DATA DA PUBLICAÇÃO 05/02/2014 | Setecidades
Obra de galeria irá travar Centro de São Bernardo, admite secretário
Foto: Orlando Filho/DGABC
A construção de galeria de águas pluviais sob a Rua Jurubatuba, no Centro de São Bernardo, irá travar o trânsito, reconheceu o secretário municipal de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. “Vamos andar mais devagar no trânsito do que já ocorre hoje. Não dá para iludir. Nem mentir para ninguém. Vai ser mais difícil se locomover em São Bernardo.”]
Batizada de Túnel Jurubatuba, a estrutura tem por objetivo eliminar as enchentes históricas no local. As obras terão início neste mês.
Ontem, em encontro na Câmara Municipal com lojistas de móveis da via, Secoli disse que os transtornos “são fatos” e se estenderão a toda região central. “O trânsito acabará se complicando para todos os lados.”
Para Secoli, a retirada do material das escavações é a principal razão para os congestionamentos. O túnel – que se estenderá entre o piscinão em construção sob o Paço Municipal, de 220 milhões de litros, e a Rua Príncipe Humberto – tem conclusão prevista para abril de 2016. Serão necessárias 27 mil viagens de caminhões para extrair a terra. O resíduo da obra do piscinão, cujo transporte deverá ocorrer pela Jurubatuba, somará 18 mil viagens.
Atualmente, os túneis são os empreendimentos mais complexos para as construtoras. Para entregar os 1.320 metros de extensão e 6,2 metros de diâmetro (semelhante ao do Metrô) da Jurubatuba, o consórcio Centro Seco, formado pela OAS e a Serveng, abrirá dois poços. Ambos terão dez metros de diâmetro e 20 metros de profundidade. Escavadeiras e perfuratrizes farão o trabalho subterrâneo e toda a terra sairá pelos poços.
Não há a previsão de interdições na via. Isso porque a Prefeitura está em processo de desapropriação de terreno próximo à Rua Príncipe Humberto, onde está prevista abertura de um dos poços.
BENEFÍCIOS
A galeria contribuirá para a drenagem das águas do Centro de São Bernardo e integra o Projeto Drenar, orçado em R$ 600 milhões e que pretende ampliar a capacidade de proteção contra chuvas dos atuais 60 milímetros, em duas horas, para 85 milímetros. “Não posso garantir que nunca mais teremos enchentes. Mas com essas obras, a probabilidade será mínima”, avaliou Secoli. Durante o governo de Luiz Marinho (PT), a região do Paço teve, ao menos, dez cheias, conforme publicou o Diário.
Mas para a lojista Nanci Bassi, que está na Rua Jurubatuba há 53 anos, a construção será a melhor iniciativa pública para o local. “Já vi a água ultrapassar o balcão. Infelizmente a Jurubatuba é vista pelo comércio de móveis e também pelas enchentes.”
O comerciante Ziad Saifi, que está há 26 anos na Rua Jurubatuba, destacou que teve prejuízo em seu estabelecimento comercial com 13 enchentes nesse período. Ele entende que já era hora de o Executivo tomar essa iniciativa. Mas questionou como a secretaria conduzirá os trabalhos durante a conhecida feira de móveis da via, prevista para durar dez dias em abril.
Secoli garantiu que os caminhões serão direcionados para rotas alternativas na ocasião. Por outro lado, deixou claro que as obras não terão intervalo. “Se possível, serão 24 horas por dia de trabalho, até oito dias na semana”, ironizou, acrescentando que a intensidade no serviço será necessária para atingir o prazo.
Secoli não descartou a mudança de sentidos de ruas no Centro para desafogar o trânsito, como também a negociação com o governo do Estado para a utilização da pista do trólebus pelo trânsito comum.
Batizada de Túnel Jurubatuba, a estrutura tem por objetivo eliminar as enchentes históricas no local. As obras terão início neste mês.
Ontem, em encontro na Câmara Municipal com lojistas de móveis da via, Secoli disse que os transtornos “são fatos” e se estenderão a toda região central. “O trânsito acabará se complicando para todos os lados.”
Para Secoli, a retirada do material das escavações é a principal razão para os congestionamentos. O túnel – que se estenderá entre o piscinão em construção sob o Paço Municipal, de 220 milhões de litros, e a Rua Príncipe Humberto – tem conclusão prevista para abril de 2016. Serão necessárias 27 mil viagens de caminhões para extrair a terra. O resíduo da obra do piscinão, cujo transporte deverá ocorrer pela Jurubatuba, somará 18 mil viagens.
Atualmente, os túneis são os empreendimentos mais complexos para as construtoras. Para entregar os 1.320 metros de extensão e 6,2 metros de diâmetro (semelhante ao do Metrô) da Jurubatuba, o consórcio Centro Seco, formado pela OAS e a Serveng, abrirá dois poços. Ambos terão dez metros de diâmetro e 20 metros de profundidade. Escavadeiras e perfuratrizes farão o trabalho subterrâneo e toda a terra sairá pelos poços.
Não há a previsão de interdições na via. Isso porque a Prefeitura está em processo de desapropriação de terreno próximo à Rua Príncipe Humberto, onde está prevista abertura de um dos poços.
BENEFÍCIOS
A galeria contribuirá para a drenagem das águas do Centro de São Bernardo e integra o Projeto Drenar, orçado em R$ 600 milhões e que pretende ampliar a capacidade de proteção contra chuvas dos atuais 60 milímetros, em duas horas, para 85 milímetros. “Não posso garantir que nunca mais teremos enchentes. Mas com essas obras, a probabilidade será mínima”, avaliou Secoli. Durante o governo de Luiz Marinho (PT), a região do Paço teve, ao menos, dez cheias, conforme publicou o Diário.
Mas para a lojista Nanci Bassi, que está na Rua Jurubatuba há 53 anos, a construção será a melhor iniciativa pública para o local. “Já vi a água ultrapassar o balcão. Infelizmente a Jurubatuba é vista pelo comércio de móveis e também pelas enchentes.”
O comerciante Ziad Saifi, que está há 26 anos na Rua Jurubatuba, destacou que teve prejuízo em seu estabelecimento comercial com 13 enchentes nesse período. Ele entende que já era hora de o Executivo tomar essa iniciativa. Mas questionou como a secretaria conduzirá os trabalhos durante a conhecida feira de móveis da via, prevista para durar dez dias em abril.
Secoli garantiu que os caminhões serão direcionados para rotas alternativas na ocasião. Por outro lado, deixou claro que as obras não terão intervalo. “Se possível, serão 24 horas por dia de trabalho, até oito dias na semana”, ironizou, acrescentando que a intensidade no serviço será necessária para atingir o prazo.
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