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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/07/2008 | Turismo
Onde o frio impera
Ao fundo, a formação rochosa conhecida como Dedo de Deus aponta para o céu como se o Todo-Poderoso estivesse a abençoar os treinos da Seleção na Granja Comary. Mas foi com os próprios indicadores que, durante o Segundo Império, dom Pedro II escolheu a dedo a região de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na Serra da Estrela, para refugiar-se do escaldante calor carioca nos meses mais quentes do ano.

Situado 809 metros acima do nível do mar e a 66 quilômetros da capital fluminense, o local era destino certo da Corte durante o verão. O tempo passou e hoje é o inverno que faz sucesso entre os turistas, com a impecável combinação de frio, eventos culturais, gastronomia, ambientes românticos e muitas histórias para contar.

A começar pelo Museu Imperial de Petrópolis, instalado no antigo palácio de verão da família real. Pintado de rosa, a cor do império, o local abriga objetos valiosos, como a coroa de Dom Pedro II, de ouro cinzelado, ornada com 77 pérolas e 639 brilhantes provenientes de Minas Gerais. Além dos trajes do monarca, o museu conta com jóias, mobiliário, pinturas e documentos que dão idéia do modo de vida da corte.

Petrópolis inteira, aliás, respira ares de realeza. Além do Museu Imperial, a idéia de majestade mantém-se viva nas construções antigas, nos palácios e nos românticos passeios de carruagem pelas ruas do Centro Histórico, que acaba de ser revitalizado pela Prefeitura como parte das comemorações em homenagem ao aniversário de 165 anos da cidade.

A Catedral de São Pedro de Alcântara, erguida em estilo gótico francês durante o século 18, por exemplo, abriga as lápides de D. Pedro II, da imperatriz Tereza Cristina e da princesa Isabel e seu marido, o conde D'Eu. Com sorte, pode-se até cruzar pela rua com algum dos herdeiros do príncipe dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, neto de princesa Isabel. A maior parte da família mantém residência ali.

Estrelas
A viagem ao passado prossegue pelos palácios de Cristal, Rio Negro, Amarelo e Quitandinha, além das casas de personagens ilustres da história, como Barão de Mauá, Rui Barbosa e a própria Princesa Isabel, que um dia assinou a abolição da escravatura.

Mas é na casa de Santos Dumont, o Pai da Aviação, que a história ganha o tempero da genialidade e revela o lado supersticioso do Pai da Aviação. Projetada pelo inventor, a construção, de 1918, expõe objetos pessoais e duas de suas criações para a casa: o chuveiro - que possui toda uma engenhoca para que uma espécie de regador derrame águas sobre a cabeça do usuário, criado nos tempos em que banheiras e tinas d'água eram as únicas formas de banho nas residências - e a escada que obriga os visitantes a subir com um pé de cada vez, e sempre com o direito, é claro!

No andar de cima, um colchão enrolado sobre uma escrivaninha revela outra excentricidade de Dumont: não contente com o observatório no terraço, ele preferia dormir sobre a mesa em que fazia seus projetos só para gozar da vista privilegiada do céu estrelado a partir da janela do seu escritório. Talvez já sonhando em um dia alçar vôos mais altos.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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