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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/03/2009 | Cidade
Paciente tem de peregrinar por consulta em Mauá
No primeiro dia sem os serviços dos médicos terceirizados, esperar por atendimento hospitalar em Mauá, sábado, era desaconselhado por atendentes de duas das três unidades de Saúde que funcionam em esquema de plantão aos finais de semana.

No Hospital Doutor Radamés Nardini, ninguém se arriscava em estimar o tempo que os pacientes levariam da sala de espera ao consultório.

"Sinceramente, aconselho você a procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila São João ou do Zaíra. Aqui vai demorar muito, algumas horas", disse o recepcionista à reportagem do Diário que enfrentou a fila junto aos demais pacientes em busca de consulta.

Na prática, o alerta do atendente era experimentado pelos pacientes em três a quatro horas de espera.

"Estou aqui há mais de duas horas e nada. Estou com mal estar, pressão baixa e tentando passar pelo clínico-geral", contou a atendente de telemarketing, Andrea Siqueira, 23 anos.

Seguindo os conselhos do funcionário do Nardini, o Diário seguiu para a UBS do Jardim Zaíra. Com a sala de pré-atendimento lotada, o atendente não hesitou em indicar a UBS da Vila São João como alternativa.

"Tem médico, mas parece que muita gente resolveu procurar o posto na mesma hora", relatou a costureira Sônia Neide da Cunha, 33, que havia conseguido atendimento depois de esperar por cerca de duas horas.

Na unidade do Zaíra, dez pessoas aguardavam ser chamadas pelo médico na sala de espera interna da UBS e outras 35 esperavam ainda o atendimento inicial.

O jogo de empurra terminou na unidade de Saúde da Vila São João, única a oferecer atendimento quase que imediato aos pacientes.

Apesar da longa espera por socorro, o movimento de pessoas tanto no Hospital Nardini quanto nas UBSs não era anormal e podia ser considerado mais baixo do que o habitual.

O secretário de Saúde de Mauá, Paulo Eugenio Pereira (PT), não foi localizado até o fechamento desta edição para esclarecer se os médicos das unidades já estão afastados.

Rompimento de contrato gera redução de médicos
O déficit de profissionais médicos em Mauá foi provocado pelo fim do contrato com o Instituto Sorrindo para a Vida, entidade responsável por todos os serviços terceirizados prestados à Secretaria de Saúde de Mauá, que foi rompido sexta-feira.

Entre profissionais da Saúde e funcionários dos setores administrativos, 179 pessoas deixaram seus postos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e no Hospital Doutor Radamés Nardini que sozinho perderá 80 funcionários dos setores burocráticos e 20% de seus médicos, conforme a Prefeitura, que não revelou a quantidade de profissionais que deixam de atender.

O atendimento continuará sendo tocado pelos funcionários concursados e a Prefeitura promete a contratação de 50 médicos por processo seletivo emergencial.

A partir de abril, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) deverá entrar na cidade para gerir o Programa Saúde da Família. Mas o contrato, que ainda depende de aprovação do Executivo, não prevê solução para a falta de médicos.

Por Isis Mastromano Correia - Diário do Grande ABC / Foto: tribunaon-line.blogspot.com
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