DATA DA PUBLICAÇÃO 20/08/2007 | Cidade
Obra deixa rua cheia de pó e buracos
Os moradores da Rua Ministro Ribeiro da Costa convivem há quatro meses com poeira e buracos. Quem passa pela rua, sente em poucos minutos as pedrinhas na boca e o nariz coçar. A cada quarteirão, os moradores se alternam e jogam água para baixar o pó.
As doenças respiratórias se agravaram nas crianças e os comerciantes se adaptaram a vender a mercadorias sujas.
O que parecia só uma troca de canos já dura120 dias. “A gente percebe que são poucos homens trabalhando. Este é um bairro residencial que tem fluxo grande de carros”, diz o aposentado Waldir Rodrigues do Carmo, 60 anos.
Na residência da dona de casa Maria Gomes dos Santos, 33, os dois filhos, de 5 anos e um outro de 2 meses, estão com problemas respiratórios. “Quem irá pagar o tratamento dos meus filhos?”, questiona.
Outro Lado
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou que os trabalhos irão até o fim de setembro, quando os canos da região serão trocados de 400 milímetros para 500. A companhia informou ainda que 12 homens trabalham no serviço de segunda a sábado e que jogar água na rua para baixar a poeira seria desperdício.
(Supervisão de Adriana Mompean)
Vila Valentina/Ribeirão Pires
Ratos nas gavetas, nos pés de bananeira e também matando galinhas. As histórias dos moradores das Ruas Diamantina e Francisco Tometique, sobre a infestação dos roedores nos últimos meses, se espalham no bairro.
O operador de máquinas Edme Correia Filho, 47 anos, diz que já encontrou três tipos: camundongos, ratos de telhado e ratazanas. “Outro dia meu filho abriu a gaveta e tinha um ratinho. Na semana passada foi minha mulher, que teve de chamar o vizinho para matar um que parecia gato”, reclamou.
O problema, segundo o operador, é o córrego que atravessa as ruas e não é limpo. Filho conta que na criação de galinhas de seu vizinho, várias amanhecem mortas pelas ratazanas.
O município afirmou que o córrego será limpo em novembro e a desratização será feita no próximo mês.
Vila Bastos/Santo André
São 600 alunos no período da manhã e 300 a tarde tentando atravessar a Avenida Lino Jardim em horário de pico. Mesmo assim, a Prefeitura considera que não há fluxo de pessoas o suficiente para a instalação de um semáforo na área. Essa foi a resposta dada aos vários pedidos do colégio Etip Master, que atende estudantes de 3 a 17 anos, além daqueles que procuram os cursos técnicos.
A coordenadora pedagógica Madalena Lacerda dos Santos, 50 anos, conta que desde 2004 solicita o semáforo.
“Já tivemos acidentes de carro por aqui. Acho que a administração pública só se dará conta da necessidade depois de um atropelamento”, lamentou Madalena.
Parque das Américas/Mauá
Os moradores da Rua Nevadinha reclamam da demora do Sama (Saneamento Básico de Mauá) em tapar os buracos feitos para conserto de vazamento. O asfalto, que está com três perfurações, foi pago pela população em parcelas de até R$ 800 no ano de 2000.
“Não é justo que agora eles venham e destruam tudo. Teve vereador que sugeriu que fizéssemos mutirões para tapar, mas isso não tem cabimento”, indignou-se o mecânico Guilherme Tadeu da Silva, 45 anos.
O mais velho é do final de 2006 e os outros foram feitos em abril. “Água e barro se acumulam em dias de chuva nos buracos e vira um inferno”, reclama o mecânico.
O Sama informou que uma equipe da operação Tapa-buracos fará o serviço na rua amanhã.
=> Visão Urbana - Educação ambiental é atitude cidadã
Luiz Sérgio Mendonça Coelho
Especial para o Diário
O desenvolvimento sustentável é a bola da vez. Ou mudamos ou mudamos. Fica claro que, a cada dia, os questionamentos sobre meio ambiente, sua preservação e sustentabilidade ganham mais adeptos. Mesmo assim, pouco ainda se faz para diminuir a velocidade do aquecimento global.
Então, hoje reforço este assunto e faço um convite para estudantes e professores. Vamos lutar juntos pela preservação do meio ambiente e colocar a Educação Ambiental nos conteúdos escolares. Esta responsabilidade não é apenas dos mais velhos. Cabe também aos jovens a missão de ajudar a reduzir desperdícios e diminuir a emissão de poluentes.
As árvores. As praças. Os jardins. O verde. São temas de diversas teses e congressos no nosso dia-a-dia, sempre com a preocupação da questão ambiental e sua sustentabilidade. Por isso, estou atrás de ações localizadas, como programas ambientais junto às escolas, que garantam um futuro mais equilibrado. Afinal, de nada adianta falarmos da preservação da floresta Amazônica ou Mata Atlântica se não fizermos também nosso trabalho de manutenção e conservação do meio ambiente.
Nas escolas, é preciso dar ênfase ao questionamento ambiental. Para isso precisamos de professores comprometidos, que não deixem passar despercebida a necessidade desta conscientização, mostrando aos alunos como contribuir para a melhoria das condições ambientais na rua, escola, trabalho etc.
Além disso, as secretarias do Verde, juntamente com as secretarias de Educação, tanto dos municípios como do Estado, devem criar conteúdos a serem implantados nas escolas, que mostrem como todos devem trabalhar em relação aos problemas ambientais. Dicas de reciclagem, coleta seletiva, economia e reuso da água, plantio de árvores, limpeza urbana são exemplos de temas que podem ser amplamente discutidos entre crianças e adolescentes.
Se a maior parte da população está concentrada nos centros urbanos, é mais do que nosso dever aprender a preservar a qualidade ambiental e, principalmente, educar as próximas gerações.
*Luiz Sérgio Mendonça Coelho é engenheiro civil e professor das disciplinas Construção Civil e Urbanismo do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
As doenças respiratórias se agravaram nas crianças e os comerciantes se adaptaram a vender a mercadorias sujas.
O que parecia só uma troca de canos já dura120 dias. “A gente percebe que são poucos homens trabalhando. Este é um bairro residencial que tem fluxo grande de carros”, diz o aposentado Waldir Rodrigues do Carmo, 60 anos.
Na residência da dona de casa Maria Gomes dos Santos, 33, os dois filhos, de 5 anos e um outro de 2 meses, estão com problemas respiratórios. “Quem irá pagar o tratamento dos meus filhos?”, questiona.
Outro Lado
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou que os trabalhos irão até o fim de setembro, quando os canos da região serão trocados de 400 milímetros para 500. A companhia informou ainda que 12 homens trabalham no serviço de segunda a sábado e que jogar água na rua para baixar a poeira seria desperdício.
(Supervisão de Adriana Mompean)
Vila Valentina/Ribeirão Pires
Ratos nas gavetas, nos pés de bananeira e também matando galinhas. As histórias dos moradores das Ruas Diamantina e Francisco Tometique, sobre a infestação dos roedores nos últimos meses, se espalham no bairro.
O operador de máquinas Edme Correia Filho, 47 anos, diz que já encontrou três tipos: camundongos, ratos de telhado e ratazanas. “Outro dia meu filho abriu a gaveta e tinha um ratinho. Na semana passada foi minha mulher, que teve de chamar o vizinho para matar um que parecia gato”, reclamou.
O problema, segundo o operador, é o córrego que atravessa as ruas e não é limpo. Filho conta que na criação de galinhas de seu vizinho, várias amanhecem mortas pelas ratazanas.
O município afirmou que o córrego será limpo em novembro e a desratização será feita no próximo mês.
Vila Bastos/Santo André
São 600 alunos no período da manhã e 300 a tarde tentando atravessar a Avenida Lino Jardim em horário de pico. Mesmo assim, a Prefeitura considera que não há fluxo de pessoas o suficiente para a instalação de um semáforo na área. Essa foi a resposta dada aos vários pedidos do colégio Etip Master, que atende estudantes de 3 a 17 anos, além daqueles que procuram os cursos técnicos.
A coordenadora pedagógica Madalena Lacerda dos Santos, 50 anos, conta que desde 2004 solicita o semáforo.
“Já tivemos acidentes de carro por aqui. Acho que a administração pública só se dará conta da necessidade depois de um atropelamento”, lamentou Madalena.
Parque das Américas/Mauá
Os moradores da Rua Nevadinha reclamam da demora do Sama (Saneamento Básico de Mauá) em tapar os buracos feitos para conserto de vazamento. O asfalto, que está com três perfurações, foi pago pela população em parcelas de até R$ 800 no ano de 2000.
“Não é justo que agora eles venham e destruam tudo. Teve vereador que sugeriu que fizéssemos mutirões para tapar, mas isso não tem cabimento”, indignou-se o mecânico Guilherme Tadeu da Silva, 45 anos.
O mais velho é do final de 2006 e os outros foram feitos em abril. “Água e barro se acumulam em dias de chuva nos buracos e vira um inferno”, reclama o mecânico.
O Sama informou que uma equipe da operação Tapa-buracos fará o serviço na rua amanhã.
=> Visão Urbana - Educação ambiental é atitude cidadã
Luiz Sérgio Mendonça Coelho
Especial para o Diário
O desenvolvimento sustentável é a bola da vez. Ou mudamos ou mudamos. Fica claro que, a cada dia, os questionamentos sobre meio ambiente, sua preservação e sustentabilidade ganham mais adeptos. Mesmo assim, pouco ainda se faz para diminuir a velocidade do aquecimento global.
Então, hoje reforço este assunto e faço um convite para estudantes e professores. Vamos lutar juntos pela preservação do meio ambiente e colocar a Educação Ambiental nos conteúdos escolares. Esta responsabilidade não é apenas dos mais velhos. Cabe também aos jovens a missão de ajudar a reduzir desperdícios e diminuir a emissão de poluentes.
As árvores. As praças. Os jardins. O verde. São temas de diversas teses e congressos no nosso dia-a-dia, sempre com a preocupação da questão ambiental e sua sustentabilidade. Por isso, estou atrás de ações localizadas, como programas ambientais junto às escolas, que garantam um futuro mais equilibrado. Afinal, de nada adianta falarmos da preservação da floresta Amazônica ou Mata Atlântica se não fizermos também nosso trabalho de manutenção e conservação do meio ambiente.
Nas escolas, é preciso dar ênfase ao questionamento ambiental. Para isso precisamos de professores comprometidos, que não deixem passar despercebida a necessidade desta conscientização, mostrando aos alunos como contribuir para a melhoria das condições ambientais na rua, escola, trabalho etc.
Além disso, as secretarias do Verde, juntamente com as secretarias de Educação, tanto dos municípios como do Estado, devem criar conteúdos a serem implantados nas escolas, que mostrem como todos devem trabalhar em relação aos problemas ambientais. Dicas de reciclagem, coleta seletiva, economia e reuso da água, plantio de árvores, limpeza urbana são exemplos de temas que podem ser amplamente discutidos entre crianças e adolescentes.
Se a maior parte da população está concentrada nos centros urbanos, é mais do que nosso dever aprender a preservar a qualidade ambiental e, principalmente, educar as próximas gerações.
*Luiz Sérgio Mendonça Coelho é engenheiro civil e professor das disciplinas Construção Civil e Urbanismo do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
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