DATA DA PUBLICAÇÃO 10/09/2008 | Economia
Opep anuncia corte de 520 mil barris diários
A Opep decidiu reduzir sua produção real de petróleo em 520 mil barris diários nos próximos 40 dias, por meio de um "estrito cumprimento" de sua cota oficial, informou na madrugada desta terça-feira o presidente do cartel, Chakib Khelil.
"Acredito que após os cálculos, será um corte de 520 mil barris diários na produção" real, destacou Khelil.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) resolveu manter a cota oficial adotada em setembro de 2007, de 28,8 milhões de barris diários, exceto por Iraque, isento de cota, e Indonésia, que abandonou o cartel.
O anúncio da saída de Jacarta, que não estará mais vinculada ao sistema de cotas do cartel, tinha sido feito momentos antes por Kkelil: "É com desilusão que comunicamos a decisão da Indonésia de suspender sua participação plena na organização".
"Como o mercado está muito abastecido", a Opep decidiu "cumprir com as cotas de produção de setembro de 2007 (ajustadas para incluir os novos membros, Angola e Equador, e excluir Indonésia e Iraque), totalizando 28,8 milhões de barris diários (b/d), o que os países membros se comprometeram a cumprir estritamente", destacou o cartel.
A Opep considera a atual oferta de petróleo superior à demanda, e teme que um mercado assim, em tempos de desaceleração econômica mundial, gere um colapso nos preços.
Nesta terça-feira, na InterContinental Exchange (ICE) de Londres, o barril do Brent para entrega em outubro caiu abaixo dos 100 dólares, pela primeira vez desde o dia 2 de abril, chegando a ser negociado a 98,94 dólares. No fim do pregão, recuperou 3,10 dólares e fechou a 100,34 dólares, 47 dólares abaixo de seu recorde máximo, de 147,50 dólares, alcançado no dia 11 de julho.
Em Nova York, o barril do West Texas Intermediate (designação do " light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro perdeu 3,08 dólares, encerrando a 103,26 dólares.
A Arábia Saudita, primeiro produtor mundial de petróleo e líder de fato da Opep, é o país que mais excede as cotas do cartel, e, evidentemente, será obrigado a fazer a maior redução.
O ministro venezuelano da Energia, Rafael Ramírez, festejou a decisão destacando que a Opep "disse que ia acabar com a superprodução" e cumpriu a promessa. "Estamos tirando a superprodução do mercado".
Durante a reunião em Viena, à qual a Rússia foi convidada, o vice-premier russo Igor Setchin sugeriu a intensificação da cooperação com a Opep.
Setchin apresentou "o rascunho de um memorando" para desenvolver uma "cooperação reforçada" entre a Rússia e o grupo de países exportadores de petróleo.
Uma aliança entre a Opep, que controla 40% da produção mundial, e o gigante petroleiro russo, que briga com a Arábia Saudita pelo título de primeiro produtor mundial, seria uma péssima notícia para os países consumidores, que tentam reduzir sua dependência energética em relação à Rússia.
Ainda segundo Setchin, parte desta cooperação seria dedicada à criação de "um ambiente estável para os preços", tanto para os produtores como para os consumidores.
O vice-primeiro-ministro russo lembrou que a Rússia e a Arábia Saudita produzem, juntas, 20% de todo o petróleo do mundo.
"Acredito que após os cálculos, será um corte de 520 mil barris diários na produção" real, destacou Khelil.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) resolveu manter a cota oficial adotada em setembro de 2007, de 28,8 milhões de barris diários, exceto por Iraque, isento de cota, e Indonésia, que abandonou o cartel.
O anúncio da saída de Jacarta, que não estará mais vinculada ao sistema de cotas do cartel, tinha sido feito momentos antes por Kkelil: "É com desilusão que comunicamos a decisão da Indonésia de suspender sua participação plena na organização".
"Como o mercado está muito abastecido", a Opep decidiu "cumprir com as cotas de produção de setembro de 2007 (ajustadas para incluir os novos membros, Angola e Equador, e excluir Indonésia e Iraque), totalizando 28,8 milhões de barris diários (b/d), o que os países membros se comprometeram a cumprir estritamente", destacou o cartel.
A Opep considera a atual oferta de petróleo superior à demanda, e teme que um mercado assim, em tempos de desaceleração econômica mundial, gere um colapso nos preços.
Nesta terça-feira, na InterContinental Exchange (ICE) de Londres, o barril do Brent para entrega em outubro caiu abaixo dos 100 dólares, pela primeira vez desde o dia 2 de abril, chegando a ser negociado a 98,94 dólares. No fim do pregão, recuperou 3,10 dólares e fechou a 100,34 dólares, 47 dólares abaixo de seu recorde máximo, de 147,50 dólares, alcançado no dia 11 de julho.
Em Nova York, o barril do West Texas Intermediate (designação do " light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro perdeu 3,08 dólares, encerrando a 103,26 dólares.
A Arábia Saudita, primeiro produtor mundial de petróleo e líder de fato da Opep, é o país que mais excede as cotas do cartel, e, evidentemente, será obrigado a fazer a maior redução.
O ministro venezuelano da Energia, Rafael Ramírez, festejou a decisão destacando que a Opep "disse que ia acabar com a superprodução" e cumpriu a promessa. "Estamos tirando a superprodução do mercado".
Durante a reunião em Viena, à qual a Rússia foi convidada, o vice-premier russo Igor Setchin sugeriu a intensificação da cooperação com a Opep.
Setchin apresentou "o rascunho de um memorando" para desenvolver uma "cooperação reforçada" entre a Rússia e o grupo de países exportadores de petróleo.
Uma aliança entre a Opep, que controla 40% da produção mundial, e o gigante petroleiro russo, que briga com a Arábia Saudita pelo título de primeiro produtor mundial, seria uma péssima notícia para os países consumidores, que tentam reduzir sua dependência energética em relação à Rússia.
Ainda segundo Setchin, parte desta cooperação seria dedicada à criação de "um ambiente estável para os preços", tanto para os produtores como para os consumidores.
O vice-primeiro-ministro russo lembrou que a Rússia e a Arábia Saudita produzem, juntas, 20% de todo o petróleo do mundo.
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