DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2010 | Cidade
Paciente fica quatro horas na fila para ser atendido no Hospital Nardini
Pacientes que procuraram o pronto-socorro do Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá, ontem, tiveram de esperar cerca de quatro horas para serem atendidos. Funcionários da unidade de saúde relataram que o número de médicos estava dentro do normal, mas que a procura pelo serviço, principalmente no período da manhã, havia sido muito grande.
A desempregada Adriana Oliveira Santos, 23 anos, chegou ao pronto-socorro por volta das 10h. Acordou com queimação no estômago e ânsia de vômito, por isso resolveu procurar um médico. A demora foi tanta que sobrou tempo suficiente para a desempregada ir ao Centro da cidade almoçar. Adriana foi atendida pelo clínico geral por volta das 14h15.
"Demoraram muito para me chamar. Na hora que cheguei aqui, tinha até fila para fazer ficha. Depois, quando o médico chamou, foi rápido. Deu o remédio, e vim embora", conta Adriana, que ainda estava se sentindo mal quando deixou o hospital, a pé, pouco depois das 14h40.
Mesmo tendo direito ao atendimento preferencial, por estar grávida de 7 meses, Luciene Maria dos Santos Carvalho, 25, teve que esperar cerca de quatro horas para fazer um exame. "É normal demorar um pouco, mas hoje parece que está mais cheio que o de costume."
A mesma sensação teve a vendedora Daniele Andrade, 22, que chegou ao pronto-socorro por volta das 10h com dor de cabeça e de garganta. Ela saiu de lá às 14h10. "Só venho aqui quando estou muito ruim porque sei que demora", destaca. A manicure Dolores Custódio, 32, não teve paciência para esperar. "Ficar aqui só vai piorar minha dor de cabeça", afirma.
Por telefone, uma atendente disse que havia dois clínicos gerais e um ortopedista atendendo no pronto-socorro ontem. Outra funcionária contou que o número de pacientes costuma aumentar nas segunda-feiras, ainda mais após feriados prolongados. A Prefeitura de Mauá não respondeu.
Administração da unidade passou à Prefeitura em 1990
O Hospital Doutor Radamés Nardini atende moradores de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra desde 1985. Mantida pela Prefeitura desde 1990, a unidade de Saúde motivou um processo do Ministério Público em 2007. A ação civil pedia um plano de ações da administração municipal para melhorar o atendimento à população. O projeto foi entregue em maio de 2009.
No início do ano passado, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), levantou a possibilidade de passar a administração do hospital para o governo do Estado. A estimativa é que a unidade de saúde tenha consumido cerca de R$ 50 milhões em 2009 - pouco menos da metade do orçamento destinado à Secretaria Municipal de Saúde.
A UFABC (Universidade Federal do ABC) manifestou interesse de firmar acordo para que a universidade compartilhe a gestão do hospital com a Prefeitura.
(da Redação)
A desempregada Adriana Oliveira Santos, 23 anos, chegou ao pronto-socorro por volta das 10h. Acordou com queimação no estômago e ânsia de vômito, por isso resolveu procurar um médico. A demora foi tanta que sobrou tempo suficiente para a desempregada ir ao Centro da cidade almoçar. Adriana foi atendida pelo clínico geral por volta das 14h15.
"Demoraram muito para me chamar. Na hora que cheguei aqui, tinha até fila para fazer ficha. Depois, quando o médico chamou, foi rápido. Deu o remédio, e vim embora", conta Adriana, que ainda estava se sentindo mal quando deixou o hospital, a pé, pouco depois das 14h40.
Mesmo tendo direito ao atendimento preferencial, por estar grávida de 7 meses, Luciene Maria dos Santos Carvalho, 25, teve que esperar cerca de quatro horas para fazer um exame. "É normal demorar um pouco, mas hoje parece que está mais cheio que o de costume."
A mesma sensação teve a vendedora Daniele Andrade, 22, que chegou ao pronto-socorro por volta das 10h com dor de cabeça e de garganta. Ela saiu de lá às 14h10. "Só venho aqui quando estou muito ruim porque sei que demora", destaca. A manicure Dolores Custódio, 32, não teve paciência para esperar. "Ficar aqui só vai piorar minha dor de cabeça", afirma.
Por telefone, uma atendente disse que havia dois clínicos gerais e um ortopedista atendendo no pronto-socorro ontem. Outra funcionária contou que o número de pacientes costuma aumentar nas segunda-feiras, ainda mais após feriados prolongados. A Prefeitura de Mauá não respondeu.
Administração da unidade passou à Prefeitura em 1990
O Hospital Doutor Radamés Nardini atende moradores de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra desde 1985. Mantida pela Prefeitura desde 1990, a unidade de Saúde motivou um processo do Ministério Público em 2007. A ação civil pedia um plano de ações da administração municipal para melhorar o atendimento à população. O projeto foi entregue em maio de 2009.
No início do ano passado, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), levantou a possibilidade de passar a administração do hospital para o governo do Estado. A estimativa é que a unidade de saúde tenha consumido cerca de R$ 50 milhões em 2009 - pouco menos da metade do orçamento destinado à Secretaria Municipal de Saúde.
A UFABC (Universidade Federal do ABC) manifestou interesse de firmar acordo para que a universidade compartilhe a gestão do hospital com a Prefeitura.
(da Redação)
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