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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2017 | Cidade
Obra de drenagem em Mauá está parada
Um dos pontos mais críticos de inundação em Mauá, a Avenida João Ramalho deve demorar para ter essa realidade modificada. As obras de ampliação e modernização da drenagem local, iniciadas em março de 2015 pela empresa Preserva Engenharia Ltda, e com prazo de conclusão para novembro deste ano, só tiveram 34,43% dos serviços propostos executados e estão paradas desde o segundo semestre de 2016.

O empreendimento conta com recursos da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), frutos de convênio com a administração mauaense como contrapartida pelos impactos decorrentes da implantação do Trecho Sul do Rodoanel. O investimento é de R$ 2,5 milhões, dos quais já foram repassados R$ 952.872,64, correspondentes a cinco medições do trabalho. A última medição ocorreu em 15 de agosto, ocasião em que foram pagos R$ 71.088,38.

Segundo o Executivo de Mauá, a paralisação da obra foi motivada por entrave com CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Braskem, principal integrante do Polo Petroquímico de Capuava, já que a intervenção afeta áreas e dutos das companhias. “A Prefeitura aguarda aprovação das empresas. Com a obra pronta, aumentará consideravelmente a vazão de águas pluviais para o piscinão do Paço, que passou por limpeza completa e está com 100% da capacidade”, declarou, em nota.

No entanto, as companhias afirmaram aguardarem pendências da Prefeitura para se posicionarem. A CPTM declarou que espera “a apresentação de informações técnicas complementares sobre o projeto de travessia sob a linha férrea solicitadas pela companhia em novembro do ano passado”.

De acordo com a estatal, as obras vão interferir na estrutura da via permanente e no pátio do Terminal de Mauá. “Por isso, são exigidos mais detalhes técnicos de forma a garantir a segurança dos usuários e da operação”, ressaltou.

A Braskem também salientou que aguarda o envio de estudos de engenharia da Prefeitura sobre os impactos no duto da companhia e no seu entorno. “A empresa está atenta aos transtornos à região, mas somente poderá aprovar a continuidade das obras após receber o projeto detalhado para analisar as interferências”, frisou.

População segue lamentando prejuízos

Enquanto a obra não tem previsão de retomada, motoristas e comerciantes da área ficam alarmados quando o céu começa a escurecer, anunciando a chegada de uma tempestade.

A última ocorrência de enchente na via aconteceu em 27 de dezembro, com incontáveis prejuízos. Um deles foi a destruição da loja de conveniência do posto de gasolina, que agora funciona em um pequeno espaço improvisado. “A água atingiu um metro e meio de altura. O posto também perdeu estoque de produtos automotivos, fora uns 15 carros que foram perdidos”, contou o proprietário do lava-rápido José Carlos Pereira da Silva, 42 anos.

A família de Gleiton Binhardi, 36, tem comércios na avenida há mais de seis décadas e acompanham ao longo do tempo o caos que se forma a cada vez que chove forte. “Na última chuva, perdemos documentos, ficou tudo destruído, é uma perda muito grande para a empresa.”

Dono da loja de lustres localizada na área do posto, Marcos Antonio Gonçalves Cordeiro, 58, perdeu R$ 30 mil em mercadorias no mês passado, além do veículo zero-quilômetro. Sem a continuidade da obra e previsão de retomada, investiu por si só em uma comporta, na tentativa de amenizar o problema. “Estou gastando R$ 2.500, quebrará o galho, mas não resolve”, falou. “Desde que me conheço por gente, aqui tem enchente. Agora, tem dinheiro programado para uma obra, não é difícil prosseguir. Já pensei em deixar o espaço (onde está há três anos), mas prefiro acreditar que resolverão alguma coisa”, concluiu.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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