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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/03/2014 | Geral
Outono começa em meio à maior crise de abastecimento de água de SP
Outono começa em meio à maior crise de abastecimento de água de SP Sistema Rio Grande, que abastece São Bernardo, ainda conta com 93% da capacidade. Foto: Amanda Perobelli
Sistema Rio Grande, que abastece São Bernardo, ainda conta com 93% da capacidade. Foto: Amanda Perobelli
Estação de poucas chuvas começa com novo recorde negativo do Sistema Cantareira; Alckmin quer água do rio Paraíba do Sul

O outono começa oficialmente às 13h57 desta quinta-feira (20/03), em meio à maior crise de abastecimento de água já registrada no Estado de São Paulo. A estação de poucas chuvas começa com novo recorde negativo do Sistema Cantareira, que nesta quarta-feira (19) registrou apenas 14,7% da capacidade de armazenamento, o menor índice desde que o sistema foi criado há 40 anos. Na mesma época do ano passado, o nível era de 60%.

“Temos, hoje, a pior gestão de recursos hídricos que seria possível, porque agentes políticos não servem para uma posição tão técnica. O governador (Geraldo Alckmin - PSDB) tem ido à imprensa diversas vezes para dizer que não vai haver racionamento, mas, ora, por que ele não quer o racionamento? Porque é ano de eleição. Quem é o governador para dizer se tem ou não tem que ter racionamento?”, indagou o 1º promotor do Meio Ambiente de São Paulo, José Eduardo Ismael Lutti, durante palestra na terça-feira (18/03) na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

“Agora estão sendo feitas obras, estão instalando bombas para puxar água das reservas do sistema, que é o suficiente para mais ou menos quatro meses de abastecimento. Lembrando que depois de março e até novembro deste ano, não teremos mais chuvas. Como ficaremos na estiagem de inverno? E esse já é o plano B do governo. O plano C não existe, é rezar para São Pedro”, alfinetou o promotor.

Lutti acompanha as ações do grupo de trabalho formado por Sabesp, Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), ANA (Agência Nacional de Águas) e Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) para lidar com a seca do Sistema Cantareira, responsável pela água consumida por 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana.

REGIÃO

No ABCD, o Cantareira abastece totalmente São Caetano e parte de Santo André. Em Diadema, o rodízio de água comprada da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) já é realidade, apesar de o município ser abastecido por outro sistema, o Rio Grande (Billings), que nesta quarta-feira estava com 93% da capacidade.

As obras para captação do chamado volume morto do Cantareira (água que fica abaixo do nível atual de captação) tiveram início na segunda-feira (17) e estão orçadas em R$ 80 milhões. De acordo com a Sabesp, o volume morto poderia ser utilizado a partir de julho. A captação poderia ser feita por um período de apenas quatro meses.

Alckmin quer água que abastece o Interior e o Rio

Nesta terça-feira (18/03), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff e com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pedindo que o governo federal estude a possibilidade de captar água do rio Paraíba do Sul, que é federal, para abastecer o Sistema Cantareira. A demanda será analisada pela ANA (Agência Nacional de Águas).

Rios de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro fazem parte da bacia do Paraíba do Sul, que é a principal fonte de captação de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro e de algumas cidades paulistas da região. A medida demandaria uma obra que pode demorar de 12 a 14 meses para ser feita, ou seja, estaria pronta só no próximo ano. Em relação ao impacto que a iniciativa teria para os municípios já abastecidos pelo Paraíba do Sul, o governo do Estado não se manifestou.

Há quatro anos, relatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, elaborado pela Fundação de Apoio à USP, alertou o governo do Estado, na época comandado por José Serra (PSDB), sobre a fragilidade do Sistema Cantareira.

O relatório instruiu o governo do Estado a tomar medidas para evitar o colapso do abastecimento de água na Grande São Paulo. Quatro anos depois, a situação crítica anunciada se confirma.

Por ABCD Maior - Redação
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