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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2012 | Internacional
Oposição síria quer armas para rebeldes que lutam contra Assad
O CNS (Conselho Nacional Sírio), braço político da oposição, fez nesta sexta-feira um apelo aos "amigos da Síria" para que armem o Exército Sírio Livre e apoiem toda forma de resistência popular contra o ditador Bashar al Assad.

"Se o regime não aceitar os termos da iniciativa política esboçada pela Liga Árabe e não puser fim à violência contra seus cidadãos, os Amigos da Síria não restringirão países individuais de ajudarem a oposição síria com assessores militares, treinamento e fornecimento de armas para se defenderem", disse o CNS em um comunicado com sete exigências para o encontro internacional em Túnis.

As potências árabes e ocidentais estão divididas sobre se devem armar os rebeldes da Síria, com algumas autoridades temendo que tal medida apenas piore a violência e afete os países vizinhos, com governos diferentes apoiando grupos diferentes da oposição a Assad.

Embora o Exército Sírio Livre, formado em sua maioria por desertores do Exército oficial da Síria, tenha sido capaz de contrabandear armas e de comprá-las no mercado negro, os representantes da oposição síria que participam do encontro de mais de 50 nações disseram que até agora não havia um apoio militar estrangeiro formal para a oposição.

O vice-presidente da Liga Árabe, Ahmed Bem Helli, disse à Reuters na véspera do encontro na quinta-feira que armar a oposição poderia levar à guerra civil.

"Acho que isso vai complicar ainda mais as questões. Militarizar a oposição e os protestos vai criar uma situação complicada que poderia levar à guerra civil e isso não é o desejado", disse ele em Túnis.

Apoio financeiro

Uma autoridade árabe disse à Reuters nesta sexta-feira que não esperava nenhuma medida para armar a oposição síria, dadas as divisões dentro do movimento. O apoio para a oposição síria provavelmente será financeiro, técnico e humanitário, disse.

A questão sobre armar a oposição síria veio à tona nos últimos dias, depois que os Estados Unidos aparentemente sugeriram que não se oporiam ao armamento de rebeldes se todos os canais diplomáticos falhassem.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sugeriu na quinta-feira que a oposição da Síria terminaria se armando por conta própria.

Mas mesmo dentro do CNS há temores sobre o que a militarização de um levante de quase um ano significaria para um país no centro do Oriente Médio e parte de alguns de seus conflitos mais espinhosos.

"A militarização começou na Síria e estamos preocupados com a questão", disse a autoridade do CNS Abdel Baset Sieda na véspera da reunião.

"Se os sírios perderem a esperança na ONU e na Liga Árabe, essa é uma questão grave, e se ela arrastar a Síria para a guerra civil, vai engolir os vizinhos".

Reino Unido

Também nesta sexta-feira, o chanceler britânico William Hague afirmou que o Reino Unido pretende reconhecer o CNS como "representante legítimo" da população síria, ao chegar a Túnis para a reunião.

"Nós intensificaremos nosso elo com a oposição", afirmou. "Vou me encontrar com representantes do CNS daqui a pouco. Nós [Reino Unido], assim como outros países, iremos agora reconhecê-los como representantes legítimos do povo sírio".

Segundo ele, a comunidade internacional teve que "acirrar a pressão diplomática e econômica" sobre o governo sírio, em meio à crescente preocupação com a violência em Homs e em outras regiões.

Hague afirmou ainda que o regime de Assad é "criminoso", mas negou que seu país planeje enviar armas aos rebeldes.

"Nós temos na União Europeia um embargo no envio de armas à Síria e, obviamente, iremos respeitar esse embargo".

Por Folha Online, da Reuters, em Túnis da Associated Press
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