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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/07/2012 | Setecidades
Obra em Rio Grande segue sem autorização da Cetesb
Obra em Rio Grande segue sem autorização da Cetesb Ponte tem atualmente cinco metros, mas será ampliada para 13 metros. Foto: Amanda Perobelli
Ponte tem atualmente cinco metros, mas será ampliada para 13 metros. Foto: Amanda Perobelli
Para advogado ambientalista, companhia é omissa por não embargar a ampliação de ponte

Mesmo após constatar a irregularidade legal da obra de ampliação e recuperação estrutural da ponte na avenida Guilherme Pinto Monteiro, em Rio Grande da Serra, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) não embargou as intervenções. As obras são realizadas desde 2 de maio sobre a várzea do rio Grande, um dos afluentes responsáveis pelo abastecimento da represa Billings.

A Cetesb garante que a construção segue sem autorização ambiental do Estado. No entanto, optou por não paralisar a intervenção porque diz que a Prefeitura está respeitando o projeto apresentado ao órgão ambiental.

“A Cetesb está se omitindo. Se a obra está em desconformidade com a lei é preciso embargar até que se cumpra as exigências da Cetesb ou do Conselho Municipal do Meio Ambiente”, criticou o advogado ambientalista Virgilio Alcides de Farias. O ambientalista ainda explicou que a situação é enquadrada como crime ambiental. “A lei prevê de um a três anos de prisão para quem faz obra sem licença ambiental ou em desconformidade com as exigências da Cetesb”, afirmou. Em casos de órgãos públicos a pena pode aumentar em até mais um terço.

De acordo com a Cetesb, a obra ainda não possui autorização do órgão porque a Agência Ambiental ABC 1 recusou a área de parque indicada pela Prefeitura como local de plantio para a compensação.

Diante da recusa, o órgão ambiental teria solicitado a apresentação de outra área para a realização do plantio. A companhia ainda esclareceu que não aceitou o espaço indicado pela Prefeitura porque o local já possui outro Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental não cumprido na área. Uma carta foi encaminhada para a Prefeitura pedindo a regularização.

A arquiteta e secretária-adjunta de Obras de Rio Grande da Serra, Melissa Duaik, explicou que a Prefeitura não foi informada, oficialmente, sobre a recusa da Cetesb sobre a área de compensação ambiental. “Ficamos sabendo dessa recusa, informalmente, durante a vistoria da Cetesb na obra, no final de junho”, comentou. Apesar disso, a secretária garante que a Administração já está procurando outras áreas para a compensação. “Queremos resolver isso o quanto antes”, afirmou.

Cetesb também constatou assoreamento
Durante a vistoria, realizada na última semana de junho, a Cetesb também pode comprovar o assoreamento da várzea do rio Grande, em Rio Grande da Serra, conforme denúncia publicada no jornal ABCD Maior. Para resolver o problema, o órgão ambiental exigiu que a empreiteira da obra, a empresa Preserva Engenharia, realize medidas imediatas de contensão provisória no local. A idéia dada pela Cetesb é que a empresa instale estruturas de sacaria no espaço para impedir que a terra que dará sustentação a cabeceira da ponte caia na várzea do rio.

Atualmente a ponte da avenida Guilherme Pinto Monteiro possui 5 metros de largura, com duas pistas, sendo uma para cada sentido. A ideia do projeto é ampliar a estrutura para 13 metros, com quatro pistas – duas para cada sentido. A obra também prevê um espaço específico para a passagem dos pedestres. Hoje, os moradores dividem espaço com os veículos. A construção conta com o investimento de R$ 1,6 milhão do governo do Estado. A previsão é que a obra seja entregue em outubro deste ano.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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