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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/08/2008 | Cultura
Olimpíada revela equívocos
A Olimpíada cria heróis do esporte, mas também desfaz mitos da comunicação. Por exemplo, Michael Phelps é apenas o último em uma linhagem de homens e mulheres-peixe que conta com Spitz, Otto e Weissmuller.

Em 1896, Dimitrios Loundras, com 10 anos, foi o medalhista mais jovem da história, e ganhou bronze nas barras assimétricas. E, já na era televisiva, surgiram gigantes como Hossein Rezazadeh, o ‘Hércules iraniano', capaz de levantar 263,5 kg, ou a corajosa suíça Gabrielle Andersen-Scheiss, que terminou a maratona com o corpo contorcido de dores, num exemplo de determinação que o mundo assistiu comovido. A maratonista que levou o ouro em Los Angeles pode ser esquecida, mas a ‘Grande Gaby' ficou para sempre.

São histórias que encantam todo o planeta. Somente na espetacular abertura, quatro bilhões de pessoas ficaram de olho na TV. Aqui no Brasil, a Rede Globo praticamente dobrou a audiência das manhãs com os Jogos de Pequim. Por mais força que um evento mundial das dimensões das Olimpíadas tenha, fica claro que nem todos os possíveis telespectadores matinais são crianças e mulheres, como a programação das primeiras horas do dia parece sugerir. É um mito como outro qualquer.

Modificar radicalmente a grade de programação de uma emissora é praticamente impensável. Quase sempre as alterações não passam de ajustes, feitos com parcimônia, em longas e temerosas negociações. Um bom exemplo foi a migração da novela das oito da Globo para as nove da noite, que envolveu mudanças legais, dos telespectadores e até do jornalismo da emissora.

Há uma enorme demanda reprimida na audiência das manhãs, que não pode ser entendida apenas como um conjunto de mães e filhos. Primeiro porque boa parte das mulheres tem uma dupla jornada, em casa e no trabalho fora de casa. Depois há muitos homens com um horário de trabalho escalonado e que podem assistir televisão de manhã. Finalmente existem inúmeros locais de trabalho que mantêm televisores ligados durante o expediente.

Como a cobertura da Olimpíada ensina, até mesmo o formato dos programas, com atrações que começam e terminam dentro de horários bem definidos, talvez precise ser repensado.

O jornalismo, por exemplo, poderia ser pulverizado em flashes ao longo do dia, assim como outras atrações. Também não parece possível manter a mesma fórmula popularesca de programas ditos femininos que desmerecem a inteligência da mulher. Chega a ser constrangedor assistir Ana Maria Braga no comando do mais ‘novo' Namoro na TV, que no Mais Você atende pela alcunha de Agora Vai!. É preciso mudar, só não se sabe para onde.

Por Mauro Trindade - TV Press
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