NOTÍCIA ANTERIOR
Unidade Móvel de Atendimento do Conselho Regional de Educação Física estará em Mauá
PRÓXIMA NOTÍCIA
TCE desaprova contrato de R$ 2 mi em Mauá
DATA DA PUBLICAÇÃO 10/12/2011 | Cidade
Oswaldo administra Mauá atento às finanças
Oswaldo administra Mauá atento às finanças  Oswaldo Dias é taxativo e diz que é a dívida pública que administra a cidade. Foto: Luciano Vicioni
Oswaldo Dias é taxativo e diz que é a dívida pública que administra a cidade. Foto: Luciano Vicioni
Prefeito busca parcerias com governo federal para enfrentar o desafio

Na quinta-feira (08/12) Mauá completou seu 57º aniversário de emancipação política. A cidade faz parte de uma das maiores concentrações industriais do planeta e enfrenta problemas sérios para tocar projetos sociais. O maior deles é a dívida pública da cidade, herdada sucessivamente pelos prefeitos nas duas últimas décadas e agravada por algumas gestões. O responsável para resolver esse e outros problemas é o prefeito Oswaldo Dias (PT), que já administrou Mauá em outras duas gestões. Na entrevista abaixo, ele fala como é tocar a cidade na atual situação.

ABCD Maior - A receita e a imensa dívida que Mauá acumula é sempre o ponto comum para discutir novos projetos. Como está atualmente a administração da dívida?
Oswaldo Dias - Nós não administramos a dívida, é ela que nos administra. Temos que nos adequar à falta de dinheiro e partir disso para pensar a cidade. Essa é a nossa realidade. A Justiça entendeu que temos 15 anos para pagar, e há dívida de empréstimo internacional, INSS (Previdência Social), empréstimos, e até verba de emenda parlamentar que veio para reforma do Hospital Nardini e sumiu, não foi empregada para o que veio. Coisa que herdamos da última gestão. Essa conta está retida e pagamos aquilo que é possível. A tendência é que algumas coisas virem precatória.

O repasse de verbas do governo estadual diminui ano a ano para as cidades do ABCD. Como Mauá, que tem uma receita baixa e depende tanto dos investimentos federais e estaduais administra essa relação?

Existem duas realidades. A primeira é sobre os repasses institucionais. O governo federal não exige a certidão negativa (quitação de dívidas públicas) para efetuar os repasses, o que nos permite respirar. Já o governo do Estado nos faz essa exigência, e nesse contexto não temos vez. É uma política de suprimir quem mais precisa. Acredito que existem investimentos importantes do Estado aqui em Mauá, como o próprio trecho Sul do Rodoanel, o projeto do piscinão, os nossos convênios com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para a construção de moradias populares e outros. O relacionamento com o Estado não é ruim. Quando a gestão era do Serra (ex-governador José Serra) não existia relação. Ele sequer me recebia. O governador Geraldo Alckmin tem uma posição mais moderada, não trava discussões importantes. É evidente que todo o investimento feito em Mauá pelo Estado ainda é muito pouco, inclusive porque o nosso intercâmbio com a Capital de serviços e trabalho é enorme.

A Petrobras refina em Mauá e distribui em São Caetano, o que acaba dividindo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entre os municípios. Tem como trazer essa receita totalmente para o município?

Essa é uma questão que estamos estudando. Todas as refinarias têm uma distribuidora anexada à fábrica. Apenas aqui que não é assim. A produção é feita aqui então temos que lutar para que a distribuição seja feita por aqui também. O impacto da indústria fica com Mauá e a nossa receita com isso ainda é muito menor do que deveria. Estamos marcando uma agenda para que esse assunto seja efetivamente debatido daqui para frente.

Como foi encontrar uma Prefeitura completamente diferente daquela que você havia deixado em 2004, o que inclui a dívida que esse mandato herdou?

Durante a campanha nós fizemos prospecção e tínhamos estimativas do quão endividada a cidade estaria para a próxima gestão. Imaginávamos que, além das dívidas históricas do município, haveria cerca de R$ 100 milhões negativos. Assumi e descobri que esse valor era pelo menos o dobro. A última gestão (do ex-prefeito Leonel Damo) saqueou a cidade. Foi um golpe grande e que nos impediu de tocar muitos projetos do nosso plano diretor. Tudo isso afeta uma administração. Mesmo assim, a cidade andou e confiamos que essa situação será revertida.

O ano de 2012 é de eleição. Com tantos projetos patinando por falta de verba, qual é a marca dessa Administração?

A marca é que estamos caminhando. A receita é baixa e a dívida é grande, e mesmo com condições adversas estamos andando e andando pra frente. A população sempre espera que a cada renovação de gestão, o sucessor faça mais e melhor, e quando a cidade está em uma boa fase a própria população ajuda para que as coisas melhorem e passam a tomar conta também da cidade. Essa gestão não permitiu que a cidade parasse e retrocedesse.

Qual será o tom da campanha do PT em Mauá no próximo ano?

Ainda é muito cedo para falarmos em campanha. Tenho uma imensa agenda na Prefeitura ainda este ano e o partido no município já tem uma agenda para deliberar algumas questões da campanha. Ainda não discutimos as estratégias da disputa, isso acontecerá depois que decidirmos as funções dentro do partido para o ano de eleição.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.