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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/03/2014 | Política
Oposição denuncia compra de material acima do preço
Oposição denuncia compra de material acima do preço Foto: Divulgação
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A administração do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), adquiriu cola bastão 20 g da marca Acrilex por valor 411% acima da quantia praticada pelo mercado. O mesmo produto comprado por R$ 4,60 a unidade pela Prefeitura foi encontrado por R$ 0,90 na papelaria WRF, da Bahia. Levantamento da diferença paga nesse produto e em outros foi feito pela bancada do PPS.

Pelo edital, o governo petista cotou 313.192 colas bastão. Vai desembolsar R$ 1,4 milhão pelo lote. Se comprasse da empresa baiana, o Executivo pagaria R$ 281,9 mil – R$ 1,16 milhão mais barato.

Outros itens presentes no pregão do kit de material escolar apresentam valores superiores aos registrados em lojas varejistas. Uma caneta hidrográfica jumbo, fabricada pela Compactor, foi obtida pelo Paço por R$ 8,72, porém, pode ser achada por R$ 2,40 na rede Kalunga, uma variação de 263% (confira outros preços na arte acima).

No dia 16 de janeiro, a Prefeitura divulgou a Excel 3000 Materiais e Serviços Ltda como vencedora da licitação para fornecer material escolar à rede municipal. A empresa de Niterói, no Rio de Janeiro, ofereceu orçamento de R$ 13 milhões para distribuir produtos por 12 meses. O contrato foi homologado pela secretária de Educação, Cleuza Repulho.

Relatório com a variação de preços dos itens do kit já foi encaminhado ao Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado), à Promotoria de São Bernardo e ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) pelos vereadores oposicionistas do PPS.

“Os valores praticados pela administração não chegam nem perto do absurdo. É no mínimo vergonhoso. Há fortes indícios de superfaturamento e não podemos cruzar os braços diante deste novo escândalo”, declarou o presidente do diretório do PPS municipal, vereador Marcelo Lima.

O parlamentar Julinho Fuzari (PPS) questionou o fato de a diferença ser encontrada em comércios varejistas. “A Prefeitura fez compra no atacado, em que há economia pela aquisição do lote. É no mínimo estranho os preços do atacado serem maiores do que os do varejo”, opinou. Na sessão de hoje, a bancada popular-socialista tentará emplacar requerimento de informações.

A Prefeitura não se manifestou sobre o caso.

INVESTIGAÇÃO

A Excel 3000 foi apontada pelo MP paulista de participar de cartel que burlava licitações em 11 cidades do Estado, entre elas Guarujá, Bertioga e Osasco. O Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos) da instituição denunciou a empresa carioca por formação de quadrilha, crimes de fraude a editais, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Por Raphael Rocha - Diário do Grande ABC
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