar arquivos ocultos” na aba “modo de exibição”, o sistema não mostra. Sempre usei essa ferramenta, entretanto, o problema apareceu há pouco tempo e não consigo mais acessar esses arquivos. Como faço para recuperá-los?
De Lacqua

O seu problema pode ter mais de uma origem. Pode ser o caso que o arquivo tenha sido apagado por qualquer motivo – talvez por acidente. Ou pode ser ainda o caso de infecção por vírus. Muitas pragas digitais impedem que você troque as configurações de arquivos ocultos e/ou que você os acesse. O intuito é proteger os arquivos do próprio vírus, que também fazem uso desse recurso para se esconder no sistema.

O jeito mais fácil de tirar a dúvida é usando um LiveCD do Linux. Basta baixar um LiveCD, como o do Ubuntu, gravar e iniciar o PC com ele. O Linux terá acesso a todos os seus arquivos (a não ser que você faça uso de criptografia). O Linux não processa as configurações de arquivo oculto do Windows, então seus arquivos irão aparecer se ainda estiverem lá.

Nenhuma alteração permanente precisa ser feita para executar o Linux a partir de um LiveCD. É a melhor saída para casos em que não se sabe se o sistema instalado pode ser confiado.

Vale aproveitar a oportunidade para dizer: arquivos ocultos no Linux são aqueles que iniciam com um ponto. “.nomedoarquivo” gera um arquivo oculto. Um arquivo no Windows com um nome assim não será exibido por padrão no Linux. Será preciso configurar o software para exibir arquivos ocultos.

Normalmente, os únicos programas que criam arquivos assim no Windows são justamente os softwares para Linux que foram adaptados para funcionar sistema da Microsoft. De modo geral, portanto, todos os arquivos, visíveis e não visíveis para o Windows, poderão ser vistos por um LiveCD do Linux.

Em tempo, cavalos de troia, rootkits e outras pragas digitais podem ser facilmente removidas por esse meio. Como o computador estará rodando o Linux a partir do CD, nenhum arquivo do Windows estará em uso e qualquer arquivo poderá ser apagado. Se você for apagar algum arquivo pelo Linux, faça uma cópia antes para poder restaurar caso o sistema pare de iniciar.

Segurança dos resultados em busca
Já existe algum meio de saber, a partir de buscas feitas pelo Google, quais resultados são maliciosos antes de acessá-los?
Carlos

A coluna Segurança para o PC falou de resultados maliciosos em sites de busca, mas o leitor Carlos apontou uma questão interessante que a coluna deixou de abordar: como saber se os resultados são seguros ou não antes de acessá-los.

Mas a coluna não deu uma resposta para isso por um bom motivo: essa é uma tarefa muito complicada. A parte mais interessada em resolver esse problema, e a que tem mais informações para isso, é o próprio Google. A gigante das buscas tem conseguido vencer essa guerra no fim, eliminando dos resultados as páginas maliciosas. Uma batalha, porém, é sempre vencida pelos criminosos: o tempo.

Sites maliciosos aparecem muito rapidamente. As ferramentas de segurança simplesmente não conseguem catalogar os sites falsos no mesmo ritmo. Muitas suítes de segurança incluem alguma funcionalidade para verificar e analisar os resultados, como o AVG LinkScanner, o Norton SafeWeb e o McAfee SiteAdvisor, que é o mais antigo nesse mercado. Versões recentes de navegadores web, como o Firefox 3 e o Internet Explorer 8, também incluem filtros.

Mesmo assim, o problema é tempo, ou melhor, a janela de vulnerabilidade, que é o período do site malicioso ser colocado no ar até ele ser marcado como inseguro. Mesmo que o site malicioso que você acessou venha a ser catalogado, ele pode não ter sido catalogado no momento em que você acessou. E aí, para todos os efeitos que interessam à vítima, a segurança falhou. Restam outros mecanismos de segurança, como as atualizações de software e o antivírus (e o próprio usuário, que não deve aceitar todo download que aparece) para barrar o ataque feito pela página web.

Ainda sobre buscas infectadas: assuntos que levam às páginas maliciosas
Você podia usar uma linguagem menos técnica para nós leigos, que usamos principalmente o Google. Explique como podemos identificar estes “maliciosos” e se nós que procuramos assuntos específicos de Direito, Administração, ou pesquisa científica corremos os mesmos riscos.
Leila

A coluna busca usar a linguagem mais acessível possível, Leila. Em muitos casos, se um termo não está devidamente explicado em uma coluna, é porque ele já foi explicado em uma coluna anterior. Mas, é claro, a seção de comentários está aberta para permitir que leitores peçam esclarecimentos, como você fez. Então fique à vontade para perguntar e dizer se algo não ficou claro. Tecnologia ainda é um assunto complicado e “estranho”. Mas esta coluna e os leitores estão aqui para trabalhar juntos na tarefa de tornar o assunto claro – é por isso que todas as colunas Segurança para o PC, sem exceção, têm comentários abertos.

O problema de buscas maliciosas ainda é bem maior nas pesquisas feitas em língua inglesa e sobre assuntos que estão “quentes” na web. Conteúdo acadêmico, científico, não tem sido explorado, ou pelo menos não com a mesma intensidade.

Dá trabalho fazer com que os sites maliciosos apareçam nos primeiros resultados de uma busca. Como foi explicado na resposta anterior, o Google tem se esforçado para retirar do ar as páginas. Por isso, os criminosos precisam se focar em algo que dê retorno rápido – que são os assuntos mais pesquisados.

O Google Zeitgeist é a página de estatísticas do Google. Nela é possível obter uma série de informações, tais como os tópicos mais pesquisados do dia e também as estatísticas totais de anos anteriores. Esses dados são úteis para os criminosos mirarem suas campanhas nos assuntos certos. E também permite que você descubra se pesquisa com frequência os termos mais populares – e nos quais o risco é maior.

A coluna ressalta que é importante, acima de tudo, manter o navegador web e os plugins atualizados. É isso que irá proteger o computador contra os ataques.

* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança para o PC”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.

Por Altieres Rohr - Especial para o G1*
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