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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/08/2015 | Setecidades
Obra emergencial da Sabesp está parada em Rio Grande
Prefeitura e companhia estudam como passar tubulações por via sem impedir circulação de moradores

Faz ao menos uma semana que um dos canteiros de obras da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), localizado na rua Biritiba Mirim, no Bairro Pouso Alegre, em Rio Grande da Serra, está parado. Prefeitura e companhia estudam como passar as tubulações pela principal avenida do município sem interromper o tráfego dos moradores. As obras irão transportar 4 metros cúbicos por segundo de água do sistema Rio Grande, na represa Billings, para a represa Taiaçupeba, que integra o sistema Alto Tietê.

As tubulações da Sabesp seguiram até a ponta da avenida José Belo, que liga os bairros de Rio Grande da Serra, após a linha do trem, com o Centro, e precisam atravessar a via para seguir sentido estrada Pouso Alegre. “A expectativa é que a Sabesp acabe usando o método não destrutivo e passe os dutos por baixo da avenida, o que é mais caro e leva mais tempo”, analisou o ambientalista José Soares da Silva, que acompanha as obras da Sabesp no município.

De acordo com os moradores da rua Biritiba Mirim, as obras estão paralisadas desde o último dia 3. No local, apenas um funcionário vigia as máquinas e equipamentos, conforme constatou a reportagem do ABCD MAIOR na última sexta-feira (07/08). “Não estamos tentando barrar ou atrapalhar as obras. Desde o início, Prefeitura e Sabesp têm feito reuniões para minimizar os danos da obra aos moradores”, afirmou o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB).

O prefeito ainda ressaltou que a intervenção está dentro do cronograma. “Não tem nada atrasado”, destacou. Apesar da paralisação da obra em um dos canteiros, a Sabesp segue com a intervenção em outros trechos da cidade. Mesmo após o imprevisto e de um documento da Sabesp, entregue para a ANA (Agência Nacional de Águas), garantir que a transposição do Rio Grande – Taiaçupeba está atrasada e que irá entrar em operação apenas em outubro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) garante que entregará o serviço em setembro.

A obra é a principal intervenção de combate à crise hídrica no Estado de São Paulo, responsável por evitar o racionamento na Região Metropolitana de cinco dias sem água e dois dias com água. Com um inverno seco e quente, a cada dia, os maiores reservatórios secam.

O Rio Grande, o menor e o mais cheio da Grande São Paulo, tinha capacidade de 86,6% nesta segunda-feira (10/08).

Feita às pressas, desde o início, ambientalistas criticam o fato de a obra não ter EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) ou licitações. Até agora, as intervenções causaram o aterro de 50 metros da Billings e a morte de capivaras que ficaram presas entre as tubulações que estão sendo instaladas em 11 quilômetros do manancial. Para realizar as obras, a Sabesp realizou apenas o Estudo Ambiental Simplificado.

Sabesp inicia intervenções no braço Rio Pequeno

Enquanto tenta contornar os imprevistos da obra de combate à crise hídrica no braço Rio Grande, a Sabesp iniciou as intervenções no trecho do Rio Pequeno, divisa de Santo André com São Bernardo. As obras ficam na estrada Ribeirão Pires, altura no Km 36 da rodovia Índio Tibiriçá. A via está interditada em parte e o canteiro de obras só pode ser acessado pela rua dos Curitibanos, ao lado do posto policial da Índio Tibiriçá, ou pela avenida Manacá.

Conforme os operários, no local está sendo realizada a supressão vegetal, escavações e colocações de manilhas no solo para desvio do córrego, por onde irão passar as tubulações de interligação dos braços Rio Grande e Rio Pequeno, na Billings. “Abrimos espaço para que caminhões e maquinário passem”, relatou um deles. De acordo com o ambientalista e membro do MDV do ABC (Movimento de Defesa da Vida) José Soares da Silva, o local escolhido pela Sabesp é o ponto mais próximo entre dois braços da Billings.

“Serão cerca de 700 metros de tubulações”, revelou. No canteiro ainda há uma placa alertando que a obra tem autorização da Cetesb para supressão vegetal.

Procuradas, as prefeituras de Santo André e São Bernardo não informaram se concederam autorização de uso e ocupação de solo para que a Sabesp realizasse a intervenção nos municípios. A Sabep não respondeu a reportagem até o fechamento desta edição.

Além da autorização da Cetesb, para realizar as obras nos trechos de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, as duas prefeituras concederam licenças municipais.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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