DATA DA PUBLICAÇÃO 09/02/2010 | Setecidades
Obra do Rodoanel provoca deslizamento
Os moradores do bairro Recreio da Borda do Campo, em Santo André, culpam as obras do trecho Sul do Rodoanel pelas 75 ocorrências de deslizamentos registradas de 1º de janeiro até esta segunda-feira (08/02) no local. A área é uma das 23 da cidade suscetíveis a risco geológico, de acordo com informações da Defesa Civil. A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), no entanto, nega que a obra tenha impactado as residências e culpa a chuva pelos deslizamentos.
A dona de casa Salete Gomes, que mora na rua Tatupeba, teme que sua casa seja atingida. “A Prefeitura veio tirar terra daqui, mas não adianta, pois quando chove cai tudo outra vez. Tive de abrir uma valeta na porta de casa para impedir a chuva de entrar e destruir meus móveis”, reclamou. Para Salete, a construção do complexo viário contribuiu para o estado atual do bairro. “Os funcionários explodiram muita bomba para abrir túneis. Também houve excesso de tráfego de caminhões em vias que não tem capacidade para receber tanto peso”, opinou.
Na rua Currupião, outra dona de casa perdeu o sono por causa dos deslizamentos. Rosilda Ferreira Santos não pode entrar no imóvel de sua propriedade desde dezembro do ano passado, quando a lavanderia afundou após ficar cheia de trincas e rachaduras. A moradora tinha esperança de voltar, mas na última semana de janeiro um deslizamento de terra derrubou árvores e a caixa d’água que ficava na parte de cima do barranco sobre o telhado da residência.
A dona de casa culpa as obras pelo transtorno. “Morei por dois anos no bairro e nunca tinha acontecido nada. Aqui na rua passou muito caminhão cheio de pedra e terra. Quando passavam, a casa tremia”, afirmou. Rosilda não pode voltar para a residência e deve receber o bolsa-aluguel no valor de R$ 315 pelo prazo de seis meses.
A presidente da Associação Clube de Mães do Recreio da Borda do Campo, Cleide Isabel Salgado Barbosa, reclamou ainda de um enorme buraco aberto na rua Currupião. “Aqui não passa mais transporte público. Quando voltarem as aulas, não vamos permitir que os ônibus escolares passem por aqui. Nossos filhos correm perigo”, lamentou.
A Dersa, responsável pelas obras, garantiu, em nota, ter vistoriado o local. A conclusão foi de que as áreas atingidas estão distantes do Rodoanel e não são utilizadas como caminho de serviço, embora os moradores tenham relatado a passagem de caminhões pelas vias.
De acordo com o coordenador do curso de engenharia civil da FEI, Kurt Amann, é possível que obras do porte do Rodoanel causem problemas de trincas em casas, mas seria necessário fazer um estudo aprofundado do local para saber as causas dos desabamentos.
Monitoramento - A Dersa se comprometeu ainda a realizar ação preventiva de proteção aos taludes e sondagens de solo para que seja desenvolvido trabalho de recuperação e proteção em determinadas áreas do bairro. Em nota, a empresa ainda destacou que a situação enfrentada pelos moradores do bairro é similar à encontrada em várias regiões do ABCD, nas quais o grande volume de chuvas associado a construções em áreas de encosta provoca o deslizamento dos morros e coloca em risco as famílias que ali habitam.
A dona de casa Salete Gomes, que mora na rua Tatupeba, teme que sua casa seja atingida. “A Prefeitura veio tirar terra daqui, mas não adianta, pois quando chove cai tudo outra vez. Tive de abrir uma valeta na porta de casa para impedir a chuva de entrar e destruir meus móveis”, reclamou. Para Salete, a construção do complexo viário contribuiu para o estado atual do bairro. “Os funcionários explodiram muita bomba para abrir túneis. Também houve excesso de tráfego de caminhões em vias que não tem capacidade para receber tanto peso”, opinou.
Na rua Currupião, outra dona de casa perdeu o sono por causa dos deslizamentos. Rosilda Ferreira Santos não pode entrar no imóvel de sua propriedade desde dezembro do ano passado, quando a lavanderia afundou após ficar cheia de trincas e rachaduras. A moradora tinha esperança de voltar, mas na última semana de janeiro um deslizamento de terra derrubou árvores e a caixa d’água que ficava na parte de cima do barranco sobre o telhado da residência.
A dona de casa culpa as obras pelo transtorno. “Morei por dois anos no bairro e nunca tinha acontecido nada. Aqui na rua passou muito caminhão cheio de pedra e terra. Quando passavam, a casa tremia”, afirmou. Rosilda não pode voltar para a residência e deve receber o bolsa-aluguel no valor de R$ 315 pelo prazo de seis meses.
A presidente da Associação Clube de Mães do Recreio da Borda do Campo, Cleide Isabel Salgado Barbosa, reclamou ainda de um enorme buraco aberto na rua Currupião. “Aqui não passa mais transporte público. Quando voltarem as aulas, não vamos permitir que os ônibus escolares passem por aqui. Nossos filhos correm perigo”, lamentou.
A Dersa, responsável pelas obras, garantiu, em nota, ter vistoriado o local. A conclusão foi de que as áreas atingidas estão distantes do Rodoanel e não são utilizadas como caminho de serviço, embora os moradores tenham relatado a passagem de caminhões pelas vias.
De acordo com o coordenador do curso de engenharia civil da FEI, Kurt Amann, é possível que obras do porte do Rodoanel causem problemas de trincas em casas, mas seria necessário fazer um estudo aprofundado do local para saber as causas dos desabamentos.
Monitoramento - A Dersa se comprometeu ainda a realizar ação preventiva de proteção aos taludes e sondagens de solo para que seja desenvolvido trabalho de recuperação e proteção em determinadas áreas do bairro. Em nota, a empresa ainda destacou que a situação enfrentada pelos moradores do bairro é similar à encontrada em várias regiões do ABCD, nas quais o grande volume de chuvas associado a construções em áreas de encosta provoca o deslizamento dos morros e coloca em risco as famílias que ali habitam.
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