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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/09/2009 | Turismo
Onde se cultiva a paz
Fazer amigos. Essa é uma das vantagens apontadas por dez entre dez alberguistas. Característica que levou a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) a conferir às unidades da Hostelling International o status de Centros de Cultura da Paz, por promover a integração de diferentes povos.

"O alberguista deve ter o espírito aventureiro, saber dividir espaço, estar sempre aberto a conhecer pessoas, lugares, culturas distintas", diz o presidente da FBAJ (Federação Brasileira dos Albergues da Juventude), Carlos Augusto Silveira Alves.

Foi imbuída desse espírito de aventura e confraternização que a professora Elen Regina da Costa, 29 anos, de Santo André, viajou para a Argentina, em julho do ano passado. E aprovou a experiência. "Você conhece gente do mundo inteiro, e o valor da hospedagem fica muito barato", diz a alberguista, que embarcou sozinha e compartilhou quartos nas unidades de Buenos Aires e Mendoza.

"Além de você ser obrigada a conviver com pessoas que falam línguas que você nunca estudou, os próprios albergues oferecem passeios que permitem conhecer muita gente. E as pessoas são mais receptivas, abertas a amizades", observa, ressaltando a economia que fez: "Gastei entre R$ 17 e R$ 20 por dia com hospedagem. E ainda economizei com comida", diz Elen, que aproveitou a cozinha do hostel para improvisar lanches, tigelas de cereais e macarrões instantâneos.

O presidente da Apaj (Associação Paulista dos Albergues da Juventude), Ricardo Mattar, compartilha de opinião semelhante: "A diferença dos hostels para as pousadas reside exatamente no clima. É impossível você ficar mais de duas horas em um albergue sem fazer amigos. O pessoal se junta para fazer churrasco, para passear."

Para Mattar, é importante que o próprio dono do hostel preencha esse perfil. "O proprietário tem de ser uma pessoa acostumada a viajar de mochila, que entende a importância de integrar os hóspedes."

Em viagem para Natal, a administradora de empresas Beatriz Lopes, 41 anos, de São Bernardo, não só fez amigos como conheceu o "amor de sua vida", o americano John Bell. "Virei guia de gente da França, Uruguai, Alemanha e Estados Unidos. Numa dessas, acabei me apaixonando."

Paixão maior só a do paulistano José Francisco da Silva, 81 anos, que já rodou 15 países da Europa e cruzou 23 Estados americanos com a carteirinha de albergue em punho. "Gosto demais de ficar em albergues, seja aqui ou lá fora. Na verdade, tenho idolatria. Não entra droga de jeito nenhum e a noite é uma coisa ímpar. Come-se muito miojo, que é o mais fácil de se fazer, e conversamos com os outros viajantes sobre o que cada um fez no dia e o que pretende fazer no dia seguinte. É ótimo porque a gente troca informações. Já descobri cada passeio assim! Por isso eu só planejo 70% do tempo da viagem e o resto eu descubro ou com moradores do lugar ou com os alberguistas", ensina Silva, que já planeja a próxima viagem. Neste mês, ele segue de avião até Santiago e de lá vai pegar ônibus e dormir em albergues até chegar à Terra do Fogo, literalmente no fim do mundo. Haja disposição!

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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