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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/03/2016 | Economia
Oferta de cursos profissionalizantes é reunida em guia na Região
Oferta de cursos profissionalizantes é reunida em guia na Região O guia conta com mais de mil cursos de qualificação profissional existentes na Região. Foto: Divulgação
O guia conta com mais de mil cursos de qualificação profissional existentes na Região. Foto: Divulgação
Levantamento será lançado nesta quarta em seminário

Para facilitar o conhecimento sobre a demanda de cursos de qualificação profissional existente nas sete cidades da Região será lançado o Guia da Educação Profissional no ABC durante seminário nesta quarta e quinta-feira (02 e 03/03). O encontro será realizado na Universidade Metodista, onde será discutida a relação da oferta de cursos de acordo com as necessidades do mercado de trabalho.

A iniciativa da Agência de Desenvolvimento Econômico junto ao Consórcio Intermunicipal conta com levantamento de escolas públicas e privadas que oferecem ensino profissional em nível básico, técnico médio e superior. Ao todo foram detectados 1.050 cursos, sendo que 85% estão concentrados em escolas particulares. De acordo com o coordenador da pesquisa, Jerônimo de Almeida Neto, o guia estará disponível para a população em geral e demonstra ao poder público a necessidade de ampliar a oferta de cursos gratuitos.

“Sem dúvida o poder público da Região precisa aumentar a participação no ensino profissional, mas uma grande dificuldade é disponibilizar recursos para essa área. O Fundeb destina verba aos municípios exclusivamente para a educação básica e não há outras iniciativas para ajudar o orçamento das cidades nesse sentido, o que precisa ser mudado”, apontou.

O lançamento do documento faz parte do projeto de construção do Plano Regional de Qualificação Profissional em andamento nos grupos de trabalho do Consórcio Intermunicipal desde 2011. O evento desta semana propõe um debate a respeito do futuro da inserção de jovens no mercado de trabalho, assim como o método das escolas em prepará-los de acordo com a necessidade das empresas.

“Falamos muito sobre a diversificação da economia regional e como o número de jovens no mercado de trabalho ainda é crítico, mas precisamos pensar em soluções. Um dos resultados que espero deste seminário é conseguir articular melhor toda a capacidade da Região e iniciar a construção de política integrada para atender as mudanças do mercado”, disse o secretário executivo do Consórcio, Luis Paulo Bresciani.

'Não podemos continuar adestrando o trabalhador'

Entre as discussões propostas pelos participantes do seminário está a formação profissional desde a infância, com noções básicas a serem utilizadas no futuro adequadas à realidade do mercado de trabalho. O diretor do Ciesp (Centro das Indústria do Estado de São Paulo) de Diadema, Donizete Duarte da Silva, aponta que as fábricas estão carentes de pessoas inovadoras.

“O método de ensino atual está retirando a capacidade das crianças de pensar, com fórmulas prontas, mas o mundo real precisa de pessoas que pensem em solucionar problemas novos, logo não há fórmulas e, se o profissional for qualificado como generalista e se aperfeiçoar de acordo com a necessidade da empresa, já é um começo para as mudanças necessárias”, afirmou.

Diante das transformações do mercado de trabalho, a relação com o trabalhador precisa caminhar junto. Fausto Augusto Júnior, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), defende maior participação de movimentos trabalhistas nas discussões. “Os profissionais atualmente são qualificados para produzir, e não para inovar. Não podemos continuar adestrando o trabalhador sem permitir que participe efetivamente deste processo de mudança, porque a inovação é algo a ser incentivada desde a educação básica”, afirmou.

O diretor de desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica – vinculada ao Ministério da Educação –, Luciano de Oliveira Toledo, compõe a mesa de debates nesta quarta-feira e antecipou o momento difícil do orçamento público, com expectativas de redução de recursos para o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) neste ano. “Mesmo diante de dificuldades estamos com algumas iniciativas de melhorias nas redes pública e privada”, disse.

Por Iara Voros - ABCD Maior
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