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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/09/2011 | Cidade
Oposição em Mauá está desarticulada
O deputado estadual Donisete Braga (PT) acredita que o cenário pré-eleitoral favorece uma possível reeleição do prefeito Oswaldo Dias (PT) nas eleições de 2012. Braga crê nesse cenário favorável em razão de uma suposta fragmentação no grupo político dos adversários, hoje liderado pela deputada Vanessa Damo (PMDB), pré-candidata ao Paço. “A oposição está fragmentada”, afirma o petista. Outro fator que pode favorecer a candidatura a reeleição de Dias, afirma Braga, é o consenso conquistado pelo prefeito dentro do PT de Mauá, marcado por disputas internas. “Não temos que contestar um prefeito que busca a reeleição”. Braga tem encabeçado os trabalhos da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack, que busca recursos no orçamento do estado para implementar um programa específico de prevenção e tratamento à viciados.

ABCD MAIOR - Qual sua avaliação sobre este início de governo Geraldo Alckmin (PSDB), e a relação dele com a Assembleia?
DONISETE BRAGA -
O governo Alckmin tem muitas disputas internas, e tem reavaliado tudo o que o governo Serra fez. Tenho a impressão que são dois governos distintos. O Alckmin mudou todos os departamentos e fez uma mudança radical. Minha crítica ao governo Alckmin é que ele não indicou ninguém do ABCD para compor o 1º e nem o 2º escalões. E olha que o Clóvis Volpi virou a eleição para o Alckmin em Ribeirão Pires. Outros que o apoiaram muito foram o Leonel Damo (ex-prefeito de Mauá), a deputada Vanessa Damo (PMDB), a deputada Regina Gonçalves (PV), o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e não temos nenhum representante da Região no governo estadual.

ABCD MAIOR - O sr. considera que o prefeito Oswaldo Dias terá a seu favor um cenário interno de união no PT de Mauá, para tentar a reeleição?
DONISETE -
O Oswaldo Dias é o nosso candidato a prefeito pelo PT. Teve dificuldades na questão orçamentária, e agora começou fazer as coisas, porque reestruturou a máquina. Eu acho que ele conseguiu construir um leque muito grande de apoios, e construir um cenário muito positivo para Mauá. O PT está unido e eu acho que não dá para contestar alguém que está no processo para ser reeleito. Se for um péssimo prefeito, tem de ir para a reeleição para o povo não votar. Se for bom prefeito, tem de ir para as eleições para as pessoas o aprovarem. Essa condição está dada para todos.

ABCD MAIOR - Nos bastidores da política de Mauá há indicações de que, além da deputada Vanessa Damo (PMDB), existem, ao menos, três pré-candidaturas a prefeito, que podem nascer na Câmara. O sr. vê um cenário mais acirrado para a candidatura à reeleição do prefeito Oswaldo Dias?
DONISETE -
Olhando mais para a questão da Vanessa Damo (PMBD), que é a nossa principal concorrente, eu acho que houve uma divisão muito grande no grupo deles. O vereador Átila Jacomussi (PV), por exemplo, ajudou muito a Vanessa. O Chiquinho do Zaíra (PT do B) colaborou com o Leonel Damo. O Paulo Bio, até pouco tempo atrás, estava no PMDB. Esses grupos hoje estão brigados, e eu diria que a oposição está desarticulada. Pode ser que daqui a um mês volte a se articular. Eu vejo, também, que em São Bernardo o cenário é totalmente favorável ao Luiz Marinho. Existe uma cisão entre o Orlando Morando (deputado estadual do PSDB) e o William Dib (deputado federal do PSDB), e o deputado Alex Manente (PPS) está tentando se impor. A mesma coisa eu vejo em Mauá. O Oswaldo está em seu terceiro mandato, e a oposição está fragmentada.

ABCD MAIOR - O sr. considera que o PT deve estimular a candidatura de novos candidatos a vereador, com vistas a ampliar a bancada hoje formada por quatro parlamentares?
DONISETE -
Quanto mais forte a chapa, será melhor para o Oswaldo. Eu acho que a bancada pode crescer de quatro para seis vereadores, porque nas próximas eleições serão 23 vagas. Em 1988 já fomos oito, quando havia 21 cadeiras.

ABCD MAIOR - Qual sua opinião sobre a indicação do Paulo Eugênio para permanecer como vice em 2012?
DONISETE -
O Paulo Eugênio é o candidato a vice, e não tem nem o que se contestar. Se não há questionamento do prefeito, por que questionar o vice?

ABCD MAIOR - A Frente Parlamentar de Enfretamento ao Crack chegou a encaminhar um relatório para as prefeituras responderem sobre os danos causados pelas drogas em seus territórios. Existe algum diagnóstico sobre esses dados?
DONISETE -
Fizemos um mapeamento em que conseguimos sentir uma grande preocupação das prefeituras. Vamos reunir a imprensa para divulgarmos essa informação médica importante no Estado. No ABCD, as sete prefeituras receberam o documento e todas responderam. Diadema não apenas respondeu, mas apresentou um diagnóstico e um programa que está desenvolvendo. Esse levantamento abrange um perfil bem realista, porque representa 70% da população de São Paulo.

ABCD MAIOR - O sr. acredita que os resultados dessa pesquisa podem se reverter em investimentos do governo estadual no Orçamento de 2012?
DONISETE -
Vamos fazer um cruzamento de dados e um estudo econômico para sabermos qual é a nossa realidade hoje em termos de custos e orçamentos para começarmos um processo de enfrentamento ao crack. Poderemos não só apresentar emendas ao orçamento, mas nossa intenção é aprovarmos uma política estadual de combate ao crack até o final do ano.Vamos receber o orçamento em setembro e temos um prazo para apreciá-lo até o dia 15 de dezembro. Está estimado entre R$ 150 e R$ 160 bilhões, e queremos apresentar recursos para essa política.

ABCD MAIOR - O sr. vê resultados práticos gerados pelas audiências públicas que são feitas nos municípios, para se discutir a peça orçamentária de 2012?
DONISETE -
É uma discussão embrionária, mas eu acho que devemos avançar. Acho que deveríamos chegar a um nível em que cada região tivesse uma espécie de orçamento impositivo. Existem perfis diferenciados de cada região. No ABCD, por exemplo, o tema da saúde é comum. O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PT), está investindo R$ 15 milhões em um hospital. O Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, está construindo um Hospital de Clínicas. As regiões teriam de ter prioridades no orçamento, porque, somos oito deputados, e os recursos (das emendas) acabam sendo pulverizados, são insuficientes. Temos que qualificar isso e discutirmos o tamanho do bolo.

ABCD MAIOR - Quais foram as suas principais contribuições nos últimos meses como interlocutor de Mauá diante do governo estadual?
DONISETE -
Conseguimos avançar na questão de termos um ambulatório médico, a Prefeitura terminou o prédio, e esperamos que o governo faça a inauguração dos serviços. Conseguimos verbas da ordem de R$ 1 milhão para equipar as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), além de verbas para infraestrutura. Mas, eu acho que esse tema (emendas) não deveria referendar o papel do deputado. Nossa ação não está concentrada no município. Eu prefiro qualificar nossas ações como, por exemplo, essas questões nobres como o enfrentamento ao crack. As emendas são importantes, mas muitas vezes nós tampamos buraco quando o Estado não atende os municípios.

Por Rodrigo Bruder - ABCD Maior
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