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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/04/2016 | Economia
Organização é o primeiro passo para quitar as dívidas
Organização é o primeiro passo para quitar as dívidas Foto de divulgação
Foto de divulgação
Assim que ficou desempregada, Silmara Leite, 39 anos, de São Bernardo, precisou encontrar uma maneira de continuar pagando as contas do aluguel, água e luz. O seguro-desemprego ajudou, mas não foi suficiente. Depois de quatro meses, a ex-vendedora precisou pegar um empréstimo com uma amiga, já que o nome dela estava restrito e não conseguia crédito nos bancos porque devia no cheque especial e cartão de crédito.

A situação só piorava, até que ela encontrou uma nova oportunidade, depois de oito meses fora do mercado de trabalho. Há quatro meses como recepcionista, ela ainda tem resquícios das dívidas para pagar. “Apesar de eu ganhar um pouco mais do que antes, ainda estou com meu nome restrito. Dei preferência por pagar os aluguéis atrasados, mas ainda estou em débito com minha amiga”, lamenta.

Casos como o de Silmara não são raros. Ao ficarem desempregadas, muitas pessoas acabam se colocando em situação financeira bastante complicada, e quando conseguem uma recolocação no mercado de trabalho, ficam sem saber como agir e o que pagar primeiro, dada a pressão dos credores.

Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, o primeiro passo é o planejamento financeiro. “Geralmente, quando a pessoa não tem opção de onde tirar dinheiro, parte para o desespero: pega financiamento caro, estoura o cartão de crédito e vai cavando cada vez mais o buraco”, afirma.

Quem está desempregado há um bom tempo geralmente acumula dívida alta, difícil de sanar logo que volta a ter fonte fixa de renda. “É preciso planejar. Colocar no papel quais os gastos básicos que você precisa para viver, custos como de alimentação, água, energia elétrica e filhos, por exemplo.”

A professora de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie Liliane Cristina Segura orienta que, ao conseguir uma nova fonte de renda e eleger as “dívidas essenciais”, o segundo passo é renegociar as outras. “Faça sem medo. Não se deixe levar pelo constrangimento ou intimidação das entidades financeiras. Leve em conta todos os seus gastos e estenda o prazo para pagamento e parcelamento o quanto precisar”, indica a especialista.

Renegociar é sempre boa alternativa, já que a prática é do interesse de ambas as partes, tanto para quem quer pagar, porque se vê livre de uma pendência, quanto para quem quer receber, pois tem a garantia da quitação. “Muitas vezes os bancos apresentam condições vantajosas, com valor mais acessível. Já quando a dívida é direta, como o aluguel, é preciso ter jogo de cintura, expor a situação para o dono do imóvel e entrar em acordo”, conclui Gonçalves.

Outra dica é substituir dívidas com juros altos por outras com taxas mais baixas. “Geralmente os cartões de crédito têm juros de 10% a 12% ao mês, enquanto o empréstimo consignado tem juros de 3% a 5%. Então, é melhor pegar um empréstimo no banco e quitar o cartão do que pagar o valor mínimo, por exemplo”, sugere a conselheira do Conselho Federal de Contabilidade Sandra Batista, que faz uma ressalva: “Não se pode esquecer de incluir o valor das prestações no orçamento existente.”

Para não acumular novas dívidas, o uso de cartão de crédito deve ser evitado ao máximo. “É preciso foco. As pessoas precisam se concentrar em não acumular dívidas. Cartão de crédito e cheque especial geralmente são as piores formas de tentar resolver um problema de imediato, que pode virar uma bola de neve depois”, comenta Liliane.

Gonçalves pontua que também é importante ter em mente que não é porque a situação aparentemente melhorou que os desembolsos devem voltar a ser como antes de ficar sem emprego. “É preciso estipular os gastos fixos a um máximo. Não se pode passar do limite até normalizar a situação. Geralmente essa tática funciona nos primeiros meses, mas depois a pessoa relaxa. Isso não pode acontecer.”

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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