DATA DA PUBLICAÇÃO 28/01/2011 | Internacional
Organização da Espanha denuncia roubo de 261 bebês na ditadura franquista
Uma denúncia foi apresentada formalmente nesta quinta-feira (27) sobre o destino de 261 bebês. As vítimas de adoções irregulares aguardam a investigação, por parte da Justiça espanhola, do doloroso caso de milhares de crianças roubadas durante a ditadura franquista e nos anos posteriores, até a década de 1980.
A Associação Nacional dos Afetados por Adoções Irregulares (Anadir), entrou nesta quinta-feira com demanda ante da procuradoria-geral do Estado pelo suposto roubo de 261 crianças, denunciando a existência de um verdadeiro tráfico de bebês durante o governo de Francisco Franco (1939-1975) e até o fim dos anos 1980.
Estas crianças eram roubadas ao nascer e a clínica dizia às mães que elas tinham morrido. Posteriormente, eram vendidas a famílias que não podiam ter filhos por montantes que variavam de R$ 689 (300 euros) até R$ 13.794 (6.000 euros).
Queremos que as procuradorias regionais abram investigações sobre todos os supostos casos de crianças roubadas, explicou o advogado das vítimas, Enrique Vila.
Audiência Nacional tenta resgatar identidade de bebês roubados
A promotoria da Audiência Nacional, principal instância judicial espanhola, já pediu no início de dezembro ao Ministério da Justiça que ajudasse os "bebês roubados" no franquismo a recuperar sua identidade verdadeira, propondo abrir um escritório encarregado por essas investigações.
As investigações sobre os bebês roubados durante o franquismo não estão previstas na chamada Lei de Memória Histórica, aprovada em 2007 e que buscava reabilitar as vítimas da Guerra Civil (1936-1939) e da ditadura de Franco.
Durante o franquismo, os bebês eram roubados "principalmente por motivos políticos, de (mulheres) republicanas" e o objetivo "não era ganhar dinheiro", segundo Vila.
Um decreto de 1940 permitia ao regime franquista a guarda dos bebês caso sua "educação moral" estivesse em perigo. Depois, a perversão do sistema mudou de direção, conta Vila.
- Médicos ou clínicas privadas viram a possibilidade de fazer disso um negócio e começaram a vender os bebês.
É "muito difícil" saber quantas famílias foram afetadas, já que "muitas crianças roubadas não sabem que foram e provavelmente morrerão sem saber", conclui Vila.
Copyright AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados
A Associação Nacional dos Afetados por Adoções Irregulares (Anadir), entrou nesta quinta-feira com demanda ante da procuradoria-geral do Estado pelo suposto roubo de 261 crianças, denunciando a existência de um verdadeiro tráfico de bebês durante o governo de Francisco Franco (1939-1975) e até o fim dos anos 1980.
Estas crianças eram roubadas ao nascer e a clínica dizia às mães que elas tinham morrido. Posteriormente, eram vendidas a famílias que não podiam ter filhos por montantes que variavam de R$ 689 (300 euros) até R$ 13.794 (6.000 euros).
Queremos que as procuradorias regionais abram investigações sobre todos os supostos casos de crianças roubadas, explicou o advogado das vítimas, Enrique Vila.
Audiência Nacional tenta resgatar identidade de bebês roubados
A promotoria da Audiência Nacional, principal instância judicial espanhola, já pediu no início de dezembro ao Ministério da Justiça que ajudasse os "bebês roubados" no franquismo a recuperar sua identidade verdadeira, propondo abrir um escritório encarregado por essas investigações.
As investigações sobre os bebês roubados durante o franquismo não estão previstas na chamada Lei de Memória Histórica, aprovada em 2007 e que buscava reabilitar as vítimas da Guerra Civil (1936-1939) e da ditadura de Franco.
Durante o franquismo, os bebês eram roubados "principalmente por motivos políticos, de (mulheres) republicanas" e o objetivo "não era ganhar dinheiro", segundo Vila.
Um decreto de 1940 permitia ao regime franquista a guarda dos bebês caso sua "educação moral" estivesse em perigo. Depois, a perversão do sistema mudou de direção, conta Vila.
- Médicos ou clínicas privadas viram a possibilidade de fazer disso um negócio e começaram a vender os bebês.
É "muito difícil" saber quantas famílias foram afetadas, já que "muitas crianças roubadas não sabem que foram e provavelmente morrerão sem saber", conclui Vila.
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