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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/10/2016 | Saúde e Ciência
Oftalmologista alerta que aplicação incorreta do colírio é prejudica tratamento do glaucoma
O glaucoma é uma doença ocular ocasionada pela lesão do nervo óptico. Com sua constante degradação, o humor aquoso não consegue fluir bem pelo interior dos olhos causando assim o aumento da pressão intraocular. O resultado é a baixa de visão periférica, pela perda gradual do campo de visão. O glaucoma é uma doença silenciosa, não apresenta sintomas até que esteja em estágio avançado. A perda do campo visual ocorre lentamente até que o paciente perceba já em uma fase adiantada. Não há dor nem desconforto em 95% dos casos. Em decorrência disto, o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

A perda de visão pelo glaucoma é irreversível, a pessoa pode ter a visão seriamente comprometida pela doença e, caso não comece a tratá-la imediatamente após o diagnóstico, pode perder completamente a visão. Impedir o avanço da lesão do nervo óptico é o objetivo do tratamento do glaucoma, porém não é possível reparar o que já foi danificado.

O principal tratamento para a doença é realizado por meio da aplicação de colírios. Eles servem para controlar a pressão ocular, que é mais alta do que o normal, em pacientes com glaucoma. Os colírios costumam impedir que as lesões no nervo óptico avancem. Com poucos efeitos colaterais, os colírios costumam ser eficazes na maioria dos casos de glaucoma de ângulo aberto (forma mais comum da doença, responsável por 80% dos casos).

Porém, apesar de o colírio ser eficiente no tratamento do glaucoma, muitos pacientes acabam falhando no momento de aplicar o medicamento, o que torna o tratamento ineficaz. As pesquisas indicam que quase 40% dos pacientes tocam a embalagem nos olhos ou pálpebra. Os outros erros mais comuns são:

● Pingar mais gotas do que o necessário. Ao fazer isso, o paciente, além de desperdiçar o colírio, pode ampliar os efeitos colaterais, sem qualquer benefícios para o tratamento

● Outro erro comum é que, ao não acertar a gota diretamente nos olhos, o paciente aperte as pálpebras, causando saída do colírio, que não atinge completamente o olho.

Como aplicar corretamente o colírio

O colírio é um medicamento importante não apenas no tratamento do glaucoma. Por isso, a aplicação correta é fundamental. Para que seja eficaz, o colírio precisa permanecer em contato com os olhos durante alguns segundos. O indicado é que o paciente, após a aplicação, feche suavemente os olhos por 15 segundos. Confira a forma adequada de pingar colírios:

1. Antes de aplicar o colírio, não esqueça de lavar as mãos
2. Posicione a cabeça levemente para trás
3. Olhe para cima
4. Puxe a pálpebra inferior para baixo (até formar uma pequena bolsa)
5. A aplicação deve ser feita com apenas uma gota de colírio em cada olho
6. Permaneça com o olho fechado por pelo menos 15 segundo


Outras formas de tratamento do glaucoma

Comprimidos: Quando os colírios não conseguem controlar a pressão intraocular de forma satisfatória, os médicos podem receitar remédios orais. Mas, esses comprimidos geralmente não pode ser utilizados por muito tempo, porque causam efeitos colaterais como, por exemplo, dificuldade na absorção de potássio.

Laser: Em alguns casos, o oftalmologista pode precisar incluir o tratamento com laser. O procedimento serve para fazer com o que sistema de drenagem dos olhos funcione melhor. Dessa forma, reduz a retenção de líquido da região. O procedimento, que é indolor, é realizado no consultório médico e leva em torno de 30 minutos.

Cirurgia: Quando o paciente não apresenta a melhora esperada com nenhuma das formas de tratamento, a cirurgia costuma ser indicada pelos médicos. É preciso ter cuidado para não ser realizada tardiamente, já que as perdas causadas pelo glaucoma são irreversíveis. Esse procedimento abre um novo caminho para normalizar o fluxo do humor aquoso, que é o líquido responsável pela pressão ocular. Cirurgia inclui trabeculectomia ou cirurgias com implante de drenagem, tam∫ém chamados de “tubo”. A cirurgia costuma oferecer bons resultados e após a cicatrização, os colírios se tornam desnecessários.

Diagnóstico do glaucoma

Por se tratar de uma doença silenciosa e cujos danos à visão são irreparáveis, quanto mais cedo o glaucoma for descoberto e adequadamente tratado, maiores são as chances de o paciente não ter a visão tão comprometida. Por isso, a partir dos 40 anos, o oftalmologista solicita o exame de pressão ocular durante a consulta de rotina à clínica de olhos. Quando o paciente apresenta recorrente aumento da pressão ocular, o médico pode suspeitar de glaucoma.

A pressão ocular é o principal fator de risco, mas o diagnóstico não é feito apenas a partir deste exame. Com suspeita de glaucoma, oftalmologista solicita uma série de exames para realizar o correto diagnóstico, tais como:

Exame de pupila: para identificar possíveis lesões das vias ópticas
Campo visual: mostra como está a situação da visão periférica do paciente
Fotografia do nervo óptico: mostra como está essa ligação entre olhos e cérebro
Gonioscopia: verifica como está o ângulo da câmara interior
Exame com lâmpada de fenda: revela como está o interior e exterior dos olhos

Fatores de risco
As pessoas de pele negra costumam ser mais propensas ao desenvolvimento do glaucoma segundo a Organização Mundial da Saúde. O envelhecimento também é um fator de risco. Confira outros fatores de risco:

● Pessoas que possuem casos de glaucoma na família
● Pressão intraocular alta
● Diabetes
● Alto grau de miopia
● Alto grau de hipermetropia
● Uso de colírios com corticóide por tempo prolongado
● Pessoas que sofreram trauma nos olhos

Artigo escrito pela equipe da Clínica dos Olhos Belfort. Este artigo e vídeo contêm apenas informações gerais sobre doenças oculares. Este texto não substitui a avaliação por oftalmologista

Por Clínica dos Olhos Belfort
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