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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/01/2011 | Cidade
Oswaldo Dias relata ações voltadas a desabrigados
Após as fortes chuvas que atingiram todo o ABCD e que deixaram vítimas fatais em Mauá, o prefeito Oswaldo Dias fala sobre os projetos habitacionais que deverão contemplar os desabrigados, e como a Administração está remediando os estragos atualmente. Nesta terça-feira a dona de casa Antonia Avelaneda Grande se afogou no momento em que tentava salvar os netos, dentro da própria casa, e já é a sexta morte na cidade em consequência das chuvas.

ABCD MAIOR - Além das ações emergenciais para atender as famílias vítimas de deslizamento de terra e alagamentos, qual o planejamento da Prefeitura para essas pessoas?
OSWALDO DIAS -
Além do que já estávamos dando andamento antes dos deslizamentos, que são os projetos habitacionais com verba do PAC 1, assinei na última semana um projeto que prevê a construção de 840 moradias para famílias de baixa renda. Esse projeto só foi possível porque fizemos uma parceria ampla, que envolveu a Caixa Econômica Federal, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), uma associação de moradores e a própria Prefeitura. Metade dessas unidades deverá ir para o cadastro dessa associação, que atende os critérios de baixa renda, e parte vai para as famílias que estão ou estavam em áreas de risco. Como no Jardim Zaíra existe uma série de complicações para que se faça habitação, tanto do ponto de vista estrutural quanto jurídico, as famílias desabrigadas de lá deverão ser contempladas nesse projeto, e terão de deixar o bairro.

ABCD MAIOR - É possível urbanizar o Jardim Zaíra e todos os subnúcleos que existem lá?
DIAS -
É o que queremos. É muito difícil tirar uma pessoa de um bairro, onde ela já tem uma rotina estabelecida, vizinhos, amigos. Assinamos um convênio com o governo federal para que seja feito um estudo no bairro nesse sentido. Serão R$ 2,4 milhões que virão para que possamos encontrar a melhor maneira de urbanizar aquela área e atender a todos os moradores. Paralelo a esse estudo teremos mais R$ 300 mil, também da União, para financiar o estudo de áreas de risco. Com esses relatórios vamos poder criar projetos capazes de solucionar o problema, ao invés de sempre ter de criar medidas paliativas na época das chuvas.

ABCD MAIOR - De imediato, o que está sendo feito para auxiliar os desabrigados?
DIAS -
Nós estamos com a Defesa Civil e com o Corpo de Bombeiros nas ruas o tempo todo. Colocamos funcionários de outras áreas trabalhando na Defesa Civil para ajudar nas situações de emergência. É verdade que a situação dos alagamentos não estava nos nossos planos no mesmo nível de preocupação que os deslizamentos de terra. Nos anos anteriores ocorriam alagamentos pequenos em algumas áreas específicas, que não representavam risco. Isso que está acontecendo (os alagamentos de grande proporção) é um fenômeno deste ano. A partir desta terça-feira (dia em que houve alagamentos em vários pontos da cidade responsáveis por uma vítima fatal) temos outra preocupação, que é o alagamento. De qualquer forma, os abrigos estão disponíveis para as famílias e estamos dando todo o suporte, como cestas básicas e outros produtos, além do auxílio-aluguel, de R$ 300, para quem já conseguiu uma casa para alugar.

ABCD MAIOR - Após os desastres, naturalmente as atenções se voltam para a cidade. Como vê a maneira como o assunto tem sido tratado pela imprensa?
DIAS -
Eu acho que estamos falando de uma população pobre, muita digna, e que merece o nosso respeito. Eles não estão lá porque querem. Compete ao poder publico a fiscalização, e nós temos trabalhado nessa linha, sendo rigorosos em não deixar construir mais em áreas de risco e em desocupar o que está condenado. Lá (Jardim Zaíra) não é um lugar ótimo para se morar, e nem as famílias estão lá porque gostam totalmente de morar ali, mas sim porque as possibilidades são essas, e nós temos de respeitar. Caminhamos para que essa realidade mude, mas isso não acontece do dia para a noite. Nesses momentos de crise as pessoas brigam, xingam, e eu procuro considerar quando isso acontece e respeito essa dor. Afinal, pessoas perderam seus entes, casas, móveis, é legítimo. São pessoas sofridas e devemos respeitá-las e auxiliá-las.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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