NOTÍCIA ANTERIOR
Prefeitura de Mauá intensifica ações no fim de semana
PRÓXIMA NOTÍCIA
Oswaldo garante apoio de adversários
DATA DA PUBLICAÇÃO 03/10/2008 | Cidade
ONG quer construir centro para animais em Mauá
O prefeito de Mauá Leonel Damo (PV) assinou ontem a doação de um terreno para uma ONG (Organização Não-Governamental) que construirá um abrigo de animais silvestres em situação de risco e que servirá também como uma espécie de zoológico educativo.

A expectativa da presidente da Opam (Organização dos Protetores dos Animais Abandonados e Maltratados), Adriana Macedo Inácio, é inaugurar o complexo no segundo semestre de 2009. "Acolheremos animais silvestres apreendidos, desabrigados ou vitimados por obras urbanas, como o Rodoanel", explicou.

A entidade ainda não dispõe da verba para arcar com os custos do empreendimento, mas pretende, com o apoio de empresas, angariar os R$ 300 mil que julga necessários para erguer o Centro de Recuperação e Triagem, nome provisório do projeto.

O terreno doado pela Prefeitura tem 13,5 mil metros quadrados e fica na Avenida do Manacá, no Jardim Primavera, bem próximo ao Cemitério Parque Vale dos Pinheirais.

Bichos de pequeno porte, como sagüis e, principalmente, aves serão recebidos pelo centro. Alguns destes animais estarão à disposição da população e poderão ser visitados. "Trabalharemos educação ambiental com as crianças porque quando elas assimilam alguma idéia se transformam em agentes multiplicadores, levando o assunto para a família e amigos", afirmou Adriana, lembrando que o único zoológico do Grande ABC funciona no Parque Estoril, em São Bernardo.

A Opam funciona há apenas um ano e três meses e antes de trabalhar com animais silvestres, se dedicava exclusivamente ao cuidado de animais domésticos, trabalho que ainda desempenha. A presidente da Opam disse que o tráfico de animais é o terceiro mais praticado no mundo, perdendo somente para o comércio ilegal de armas e drogas.
(Supervisão de Samir Siviero)

No Estado, 436 espécies correm risco

Pelo menos 436 espécies de animais vertebrados do Estado de São Paulo estão sob algum grau de ameaça de extinção. O dado foi apresentado ontem pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente no Jardim Zoológico da Capital, dez anos após a última divulgação de uma lista de fauna em risco no Estado.

Entre as espécies consideradas criticamente ameaçadas - nível mais avançado de vulnerabilidade - estão tatu-canastra, onça-pintada, ariranha, veado-campeiro, baleia azul e arara-vermelha. Oito foram consideradas regionalmente extintas, sendo que uma delas é de Santo André: a perereca-verde-de-riacho-de-Paranapiacaba. Além dessa espécie, também está extinto o peixe surubim-do-Paraíba, bodião-rabo-de-forquilha, badejo-tigre, badejo-sirigado, tubarão-limão, cação-lixa e peixe-serra.

Segundo Paulo Bressan, presidente da Fundação Parque Zoológico SP e coordenador do grupo de 61 pesquisadores responsável pelo levantamento, não é possível comparar a lista atual com a anterior e dizer, por exemplo, se houve aumento de espécies ameaçadas, porque a metodologia mudou. Na verdade, em 1998 não havia regra clara, mas sim a percepção dos cientistas. Agora, o Estado seguiu os moldes aplicados pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês), já usados para elaborar a lista nacional.

Ao todo, foram analisadas 2.603 espécies. Para 161 delas, os dados foram considerados insuficientes para classificação. Outras 86 espécies entraram na categoria "quase ameaçadas". O secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, afirmou que a idéia agora é atualizar a lista com mais freqüência, ao mesmo tempo em que pediu mais fiscalização por parte da polícia ambiental para evitar tráfico de animais.

O levantamento mostrou que a devastação do cerrado paulista tem refletido diretamente sobre a fauna. Entre os répteis, por exemplo, vários lagartos e cobras que vivem exclusivamente nos campos estão ameaçados por causa de destruição dessa vegetação.

Outros dois pontos críticos são a ilha dos Alcatrazes e a ilha de Queimada Grande. Na primeira, o animal mais ameaçado é a jararaca-de-Alcatrazes; na segunda, a jararaca-ilhoa. Ambas são endêmicas de cada ilha.

"Já presenciamos gente saindo com caixas cheias de cobras. Um aluno meu chegou a ser abordado por um homem que queria comprar uma", conta Otávio Marques, do Instituto Butantã, que coordenou o estudo desse grupo.

Entre as aves, destaque para o bicudinho-do-brejo-paulista, endêmico da região do Alto Tietê. "Acreditamos que não haja mais do que 250 exemplares na natureza e não existem indivíduos em cativeiro. Se perder esse hábitat, ele estará extinto", comenta Luis Fábio Silveira, da USP, coordenador do grupo de aves.

Por André Vieira - Especial para o Diário / Foto: am.anasps.org.br
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7710 dias no ar.